Eu tenho minha noite dos sonhos ou quase isto

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Elizabeth

– Pronto. – disse Druella terminando de me ajudar com o espartilho.

Usava um longo vestido preto e vermelho, o cabelo negro preso em um penteado bem elaborado com duas mexas cacheadas emoldurando o rosto e luvas negras nas mãos.

Dei-me ao luxo de tirar o vira-tempo do pescoço por algum tempo e colocá-lo debaixo do travesseiro, usando no lugar, uma corrente prateada com um pingente de coração negro.

– Então, como estou? – digo mordendo o lábio de frente para Druella, sentindo uma ligeira euforia dentro de mim.

– Diga você mesma. – ela diz me colocando de frente para o espelho e eu fico sem fala, estou deslumbrante, nem parece que sou eu mesma.

– Obrigada Ella. – digo abraçando minha amiga. – Eu vou ter o baile dos meus sonhos.

– Você merece. – ela diz dando de ombros, ela usa um vestido cor de cobre, com babados negros, os cabelos castanhos caem em cachos por suas costas e as grandes pálpebras parecem exaltadas.

– Você também está deslumbrante, imagino que vá com o Black. – ela sorriu, parecia animada.

Fico olhando para ela por um momento e pensando que da união dela com o Black virá Bellatrix e penso se não é uma boa ideia impedir que isso aconteça, o mundo agradeceria se Bellatrix Black Lestrange nunca chegasse a nascer, mas pensei no que disse Dumbledore, é perigoso alterar o futuro, melhor deixar as coisas como estão, já tenho problemas o suficiente.

– Hora de ir. – diz a Rosier com um suspiro longo. – Vamos? Assim se eles não vierem, temos a companhia uma da outra.

Eu assinto, mas antes de sair do dormitório coloco uma capa vermelha sobre os ombros, a masmorra é fria. Druella encontra seu par na sala comum me deixando ir sozinha para o grande salão. Grande amiga ela.

O grande salão já está cheio de alunos e decorado para o natal, mas eu o vejo quase que imediatamente, se possível, ele está ainda mais atraente, os fios negros milimetricamente arrumados, os trajes negros a rigor, diferente do uniforme de Hogwarts, o deixa ainda mais admirável.

Eu tiro a capa vermelha assim que entro no grande salão, fazendo-a voltar sozinha ao dormitório usando magia, sigo até ele tentando não demonstrar demais minha ansiedade. Quero que esse baile seja fantástico, um baile como eu nunca tive em 1997, a missão podia esperar, Voldemort podia esperar, porque aquela seria a minha noite perfeita com Tom Riddle.

– Então... – digo com um sorriso tímido. – Como estou?

– Deslumbrante, Srta. Tyler. – ele diz segurando minha mão com delicadeza e a beijando. Eu suspiro. Droga Elizabeth, resmungou meu lado racional. – Me daria à honra de uma dança?

Eu assinto e o sigo para o meio do grande salão enquanto observo os outros dançarem, as danças daquele tempo são diferentes das do meu tempo, as pessoas quase não tocam umas nas outras e não são tão agitadas, mas com o tempo eu me acostumo.

Sinto os olhares invejosos de grande parte das garotas atrás de mim, tenho certeza de que muitas gostariam de estar em meu lugar, mas eu não ligo. A noite está sendo mais perfeita do que imaginei.

Nós dançamos até que somos interrompidos por alguém.

– Bela escolha para o par, meu rapaz. – diz o professor Slughorn. – Está belíssima, Srta. Tyler.

– Obrigada, senhor.

– Sabe o que acho, acho que já passou da hora de termos a Srta. Tyler em nosso clube de duelo, o que acha Tom?

A Preferida de Lord VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora