Elizabeth
A culpa ainda me assolava no dia seguinte, Ângela não queria olhar em minha cara, eu estava fugindo do Abraxas e não conseguia encarar Tom. Como eu pude fazer aquilo? Vendo que eu estava precisando de uma amiga, Druella deixara um pouco de lado o seu praticamente noivo Cygnus Black e sentou ao meu lado durante as aulas.
– Ângela não vai poder me ignorar para sempre, vai? - perguntei a Ella.
– Talvez você possa fazer alguma coisa.
– Sugestões? - perguntei aos sussurros durante a aula de História da Magia.
– Talvez, juntar Abraxas e ela. - a ideia era ótima, se eu não tivesse sentido uma pontada de ciúmes ao pensar em Ângela e Abraxas juntos, Sr. E Sra. Malfoy. Pensa Elizabeth, se eles não ficarem juntos, Lucius Malfoy nunca vai nascer, consequentemente Draco não existirá no futuro.
– Você tem razão, mas o que eu posso fazer, uma poção do amor? Abraxas não gosta da Ângela porque eu me meti no meio deles.
– Não, poção do amor não. - Druella encolheu os ombros. - Talvez você devesse escrever uma carta a Malfoy pedindo que o encontre na madame Puddifoot no fim de semana e escreva outra a Ângela dizendo o mesmo, como se fosse o Malfoy escrevendo. Os dois se encontram naquele ambiente romântico e voilá.
– Você é a melhor amiga que eu poderia ter, é sério. Vou fazer isto.
Druella e eu escrevemos os bilhetes naquela aula mesmo, ela cuidaria de que Ângela lesse o bilhete e eu cuidaria que Malfoy recebesse o bilhete dele, mas para a minha surpresa, eu também recebi um bilhete naquela tarde, dentro de meu bolso.
Encontre-me no corredor do sétimo andar esta noite.
L.V.
A culpa voltou a me assolar depois que li aquele bilhete, mas decidi agir como se nada tivesse acontecido. Não voltaria a acontecer, eu me afastaria de Malfoy, não ficaria mais confusa e esqueceria Draco e tudo não passaria de uma lembrança. Eu escolhi viver e servir Lord Voldemort, não podia voltar atrás.
A noite cai rapidamente e me vejo ansiosa para passar um tempo sozinha com Tom, maldito Dumbledore que me fazia ter que ficar longe dele. Levantei-me, usando apenas minha camisola, coloquei uma capa por cima, já que já era inverno e tentei não fazer barulho e certificar-me de que todas as garotas estavam dormindo.
Ângela dormia sorrindo, segurando em sua mão um bilhete em nome de Abraxas pedindo que ela o encontrasse no café da madame puddifoot e que na verdade tinha sido escrito por mim, a ideia de Druella tinha que dar certo ou eu teria alterado o futuro de uma forma drástica, arruinado o futuro que eu conheço.
Saí do dormitório e segui para o corredor do sétimo andar, frente à sala precisa. Ele estava ali. Tão lindo como sempre, cada vez mais parecido com um verdadeiro Lorde, eu senti aquele frio na barriga de sempre. Deixa de ser idiota Elizabeth, disse para mim mesma.
– Está atrasada - ele me repreendeu a me ver, mas não me importei, eu colei nossos lábios de maneira intensa, sentindo seus lábios tão macios e suas mãos segurando minha cintura, nos separamos apenas quando nos falta ar, mas eu encosto minha testa na dele, ainda de olhos fechados.
- Odeio Dumbledore por nos fazer ficar separados.
Um quase imperceptível sorriso se forma no canto de seus lábios e eu percebi o quanto sentia falta daqueles sorrisos maliciosos, sentia falta de estar com ele, de seus beijos, ele podia não ser rico, de puro sangue e nem ser gentil como Malfoy sabia ser com uma garota às vezes, mas não importava, mesmo não devendo, nutria algum sentimento por Lord Voldemort.
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A Preferida de Lord Voldemort
Roman d'amourEla volta no tempo para impedir que ele se torne Lord Voldemort, mas acaba se tornando a comensal da morte preferida de Tom Riddle Elizabeth Snape terá que decidir entre o que é certo e o que o coração manda... No momento em que eu realmente enten...