Estou deitada na cama, olhando para o teto, tentando ignorar a ligeira tontura que sinto colocando a culpa no cansaço.
– Não sei por que parece tão tensa? Nenhum bebê vai me derrotar, Elizabeth. – diz Tom do banheiro.
– Não foi isso que aconteceu da última vez – digo quando ele se senta a minha frente na cama. – Vou lhe contar exatamente o que aconteceu. – Eu sempre dizia que chegaria a hora em que eu teria de lhe contar e aparentemente essa hora chegou. – Na noite do dia 31 de outubro, no dia das bruxas, você foi até Godric's Hollow, matou James e Lily Potter, mas quando foi matar Harry Potter, alguma coisa aconteceu, a maldição da morte ricocheteou e te acertou, deixando Potter apenas com uma droga de uma cicatriz em forma de raio na testa, enquanto você foi reduzido a menos que um fantasma. Desde então ele foi considerado "O menino que sobreviveu" e você foi considerado morto.
Tom fica muito quieto, parece pensativo e ao mesmo tempo desapontado.
– Como fui tão estúpido a ponto de ser derrotado por um bebê? Mas não... Harry Potter não tem nada de especial, eu fui derrotado pelo amor, devia ter percebido. – Ele parece dizer a última frase mais para si mesmo do que para mim.
– O que disse? – pergunto franzindo a testa.
– Provavelmente a sangue ruim. Ela morreu para protegê-lo e o amor dela o salvou, amor é magia antiga, eu devia ter previsto isto.
– O que vai fazer?
– Irei até Godric's Hollow e colocarei Lily Potter em minhas masmorras, ela não poderá proteger Harry Potter de lá.
– Se ela não o proteger, Dumbledore o fará – lembro-o.
– O que o deixará muito ocupado e eu poderei tomar Hogwarts, o número de meu exército supera e muito o de Dumbledore. – Engulo em seco e mordo o lábio, desviando os olhos dos dele, mas ele segura meu queixo me fazendo olhar para ele, seus lábios estão curvados em um sorriso vitorioso. – Vamos vencer, Princesa, ninguém pode nos deter.
Eu sorrio.
– É tudo o que eu mais quero.
...
Acordo sentindo-me um pouco enjoada, como venho me sentindo já há algum tempo, agradeço por Tom não estar no quarto, corro para o banheiro onde vomito até o que eu não comi. Limpo a boca com o dorso da mão e preparo um banho.
Coloco um vestido negro, botas e a capa vermelha de veludo por cima. Encontro Tom na sala de reunião, mas ele está sozinho com um mapa, provavelmente decidindo sobre o ataque a Hogwarts.
– Bom dia – digo indo até ele e o cumprimentando com um beijo leve e delicado, ele sorri.
– Bom dia Elizabeth, sente-se melhor? – Olho surpresa para ele, perguntando como ele pode saber de tudo. – Não parecia sentir-se muito bem nos últimos dias.
– Estou ótima – minto.
– Snape esteve aqui esta manhã.
– O que ele queria?
– Pedir que protegesse a sangue ruim Potter. – Arregalo os olhos, surpresa, vejo que Tom está acordado há muito tempo, analisando seu ataque a Hogwarts, onde ele provavelmente teria que enfrentar Dumbledore.
– Ceeerto, isso é estranho – digo me sentando a mesa ao lado dos mapas. – Quero dizer, nunca imaginei que meu pai gostasse da mãe do Harry Potter, na verdade eu nunca imaginei sequer que eu ia conhecer o meu pai com o que... Quantos anos ele deve ter? 21? Um a mais ou a menos.
– Elizabeth, eu não posso me concentrar se você não parar de falar. – Eu o fito com os olhos semicerrados.
– Então pare de se concentrar tanto. – Lhe roubo um beijo que começa calmo, mas logo sinto seus lábios pressionarem mais os meus e seus dedos entrelaçando meu cabelo.
– Devia parar de me distrair – ele diz e de forma contraditória faz com que eu me sente na mesa onde estão seus mapas, desce os beijos para meu pescoço e desliza sua mão pela minha coxa me causando arrepios.
– Tom... Tom, os mapas – eu digo rindo.
– Danem-se os mapas – ele diz, mas se afasta, recomponho-me, colocando o capuz.
– Parece ter muito que fazer, deixe a sangue ruim Potter comigo – digo decidida. – Posso cuidar dela, pedirei a Greyback que me acompanhe até Godric's Hollow.
– Sim, mas não quero que participe da batalha de Hogwarts.
– O que? Por que não? Sou sua melhor comensal, deveria estar com você.
– Haverá muitos deles, muitas pessoas que conheceu no seu passado, pode ser perigoso. – Encolho os ombros sabendo que não o convencerei do contrário. – E provavelmente, terei de enfrentar Dumbledore.
– Boa sorte – digo e lhe dou um último beijo carinhoso antes de sair.
Não espero chegar à noite de dia das bruxas e nem Tom. Na verdade ainda é início de agosto quando eu parto para Godric's Hollow para sequestrar Lily Potter e nesta mesma noite Tom reúne seu exército para tomar Hogwarts.
Encontro Greyback do lado de fora da mansão. Ele me espera, mas não está sozinho, um grande lobo está ao lado dele. Aproximo-me hesitante.
– Está pronto? – pergunto.
– Então é verdade? – pergunta Greyback. – O Lorde das Trevas está realmente partindo para tomar Hogwarts.
– Sim – digo tensa, afinal Tom enfrentará Dumbledore e preocupo-me com ele.
– Não se preocupe, o Lorde das Trevas é o maior bruxo de todos os tempos. Para onde vamos? – Agacho-me acariciando o pelo do lobo.
– Sequestrar Lily Potter.
– Eu estava na floresta reunindo os lobisomens para lutarem ao lado do Lorde das Trevas e ela me seguiu até aqui, devia ficar com ela já que não avançou em você até agora – explica Greyback se referindo à loba.
– É tão bonita, sim... Vou chamá-la de Ártemis – digo acariciando a loba. – Não posso levá-la Ártemis, mas cuidarei de você quando voltar.
Abro o grande portão prateado da mansão e como se me entendesse, a loba entra no jardim.
– Vamos, isto será muito fácil.
Aparatamos para Godric's Hollow, Pettigrew amedrontado nos contara exatamente onde os Potter estavam escondidos. Peço a Greyback que vigie a porta e entro na casa.
– Você! – grita James Potter apontando a varinha para mim, mas eu o desarmo e o estuporo.
Subo as escadas. Sei que a sangue ruim está trancada em um dos quartos com Harry Potter. Quando entro no quarto, ela está colocando-o no berço.
– Não, por favor! Não faça nada a Harry, é apenas um bebê – implora e ela nem ao menos está com sua varinha para tentar lutar.
– Não vou fazer nada com o seu garoto – digo puxando-a com força pelo braço e aparatando para a mansão, deixando Harry Potter chorando em seu berço.
Como disse a Greyback, muito fácil. Ela se debateu e eu achei melhor estuporá-la, Greyback chegou logo depois de mim e ajudou-me a carregá-la para o porão.
Estava feito, agora eu só precisava esperar para saber no que daria a batalha em Hogwats.
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Hey pessoal, o capítulo era pra ter saído ontem, mas deu ruim. Estou super empolgada, porque hoje estava dando uma arrumadinha na segunda temporada e gostei do resultado, então provavelmente vou postar. Gostaram do capítulo? Desliza pra baixo que tem maiiis!! (Isso ficou bem insta girl KKKKK)
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A Preferida de Lord Voldemort
RomanceEla volta no tempo para impedir que ele se torne Lord Voldemort, mas acaba se tornando a comensal da morte preferida de Tom Riddle Elizabeth Snape terá que decidir entre o que é certo e o que o coração manda... No momento em que eu realmente enten...