Capítulo XVII - Quando os sonserinos são dos heróis

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Tom

Eles estavam no grande salão, ninguém estava ali para ver o duelo deles, era muito poder, poucos aguentavam olhar, o segundo duelo de Alvo Dumbledore e Gellert Grindelwald. Dumbledore saíra vitorioso na primeira, mas não conseguiria sair na segunda, estava velho, lento, e não conseguiria derrotar o homem que amara uma segunda vez. E agora não bastava apenas derrota-lo e coloca-lo em uma cela em Nurmengard, se continuassem um dos dois sairiam mortos dessa vez, talvez os dois.

Adentrei o grande salão, mas o duelo continuou, Grindelwald gargalhou quando os olhos dourados me fitaram.

– Pode mata-lo agora se quiser Voldemort. O que acha Dumbledore? Morto por seu próprio ex-aluno, se bem que eu mesmo quero ter esse gostinho.

– O único que vai morrer aqui é você, Grindelwald. – digo e Dumbledore não pareceu surpreso, apenas sorriu.

– Então Elizabeth estava certa...

– Vá proteger Hogwarts, Dumbledore. Precisamos descobrir de uma vez por todas qual o melhor e maior bruxo das trevas que o mundo mágico já conheceu.

Tomei o lugar de Dumbledore no duelo acirrado, não tinha dúvidas de que o venceria, Gellert Grindelwald estava velho, apodrecendo e nem sequer era imortal, aquilo seria fácil...

Elizabeth

Tom desapareceu nas sombras e bastou isto para ela se revelar, não tinha notado sua presença até fortes cordas negras amarrarem meus pulsos e tornozelos e me erguerem do chão.

– Tyler! – disse em uma voz feroz, ela se aproximou devagar, era deslumbrante e tinha olhos azuis frios, usava um vestido verde com detalhes que pareciam escamas, botas negras de cano curto e salto baixo. – É o seu fim. E quando estiver morta, Voldemort vai voltar a ser meu.

– Voldemort não existe, Olívia. – digo com uma calma que estou longe de sentir. – Ele não existe mais há muito tempo.

– Você está muito confiante, não está? Então ele te tornou uma imortal. – Ela sorriu fria. – Mas qual será o seu ponto fraco Elizabeth Tyler? Será que se eu atingir um feitiço na sua cabecinha oca eu consigo te matar? Não, não faz o seu tipo. Então o coração? O ponto fraco das pessoas que tem dificuldade em amar? Também acho que não, nós estudamos juntas, a calada e arrogante Elizabeth Tyler, não é muito boa para se comunicar, seu ponto fraco deve ser a garganta.

Ela colocou a varinha sobre a minha garganta e eu engoli em seco. Todo Imortal tinha um ponto fraco e minha intuição dizia que ela estava certa. Se ela me acertasse com uma maldição da morte eu não morreria, mas se ela acertasse o feitiço em minha garganta, eu estaria morta.

– Não precisamos fazer isto, Olívia, eu não quero te matar, já estive em seu lugar, você acredita que o que está fazendo é certo, mas não é, está machucando pessoas, está destruindo famílias.

– Eu sei. – ela diz em tom de óbvio. – Mas parece que quem está prestes a morrer aqui é você querida.

Com força ela segurou meu cabelo e bateu de encontro com tronco de uma árvore, senti tudo ao redor girar e o sangue escorrer pela minha cabeça. Já estava na hora de parar de brincar.

– Bem, depois não diga que eu não te dei uma chance. – Usando apenas a força rompi as cordas que me seguravam e peguei a minha varinha que havia caído no chão, ataquei-a com um feitiço que a atirou para longe de mim até bater no tronco de uma árvore e cair no chão, ela apenas riu.

– Vai precisar de mais do que isto Tyler.

– Eu já estive em seu lugar Olívia, eu já fui a Lady das Trevas, existem coisas melhores do que isto, acredite. – tentei convencê-la.

A Preferida de Lord VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora