Capítulo XIV - Atitudes estranhas

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Elizabeth

Estou deitada na cama de solteiro de Tom em Hogwarts, cansada e quase dormindo enquanto ele acaricia meu cabelo, mas minha cabeça não para de pensar que precisamos contar sobre nós, precisamos contar a Dumbledore, a meus pais, fazer algo sobre isto. Pansy já sabe, Pirraça já sabe, não vai demorar para isto chegar aos ouvidos do diretor. Abro a boca para falar sobre isto, mas Tom é mais rápido.

- Levanta, preciso te ensinar uma coisa.

- Agora? Você está brincando, né?

- Não, é uma coisa essencial, não podemos esperar, ainda mais com a Olivia atrás de você.

- Tom dá pra ser o professor mal só nas aulas? Eu estou com sono - resmungo, mas ele já está se levantando.

- Quero que você imagine uma faca. A textura, o tamanho, o peso, tudo. Você vai materializar uma.

- Seria ótimo para me matar agora - digo sonolenta e de mal-humor. Tom sorri, maldoso.

- Você é imortal agora, posso te torturar o quanto eu quiser - a conotação sexual dessa frase misturada a seu sorriso maldoso e sua mãos deslizando pela minha panturrilha e subindo por minha perna me faz arrepiar. - Agora, faça o que eu mandei.

Aperto os lábios, aborrecida com seu jeito mandão. Me sento coberta com o lençol e tento materializar, mas estou com tanto sono que tudo o que consigo materializar é uma versão fantasmagórica de uma faca.

- Continue treinando. E acho melhor você voltar para o dormitório.

Caço minha camisola e a visto rapidamente, mesmo que cada fibra de meu corpo queira voltar a me deitar com ele naquela cama. Novamente abro a boca para falar que precisamos contar a verdade para todos, mas está tarde demais para isto e somente me despeço com um beijo rápido e vou para meu quarto.

[...]

Poucos dias depois, eu não conseguia mais manter aquele segredo. Caminhava a passos rápidos nos corredores rumo a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas quando notei que alunos do terceiro ano estavam saindo às pressas de lá. Vários pensamentos invadiram a minha mente: Nagini atacou um aluno? Tom perdeu a paciência e mandou ela atacar algum deles? Algum feitiço deu errado e um aluno incendiou a sala? Assim que entro na sala, vejo Tom em pé e todas as suas coisas jogadas no chão.

- O que aconteceu? Os alunos do 3º Ano estão fugindo daqui como se tivessem visto Voldemort. - digo em um tom de voz descontraído e fecho a porta.

Tom não disse nada, só colou seus lábios nos meus, cheios de raiva, como se procurasse algo para se acalmar.

- O que aconteceu? - pergunto e seguro seu rosto em minhas mãos, preocupada, fazendo-a olhar para mim.

- Não foi nada, não devia estar indo para a aula agora? - ele arqueou uma sobrancelha.

- Está mentindo.

- Nada. Não insista neste assunto. - desta vez ele diz num tom de voz cortante, encerrando o assunto e se afastando, o que me faz ficar irritada. Respiro fundo e me concentro no motivo que me levou até ali.

- Tom eu... acho que devíamos começar a pensar em contar para Dumbledore e para meus pais sobre nós. - Mordo o lábio, hesitante, adorava estar com ele e aquela sensação de perigo e de que a qualquer momento podíamos ser pegos era realmente divertida, mas com tudo o que estava acontecendo, talvez fosse melhor contar de uma vez.

- Não é uma boa ideia, pelo menos ainda não. Não enquanto Grindelwald e Olívia estiverem soltos.

- Estou farta destes dois, eu poderia ir para a França hoje mesmo e quebrar a cara daquela loira azeda e estou me perguntando agora mesmo por que eu ainda não fiz isso. - Minha explosão faz a tensão nos ombros de Tom se esvair e ele até sorri um pouco.

A Preferida de Lord VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora