Capítulo XVIII - Apenas um encontro

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Tom se olhou ao espelho e conferiu as vestes e o cabelo alinhado, seu perfume estava na medida certa, a noite precisava ser especial. Duas batidas anunciaram a entrada de Hylla que olhou o irmão dos pés à cabeça.

– Uhmmm alguém tem um encontro – ela disse toda animada, o que Riddle respondeu com um franzir de testa.

– O que está dizendo? É só a Elizabeth.

– Você vai levar ela para jantar, vai buscar ela na casa dela e pedir a permissão para os Potter... É um encontro, Tom, e dos mais piegas e tradicionais, sua cara, embora eu ache que sua cara é mais não ir a encontros.

Tom teve que concordar e eu também. Hylla se aproximou e retirou a gravata do irmão.

– Muito formal, mas leva flores, pra Lily Potter, para Elizabeth uma rosa basta.

– Levar flores para a sangue ruim? Por que eu faria isto?

– Ela é a mãe da Elizabeth, mostra respeito e se quer ficar com a filha dela, terá que parar de chama-la assim. O que seria de você sem mim.

– Faz sentido, eu já vou então, aliás, não quero aquele cachorro com as patas em você – disse Tom se referindo a Sirius Black, Hylla só revirou os olhos, enquanto Tom caminhava para a saída e materializava flores.

– Ei, Tom, mamãe estaria orgulhosa de você.

Riddle sorriu e aparatou para Godric's Hollow. Lily Potter o recebeu com um sorriso forçado, ela ainda não gostava dele, mesmo depois da explicação de que precisava se unir a Olívia e Grindelwald para proteger Hylla.

– Boa noite, Sra. Potter, vim buscar Elizabeth, ela está pronta?

Lily semicerrou os olhos e com relutância abriu espaço para que ele pudesse entrar na modesta e arrumada casa dos Potter.

– Eu lhe trouxe isto, como um pedido de desculpas por todo o... Mal-entendido. – disse Tom mecanicamente lhe entregando as flores que ela pegou ainda carrancuda.

– Não tem veneno aqui, eu espero. – Ela colocou as flores em um canto qualquer da casa e se virou para Riddle com um olhar intimidador. – Vai ter que reconquistar a nossa confiança e não vai ser fácil, Riddle, uma recaída, uma lágrima da minha filha e dou um jeito de você nunca mais vê-la, nem que eu tenha que me mudar para o outro lado do mundo.

Ela terminou a bronca com um sorriso forçado e fingiu que nada tinha acontecido quando Elizabeth apareceu. A auror não sabia que coisas muito mais complicadas do que distância já tinha tentado separar os dois e não tinha dado certo.

– Tudo bem aqui? – Liz perguntou, hesitante, ela estava deslumbrante em um vestido negro que ia até um pouco acima do joelho.

– Sim, querida, não volte muito tarde e por Merlin tenha cuidado. – disse a Sra. Potter se despedindo de Elizabeth.

Os dois saíram da casa e Elizabeth não conseguia esconder que estava um pouco tensa, afinal eles nunca tinham tido um encontro normal, sem a sombra de Voldemort ou Olívia e quando tudo estava indo bem demais, algo ruim sempre acontecia. Era natural que Elizabeth estivesse tensa, então Tom se inclinou para beijo calmo que estava ansioso para lhe dar.

– Nada vai ficar entre nós agora. – Aquelas palavras tiveram um efeito imediato em Elizabeth que sorriu e relaxou um pouco.

A noite foi divertida, Tom a levou em um restaurante e depois em um vilarejo bruxo onde havia uma praça repleta de fantasmas passeando para lá e para cá, o que deixava a noite bonita com o brilho perolado deles. Enquanto andavam pelo vilarejo, pela primeira vez Elizabeth achava que tinha sido muito precipitada em se transformar em Imortal, afinal sua família estranharia quando ela nunca envelhecesse e ela não queria se afastar deles, agora que pela primeira vez se sentia amada e não apenas a bastarda.

– Está muito quieta. – Tom notou sem olhar para ela quando pararam em cima de uma ponte, onde por baixo passava um rio.

– A gente vai ter que ir embora, quando perceberem que não estamos envelhecendo, não poderemos ter uma vida comum, termos um encontro normal já é algo de se orgulhar. – Não acho que me tornar imortal tenha sido uma boa ideia. Eu posso... eu posso viver para sempre e fazer quase tudo, menos o que eu mais quero, ter uma vida normal.

Tom sorriu enviesado, parou atrás da Snape, segurando a grade da ponte com as duas mãos, rodeando-a e sussurrou.

– Você pode fazer o que quiser, Elizabeth. – Liz sorriu de olhos fechados e estremeceu levemente com a mistura de sua voz de veludo e um breve roçar de seus lábios em sua orelha. Tom a abraçou e continuou: – Somos bruxos e você ainda diz que é a princesa das poções, tem uma poção que causa o envelhecimento, não é mesmo?

Elizabeth abriu a boca formando um perfeito O, como não tinha pensado nisto antes?

– Você é... Irritantemente um gênio, Riddle.

– Eu sei.

Tom lhe contou como foi seu julgamento no Ministério da Magia. Kingsley Shecklebolt, escolhido como ministro, fora o responsável pelo julgamento, não fora um julgamento longo. Dumbledore estava de seu lado, ele derrotou Grindelwald e não fez nenhuma vítima, por fim Shecklebolt teve que inocentá-lo.

– Isso é bom, então você continua como professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, eu me formo e me torno professora de Poções ou talvez eu me torne uma inominavel para poder estudar sobre vira-tempos.

– Você estudando vira-tempos? Acho melhor não. – Elizabeth lhe deu um acotovelada e riu.

– Falando em vira-tempos, olha o que encontrei. – Ela retirou do bolso do vestido um vira-tempo, não um comum, mas um que podia voltar anos no tempo, que há muito deveria ter sido destruído, mas permanecia escondido e ainda podia fazer muito estrago.

– O que vai fazer com ele?

– Vou deixá-lo ir. – Elizabeth soltou o vira-tempo e deixou-o cair no rio embaixo da ponte

Elizabeth observou a corrente dourada e a ampulheta caindo, lembrando de tudo o que havia passado e sabendo que não teria chegado até ali sem ele, sem mim, então, agradecida, ela soube que era hora de se despedir do tempo e eu a deixei de bom grado, sabendo que tinha testemunhado a história de uma bruxa incrível.

Levante-se e enfrente o desconhecido

Olá, olá, se lembra de mim?

Eu sou tudo aquilo que você não pode controlar

Faça o que você, o que você quiser

Até encontrar o que você está procurando

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Hey, é o fim. O trecho no final é da música What you want do Evanescence. Eu espero que tenham gostado da história da Elizabeth, acho que o final não ficou tão emocionante, mas no geral eu gostei bastante dessa segunda temporada, uma temporada de redenção para os personagens, espero que tenham gostado também, obrigada por lerem e por todo o incentivo com os votos e comentários, amo vocês <3

Beijos e até mais!!

A Preferida de Lord VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora