Good Enough

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Sob o seu encanto novamente

Eu não consigo te dizer nãoDeseje meu coração e ele estará sangrando em sua mãoEu não consigo te dizer não

Não deveria ter deixado me torturar tão docemente

Agora eu não consigo acordar deste sonhoEu não consigo respirar mas me sinto boa o bastanteMe sinto boa o bastante para você

Tom

Era quase meia noite do dia 31, todos os alunos que não foram passar as férias com os pais, estavam festejando nos arredores do castelo ou no grande salão, exceto Elizabeth. Eu fui procurá-la e a encontrei em seu dormitório num sono profundo. Eu não podia negar, Elizabeth era linda, seus cabelos negros contrastavam com o branco do travesseiro onde os fios se espalhavam, seu ar misterioso e reservado me intrigava, enquanto seus olhos verdes ingênuos me cativavam. Era inteligente, cautelosa, boa em conquistar as pessoas tolas para seu próprio benefício. Ela era como eu.

A garota se agitou, virando-se de um lado para o outro, sussurrando coisas e se debatendo. Curioso, fechei a porta atrás de mim e me aproximei. Fragilizada por conta do pesadelo, Elizabeth não poderia fechar a mente e eu poderia ler sua mente e foi o que fiz.

Elizabeth sentia medo e sentada em um canto de uma sala escura, abraçava as próprias pernas e cobria os ouvidos a fim de não ouvir os gritos do homem de cabelos negros e oleosos que era torturado por uma criatura extraordinária. O bruxo exalava poder, seus olhos vermelhos eram aterrorizantes e as feições eram ofídias.

– Nagini, mate-o. – disse o homem de feições ofídias, a cobra atacou o homem de cabelos negros, de traços um pouco parecidos com os de Elizabeth.

– NÃO. – gritou Elizabeth ao ouvir isto.

Ela abriu os olhos sentando-se e abrindo os olhos assustados, olhando para os lados e pareceu ainda mais assustada a me ver em sua frente.

Elizabeth

Não era um sonho, era mais como um pressentimento, no futuro meu pai podia estar morto e isto me desesperava. Acordei assustada, estava no dormitório feminino da sonserina, todas as outras garotas estavam em suas casas nas férias de natal, devia ser meia noite do dia 31, mas o fato de Tom Riddle estar ali me assustou ainda mais e se ele tivesse tentado entrar em minha mente enquanto dormia?

– Não devia estar aqui. – digo levantando-me bruscamente, noto seu olhar percorrendo meu corpo e sinto minhas bochechas esquentarem, estou apenas com uma camisola perolada que ia até pouco acima do joelho.

– Por que parece tão assustada? Vim apenas lhe desejar um feliz ano novo. – ele diz se aproximando e acariciando meu rosto com delicadeza, sinto meus olhos se encherem de lágrimas, mas não ouso deixá-las caírem, não na frente dele, não posso demonstrar fraqueza.

– Foi apenas um pesadelo. – digo com a voz fraca e olho para baixo procurando fugir de seus olhos negros profundos.

– Pode contar-me se quiser. – ele diz compreensivo e eu precisava tanto falar com alguém, sem conter-me, eu o abraço, escondendo meu rosto em seu pescoço, meu pai nunca foi o melhor pai do mundo, mas pensar que ele pode estar morto agora, que Voldemort pode tê-lo matado, ter descoberto de que lado ele está ou que me mandou para o passado.

Tom acariciou meus fios negros e sussurrou em meu ouvido, mas sua voz era fria.

– Por que não me conta a verdade Elizabeth? E acaba de uma vez com isto? – eu me afasto.

A Preferida de Lord VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora