Elizabeth
Ataques ocorrem periodicamente a trouxas criminosos e àqueles que oprimem os bruxos, enquanto sorrateiramente Lord Voldemort recruta novos comensais da morte e eu conquisto novamente sua confiança. Embora eu queira mais do que isso, ele está focado em conquistar o mundo bruxo e o que me resta é esperar o fim da guerra, Voldemort no poder comigo ao seu lado.
Ao longo das férias de Bellatrix, eu a treino. Decidi não ser uma carrasca com ela, afinal a garota é filha da Druella, mas preciso ter muita paciência de vez em quando. Ela é realmente boa, mas lembrar que no futuro torturará Frank e Alice Longbottom até a loucura me faz pensar se estou do lado certo.
– Você é boa – digo após um feitiço muito bem executado da parte dela.
– Eu sei – responde parando para sorrir orgulhosa, o que me dá tempo de desarmá-la facilmente.
– Mas não tanto. Seu problema é a distração, você gosta de brincar com os inimigos, isso é bom, pode desestabilizá-los, mas a falta de atenção e, por que não, a arrogância, menosprezar seu oponente vai acabar te fazendo ser morta. – Ela me ouve com atenção, um pouco irritada já que estou com sua varinha, devolvo-a. Ela está um pouco ofegante afinal estamos há horas treinando, o que também é bom para mim, afinal estava um pouco enferrujada pelos anos parada. Antes de Tom ir embora, nós sempre duelávamos e treinávamos juntos, mas depois de mais de oito anos parada, era bom treinar. – Vamos de novo.
Voltamos a duelar, feitiços disparando de nossas varinhas, ela não faz mais piadas para me desestabilizar, mas agora faz perguntas.
– Há quanto tempo você conhece o Lorde das Trevas?
– Desde os dezesseis anos.
– O que ele viu em você?
– Ah você sabe! Meus lindos olhos verdes, foi amor a primeira vista. – Dou risada e reviro os olhos, Bellatrix aperta os lábios em uma tentativa de não sorrir, continuo séria: – Eu tenho informações importantes para ele.
– Que tipo de informações?
– Vamos dizer que sou um tipo de espiã, sei muito sobre os inimigos do Lorde das Trevas.
– Como?
– Isso... eu não posso te contar. – Ela faz uma careta, mas acho que estamos começando a nos entender.
Paramos de duelar quando Tom entra no porão da mansão Riddle onde estamos treinando. O grande espaço de pedra, iluminado por tochas e com algumas celas para seus prisioneiros ao fundo. Tudo organizado por mim, quando cheguei a este lugar, sem ter ideia de que Tom demoraria mais de dez anos para retornar.
– Milorde. – Bellatrix e eu o reverenciamos, ela de forma exagerada e devota, eu apenas com um leve movimento com a cabeça.
– Bella, temos assuntos importantes a tratar. – Bellatrix sorriu com ar de importância e assentiu. Antes de segui-lo, porém me lançou um feitiço, a fim de se mostrar para o Lorde, aproveitando que eu estava de costas, mas não distraída, com a varinha nas costas lanço um Protego, achei que ela pudesse fazer algo do tipo.
– Próxima aula vai ser sobre não atacar o oponente pelas costas a menos que seja extremamente necessário – digo entre dentes e lançando um olhar impaciente a Tom que quase sorri e nos dá as costas.
– Venha também, Elizabeth.
Nós o seguimos imediatamente até o andar de cima na sala principal, onde Voldemort e Bellatrix passam a tratar sobre recrutamento dos jovens de Hogwarts. Como uma aluna do 7º ano ela deve recrutar alunos do quinto e sexto, ele fala alguns nomes como Rosier, Lockwood, imagino que meu pai e os Comensais de sua época ainda são jovens demais para fazer parte desse grupo.
– Esta é uma missão importante e deve ser feita exatamente como estou te dizendo, não queremos chamar a atenção de Dumbledore. Está dispensada por hoje, Bellatrix! – Ela assente, faz uma reverência e sai. Ainda estou sentada no sofá de couro preto e vejo-o ir até a janela e observar o vilarejo. – Fizemos um excelente trabalho com esse lugar. Como vai o treinamento com Bellatrix?
– Tirando o fato de eu querer lançar um crucio nela o tempo todo, vai bem.
– E quanto ao Malfoy?
– O que você quer, Tom? Que eu diga que você estava certo o tempo todo? Ok, você estava certo o tempo todo. Malfoy é perca de tempo. – Apesar de ele não sorrir, percebo que Tom está se divertindo à minhas custas, o que me faz cerrar os olhos.
– Vejo que caiu em si.
– O que requer comemoração – digo me levantando. Pego uma garrafa de champanhe da adega e duas taças.
– Não tenho tempo para comemorações, Elizabeth.
– Ainda falta algum tempo para Harry Potter nascer e ele é o seu maior problema, então você tem sim – digo lhe estendendo uma taça, ele aceita.
Toco uma música enquanto bebemos algumas taças de champanhe e é somente lá pela quarta que ele se apoia no piano, coloca uma mexa de meu cabelo atrás da orelha e fala em uma voz carregada de deboche.
– Adoro como fica enciumada com Bellatrix.
– Ela é só uma criança, nunca tive ciúme dela – digo orgulhosa. Lembro que quando ele marcou meu braço, havia enfeitiçado a marca para que eu não pudesse mentir para ele, se o fizesse sentiria dor, mas não sento nada, ou o feitiço perdera o efeito depois de tantos anos ou não funcionava com pequenas mentiras.
– Mentirosa. Não deveria mentir para o seu Lorde.
– Somos mais do que Lorde e serva – digo parando de tocar e me levantando. Uso a varinha para fazer o piano continuar a tocar, dessa vez com uma música rápida e alegre.
– Está errada. Você será útil na guerra, no futuro e tem a qualidade de me divertir, mas é só a uma serva.
Fico furiosa e cerro a mão que segura a varinha, estou a ponto de finalizar o feitiço que faz a música tocar e em seguida lançar um em Tom, mas ele ri baixo, toca minha nuca e me beija suavemente, um beijo com gosto de champanhe e nostalgia, que me leva para os velhos tempos.
– Se sou somente isso para você, por que vive com ciúmes de Abraxas? – retruco quando nos afastamos, os lábios a centímetros de distância.
– Já te falei que não dou a mínima para o que teve com Malfoy.
– Mesmo? Então talvez tenha alguma esperança para Abrax e eu – digo com um falso ar ingênuo. Os olhos de sangue de Tom se fixam em mim com raiva, seu maxilar trava e todo seu corpo fica tenso. Eu sorrio, entregando a mentira. – Você tinha que ver a sua cara. Você sabe que sou bem mais do que sua serva, mas se é um dos seus fetiches, posso fazer de conta – eu o provoco descaradamente por causa do álcool. Vejo-o quase corar, mais por eu ter feito ele praticamente admitir que estava com ciúme do que pela brincadeira atrevida. Quase fiz Lord Voldemort corar, ok, agora sou eu que estou me divertindo às suas custas.
– Você consegue me tirar do sério, Elizabeth. – Ele grunhe, eu o ignoro e o puxo para dançar.
Me deixo levar e em instantes estamos dançando na sala, sonhando com o nosso mundo utópico sem nascidos trouxas e inimigos, onde Lord Voldemort reina comigo ao seu lado.
– Preciso ir. Negociar com gigantes, espero que não tenha me deixado embriagado.
– Você? Nunca, você sempre tem tudo sob controle.
– Você sabe que sim, especialmente sobre você.
– Nem sonhando. – Ele se despede com um beijo mais ousado e sai sem olhar para trás me deixando com aquela mistura conhecida e viciante de amá-lo e odiá-lo.
Oii meus amores!! Eu estava com saudade de escrever um capítulo amorzinho da Liz e do Tom. Espero que tenham gostado. <3
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Preferida de Lord Voldemort
Storie d'amoreEla volta no tempo para impedir que ele se torne Lord Voldemort, mas acaba se tornando a comensal da morte preferida de Tom Riddle Elizabeth Snape terá que decidir entre o que é certo e o que o coração manda... No momento em que eu realmente enten...