Carla
Fechei a torneira e sorri depois de limpar minhas mãos, olhei Ana Clara correndo do lado de fora, fazendo castelos de areia, abrir um sorriso largo e após colocar meu pano de prato na mesa sai de casa, caminhando até a cadeira de praia e me sentando.
Estamos aqui há 1 semana, e todos os dias, nesse mesmo horário, Ana e eu ficamos aqui fora apreciando essa vista maravilhosa e essa areia fofa.- Mama!!!
Ela grita rindo.
- Oia meu catelo!!!!
- Está lindo, meu amor!
Me lembro do dia que planejei isso com o Richard, mudarmos para uma casa de praia, estávamos planejando o nosso futuro juntos e planejamos até o nosso filho, mal sabíamos que nossa Ana estava chegando.
Para não nos perdemos, decidimos anotar nosso planejamento do futuro em um papel e colocamos em uma caixinha de planejamentos.
Eu não sei onde está essa caixinha, ela se perdeu junto com a gente...
As vezes tento imaginar como seria se não tivéssemos nos perdido, tento imaginar mas eu não consigo.
Se não tivéssemos nos perdido, eu não teria conhecido o Renato, e eu não teria vivido com ele momentos lindos e cheios de amor...
Acho que as coisas que acontecem na nossa vida tem um motivo, as vezes não entendemos, custamos para entender, mas uma hora a gente acaba entendo que tudo o que aconteceu ao longo da nossa história tem um motivo, não é atoa!E eu já descobrir o motivo de eu ter vivido tudo o que eu vivi...
A qualquer momento ele vai chegar e eu não vejo a hora de receber o amor da minha vida, e dizer a ele o quanto eu o amo, o quanto eu o quero...
O meu amor!- Mama?
- Oi, meu amor - pego a mãozinha dela e selo meus lábios nela. - Cansou?
- Zim... quelia dumi!
- O seu pedido é uma ordem, mocinha!!
Falo rindo, levanto segurando a mãozinha dela e caminhamos para dentro de casa, Ana falando mais que tudo, mesmo morrendo de sono, coçando os olhinhos.
Minha mãe diz que isso é para espantar alguém chamado sono.♡
- Nunca deixe alguém dizer, que não é querida, antes de você nascer... - beijo a testa de Ana que já dorme depois de tomar um banho. - Deus sonhou com você! Dorme com Deus, meu pedacinho de céu...
Coloco o lençol até da cintura, o ursinho de pelúcia dela ao seu lado e saio do quarto após puxar a cortina para tampar a luz do sol de pondo e apagando a luz do quarto.
Está tão lindo esse pôr do sol que preciso ficar lá fora, naquele lugar maravilhoso apreciando a vista de um final de tarde perfeito.
Me sento na cadeira, e começo a acariciar minha barriga onde Teodoro não para de pular, esse menino vai ser capoeirista, não para por um segundo.- Teo, tenha calma aí mocinho... Vamos apreciar esse momento novamente?
Acaricia um parte de minha barriga que está alta, e sei que é onde ele está, no mesmo segundo a parte que estava alta, a abaixa e Teo para com a folia.
Dou uma gargalhada baixa e levanto minha cabeça, olhando o tamanho da bola amarela se pondo em meio a uma imensidão de mar.Será que ele está chegando?
Será que ele vem?
Será que me ama mesmo?
Ah...- É tanta luz, que brilha e seduz é só ver o teu olhar, leve como a brisa do mar, viajaria o mundo sem pensar... pra te encontrar!
Quando ouvi a sua voz, meu coração acelerou de uma forma rápida e calma ao mesmo tempo, que me puxou dos meus pensamentos.
Senti minhas mãos começarem a suar, e meus olhos se encheram de água, me levantei da cadeira e me virei fitando ele, parado, segurando um buquê de flores vermelhas e um sorriso imenso nos lábios.
Damos 3 passos na direção um do outro juntos, e sorrio deixando algumas lágrimas caírem.- Quando li sua carta, meu Deus, eu me senti o homem mais feliz de todo esse mundo!
- Quando eu a escrevi, eu me sentia a mulher mais feliz do mundo!
Ele sorri e pega minha mão, esquerda.
- São para você... E são para concretizar o nosso recomeço, meu amor!
- Eu te amo!
Falo pegando o buquê de rosas vermelhas, sorrio e vejo duas caixinhas, uma preta de veludo e a outra branca.
- O que é isso?
- Abre primeiro a caixinha branca...
Ele abre um sorriso largo e solta minha mão, deixando com que ela esteja livre para abrir a caixinha branca, entrego o buquê para ele e pego a caixa.
- Ah... A chave!
Pego a chave que estava na mão dele, e coloco na fechadura, sorrio quando a caixinha abre e foto um papel dobradinho...
Meu Deus, não pode ser!
Abro o papel que estava dentro e as lágrimas que brotam em meus olhos os abandonam rapidamente.______________________________________
Planejamento do nosso futuro
* TEREMOS MUITOS FILHOS;
* VAMOS MORAR EM UMA CASA NA PRAIA;
* QUANDO TIVER FRIO VAMOS TOMAR CHOCOLATE QUENTE COM OS NOSSOS FILHOS;
* NOSSO PRIMEIRO FILHO HOMEM SE CHAMARÁ ANTONY;
* VAMOS NOS CASAR EM UMA IGREJA NA ITÁLIA;
* O QUE DEUS QUISER QUE VIVEMOS MAIS...
______________________________________- Richard... Nosso planejamento - falo entre lágrimas - onde achou essa caixinha? Achei que tivéssemos perdido.
- Quando você foi embora naquele dia, estava voltando para o Brasil, para no hotel e achei a caixinha dentro da gaveta do criado mudo...
- E guardou ela? Esse tempo todo?
- No fundo eu sabia que em algum dia estaríamos juntos novamente. Como na Itália. Seríamos felizes novamente. Assim como fomos lá na Itália!
Richard coloca o buquê na areia, pega a caixinha de veludo e se ajoelha.
- Carla, quer recomeçar?
- Eu quero, meu amor!
Richard pega um anel e põe no meu dedo, da mão direita, sorrio e faço o mesmo. Logo ele levanta e iniciamos um beijo calmo, sereno e cheio de amor, o nosso amor, um amor que suportou tantas desavenças, um amor que suportou tantos momentos de incertezas, dúvidas, mentiras e mesmo entre mentiras ele suportou tudo e todos!
O nosso amor...- Eu amo você... muito, Carla!
- Eu também te amo! Te amo!
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EU TÔ NO CHÃO
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Entre Mentiras - Completo - Em Revisão
RomanceAtenção: Plagio é crime. Todos os direitos dessa obra são reservados à autora. Quando Carla Figueira descobriu que estava grávida, tudo o que passava em sua cabeça era saber qual seria a reação de seu pai, Alberto Figueira, um homem que vive com os...