Elizabeth Snape

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Elizabeth

Estou ansiosa e cheia de expectativas, pois acredito que poderei ter a minha vida normal que tanto almejei, ao lado de Abraxas, depois que conversássemos com Ângela, é claro. Poderei ter filhos, um casamento, ser uma esposa dedicada, Abraxas seria um bom marido. E depois da guerra, depois que Harry Potter fosse apenas uma lembrança, eu não precisaria mais ser a "arma secreta" de Voldemort, nem a garota cujo tem nas costas a missão de salvar o mundo do bruxo mais temido de todos os tempos, serei apenas Elizabeth Malfoy, uma garota normal e finalmente com uma família.

– Tira esse sorriso idiota do rosto. - diz Druella me tirando dos meus devaneios. Estamos no Três Vassouras, Fenrir Greyback nos observa de longe, era a condição para eu sair da mansão. - Será uma conversa divertida com a Angel, não acha? Será algo como "fui amante do seu marido por oito anos e me apaixonei por ele". - complementa Ella com a voz carregada de sarcasmo.

– Você é uma péssima amiga. - digo emburrada.

– Olha quem fala. - ela diz me lançando um olhar repreensivo. - Aliás, te conheço muito bem e esta história com Abraxas não vai longe.

– O que quer dizer com isto? - pergunto franzindo a testa. Ella revira os olhos e suspira, como se fosse me explicar algo que estivesse muito claro para ela.

– A vida que você imagina com Abraxas é um sonho, uma coisa comum, normal, você quer ter uma família, coisa que você nunca teve e Abrax é seu amigo, previsível e fácil de conviver, mas você vai se cansar, porque não nasceu pra isso. Você está com medo, Liz, porque o Lorde das Trevas é imprevisível, misterioso, porém mais do que isto, ele é o Lorde das Trevas e, você está com medo de descobrir que nasceu para ser a Lady das Trevas dele, que também é poderosa, fria e o entende como nenhuma outra pessoa é capaz, porque seu lado bom pensa que é muito cruel dizimar os sangues ruins e os trouxas.

– E não é? - pergunto, pensando em tudo o que ela acabou de falar.

– Talvez seja, mas eles são inferiores a nós. - ela diz dando de ombros como quem não se importa. - E você o ama, mesmo que seja orgulhosa demais para falar isto.

– Eu não o amo, não sou tola, ele não é capaz de amar Ella, ele é...bem, ele. - digo na intenção de dizer Voldemort, mas agora há um tabu no nome, um feitiço que atrai comensais da morte para o local onde dizem esse nome, o que considero uma coisa exagerada. Penso, então, em algumas noites atrás quando Tom disse que não se importava com o que eu fazia com Abraxas e como eu me senti incomodada por isto. Como preferia que ele sentisse ciúmes, mesmo de sua forma cruel, mostrava que ele sentia algo por mim. Isso me faz algum tipo de masoquista? - Enfim, esqueça este assunto.

– Sim, você está precisando relaxar um pouco. O que acha de fazermos algumas compras? - não sei se compras vai me fazer relaxar, mas passar um tempo com minha amiga vai fazer com que eu fique um pouco mais animada.

À noite vou encontrar Abraxas em Hogsmeade, no café da madame Puddifoot. Paro na entrada do estabelecimento me virando apenas para constatar que Greyback ainda estava em meu encalço.

– Acho que ninguém vai me atacar aqui, pode parar de me seguir por apenas alguns minutos? - pergunto séria, com as duas mãos na cintura, lançando um olhar de censura ao lobisomem.

– O Lorde das Trevas mandou que eu ficasse de olho em você, garota. - disse Fenrir com sua voz que mais parecia um rosnado, reviro os olhos.

– Será o nosso segredinho. - arqueio as sobrancelhas com um sorriso travesso. - Vá se divertir, tomar alguma coisa, caçar criancinhas, ou qualquer coisa que goste de fazer.

A Preferida de Lord VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora