Eu acredito em minha própria mentira

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A lareira na sala comum da sonserina crepitava alto nos aquecendo. Avery, Malfoy, Lestrange, Black, Druella e eu estávamos sentados no sofá de frente para a lareira, um dos lugares mais disputados da sala comum, mas não importava quem estivesse ali, assim que nos viam, deixava o lugar vago para nós, talvez por medo ou pelos garotos serem filhos de bruxos importantes e ricos, sim todos aqueles nomes eram conhecidos por todo o mundo bruxo, de grandes famílias de puro sangue, alguns até em cargos elevados no ministério da magia.

Estranhei como a questão do puro sangue e sangues ruins era muito mais séria naquele tempo, o preconceito muito mais vivo e menos punido, até mesmo nos corredores de Hogwarts, a punição para aqueles que discriminavam os sangues ruins só era severa quando o próprio Dumbledore presenciava.

– Você precisa visitar Hogsmeade conosco, Liz. – comentava Avery enquanto eu ajudava Malfoy em seu dever de poções, dois pergaminhos sobre a poção Felix Felicis, que Riddle ganhara na aula anterior graças a seu ótimo desempenho com a poção do Morto vivo. – Vamos passar nas Zonko's, sempre compramos coisas lá para nos divertir um pouco com os sangues ruins.

Eu ri da cara que o Malfoy fez quando acabou seu dever, ele beijou meu rosto e suspirou aliviado.

– Essa menina é um anjo. – exclamou para todos. – Eu nunca conseguiria fazer isto.

– Digamos que tenho facilidade com poções. – digo pensando em meu pai. – Avery, vocês não tem medo de se encrencar com essas coisas?

Eles riram e se entreolharam, Druella me deu uma cotovelada de leve no braço e piscou o olho.

– O monitor é nosso amigo. – disse divertida.

Era engraçado ter amigos, por vezes eu até me esquecia de minha missão, mas ainda tinha a estranha sensação de ser observada o tempo todo por eles, talvez Riddle tivesse ordenado que ficassem de olho em mim, o que não era tão ruim, eles eram divertidos.

– Vocês não estão esquecendo nada? – disse o Black se levantando. – Quadribol. Temos que derrotar a corvinal hoje.

– Isso vai ser moleza. – disse Malfoy animado se levantou fingindo estar com um bastão na mão e acertando um balaço em um corvinal e imitando o corvinal caindo da vassoura, todos riram com sua imitação patética.

– Você vai torcer por mim, não vai? – perguntou Black beijando o dorso da mão de Druella, os outros riram.

– Vê se me erra, Black. – resmungou a garota.

– Vamos logo Cygnus. – disse Malfoy puxando o Black para fora da sala comum. – Não cansa de ser rejeitado, não?

– Ela gosta. – riu o Black e pelo olhar de Druella, ele estava certo.

Os garotos saíram da sala comum me deixando sozinha com Druella, eu olhei desconfiada para a Rosier e ela revirou os olhos se levantando.

– Tá. – disse a contragosto, mas em um tom divertido. – No fundo eu até gosto.

Eu acabei rindo, ela me estendeu a mão me ajudando a levantar.

– Vamos, vamos assistir a esse jogo.

– Sabe que... Eu não estou muito ansiosa para assistir, vá você. – digo tendo ideias bastante arriscadas, mas eu precisava agir.

Ela deu de ombros, pareceu não desconfiar.

– Até mais tarde então. – disse saindo da sala comum e quando eu dei por mim, eu estava sozinha na sala comum, todos foram para o campo de quadribol assistir o jogo, era o momento certo de tentar descobrir algo sobre o Riddle, algo que não fosse sua irritante semelhança à Sabe-tudo Granger em ser o melhor em todas as matérias. Eu poderia encontrar algo em seu quarto, algo que me ajudasse. Antes de destruir, você deve conhecer seu inimigo.

A Preferida de Lord VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora