Capítulo XV - Pelo Bem Maior

6.1K 589 588
                                    

Tom Riddle aparatou para a mansão na França que ele costumava morar com Olívia Hornby. Enquanto adentrava a mansão sendo seguido por Nagini, amassou o pergaminho dentro do bolso da capa, as palavras gravadas nele ainda claras em sua mente: Estamos com Hylla Riddle, a única forma de salvá-la é matando Elizabeth Tyler e se juntando a Grindelwald e a mim. Pelo Bem Maior! De seu amor, Olívia Riddle.

Do lado de dentro da mansão, homens de Grindelwald andavam. Tom parou apenas ao encontrar um rosto conhecido ao lado da escada.

— Tom. – disse Avery rígido. – Irei avisar à Lady das Trevas que tem visitas, espere aqui por gentileza.

— Não vai ser necessário, Avery. Crucio.

Enquanto o homem se contorcia no chão, Tom subiu aquelas escadas como já tinha feito muitas vezes no passado e seguiu para o quarto que dividia com Olívia. Abriu-o e a encontrou deitada no sofá dourado com estofado vermelho, à sua espera. Olívia tinha uma aparência horrível, os longos fios loiros opacos, os olhos verdes fundos, pálida, magra, sintomas causados pela falta do elixir. Ele a transformara em imortal, mas não lhe contara como fazer o elixir que os imortais precisavam tomar esporadicamente.

— Onde ela está?

— Ah eu sabia que você viria correndo assim que eu pegasse Hylla Riddle. – ela riu. – Você é tão contraditório Tom, ensinou-me a não amar, mas você mesmo não o conseguiu fazer.

— Está cometendo um grande erro, Hornby.

— Você não me deixou escolhas. Ela está no porão, bem, eu diria... Estaria melhor se não tivesse uma língua tão afiada.

— Se você a machucou... – cerrou o punho furioso.

— Você me traiu. – ela o acusou se levantando e indo até ele. — Ela vai ficar bem, desde que Elizabeth Tyler esteja morta e desde que nós três, eu, você e Grindelwald tomemos o mundo bruxo, quero ter o controle de tudo ao seu lado, ser uma rainha, invejada por todas as outras grandes damas de puro sangue.

Tom suspirou. O que tinha feito com Olívia Hornby? Ela era só uma garotinha fútil e egoísta e ele a transformara em uma mulher cruel e vazia.

— Ela está morta. – mentiu. – Matei-a antes de vir para cá, a tolinha acreditou que eu tinha me rendido ao seu amor, não acredito que você também caiu nessa.

— Não tente me enganar, Tom. – disse a loira perspicaz.

— Posso te dar uma prova disto. – disse tirando um frasco do elixir do bolso. Os olhos de Olívia cintilaram ao ver o elixir, precisava dele, há muito tempo não tomava um gole sequer e por isto estava tão fraca. – Tome, você está precisando.

Riddle levou o frasco até os lábios da loira e a permitiu que tomasse alguns goles. Olívia passou a língua nos lábios após beber tanto quanto Riddle a permitiu que tomasse. Sentiu-se na mesma hora mais revigorada e forte, os longos fios loiros não estavam mais quebradiços, mas sim sedosos e com brilho, os lábios voltaram a ser macios a carnudos diferente dos pálidos e rachados de antes e os olhos voltaram a ter vida.

— E quanto a Grindelwald?

— Ele está em Londres, está cuidando de tudo por lá. Aliás precisamos entregar a ele Hogwarts, Dumbledore morto e o elixir da vida eterna, foi o que ele pediu em troca de me dar Elizabeth Tyler morta e você de volta.

— Sua estúpida. – trovejou Tom sentando-se largado no sofá de estofado negro e afrouxando a gravata. – Vamos acabar com Grindelwald primeiro.

— O que? Mas ele cumpriu com sua palavra, tenho você e Tyler morta, tenho de cumprir com a minha.

— Só há lugar para um Lorde das Trevas, Olívia. Escolha. – ele diz arqueando uma sobrancelha e a loira dá de ombro, já tinha conseguido o que queria mesmo. Foi até ele sentando-se em seu colo.

— Fazemos isto então, atacamos Hogwarts, matamos Dumbledore e eu verifico se Tyler está mesmo morta, mato a mamãezinha de sangue ruim dela, depois acabamos com Grindelwald. Assim que Hogwarts estiver em nossas mãos, eu solto Hylla. – Tom a odiou por ser tão esperta.

— Tudo bem, nós podemos fazer isto — concordou Tom enquanto pensava em uma maneira de manter Elizabeth segura enquanto ele cuidava de Olívia e Grindelwald.

— Faremos isto depois. – a loira sorriu com malícia. – Mas não agora, agora quero você, Tom. – sussurrou em seu ouvido.

Tom não respondeu, mas a beijou com fúria, Olívia era bela, mas ele só conseguia pensar em sua princesa, a morena que o deixava louco de raiva, de prazer, de preocupação, mas que também conseguia acalmá-lo com um sorriso e um beijo. Ele odiava precisar ser convincente e enganar Olívia o quanto podia para Hylla permanecer viva.

[...]

Elizabeth fitava o teto de seu quarto sentindo-se incomodada, sentindo um aperto no coração. Ela sabia que ele estava lá, que ele estava com ela e aquilo a estava deixando louca e ficar ali trancada naquele quarto sozinha a fazia pensar besteiras, coisas como: você pode estar enganada, Elizabeth, talvez ele estivesse falando a verdade, talvez ele a tenha usado novamente, te enganado de novo sobre se importar com você.

Uma lágrima escapou de seu olho e molhou o lençol da cama, Elizabeth a secou rapidamente.

— Que droga. – pensou em voz alta.

— Por que não me contou? – ouviu a voz de sua mãe, não tinha notado ela ali parada na porta.

— Não achei que você entenderia. – disse e a ruiva sentou-se na beirada da cama.

— Você o ama, não é? Ah Liz, vai ficar tudo bem. – disse a ruiva a abraçando e Elizabeth correspondeu o abraço com força, sentindo seu coração ficar mais leve e sossegado e ela soube que tudo o que a outra Elizabeth tinha feito, tinha valido a pena.

— Obrigada. – sussurrou.

Apesar disto Elizabeth continuou trancada em seu quarto, mais por que queria do que porque era obrigada, podia andar pela casa o quanto quisesse, embora não pudesse sair por questão de segurança, mas ela preferia ficar no quarto. Não descia nem para as refeições, James acabava sempre levando para ela no quarto e passavam horas conversando já que James preferia falar sobre transfigurações, Quadribol e animagia o que era bem melhor do que falar sobre guerra e Lord Voldemort. Além disto, ela recebera cartas de seu pai, Harry, Gina e Pansy.

[...]

Na manhã seguinte, Lord Voldemort estava sentado na cadeira de espaldar alto localizada na parte mais alta do salão principal da mansão, Olívia estava sentada à sua direita vestida em elegantes peles da cor creme. Os seguidores de Grindelwald gritavam "Pelo bem maior" enquanto o bruxo de olhos dourados e ansioso para vingar-se de Dumbledore discursava, enquanto torturava um nascido trouxa para demonstrar seu poder. Tom não tinha mais paciência para isto, nem sentia um pingo de prazer ao ouvir os gritos desesperados do refém.

— Ouçam todos — falou Grindelwald e os gritos cessaram. — Hogwarts irá cair esta noite.

A Preferida de Lord VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora