Touniquet

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Eu tentei matar a dor

Mas apenas trouxe mais

Eu comecei a morrer

E eu estou sangrando, remorso e traição

Eu estou morrendo, suplicando, sangrando e gritando

Eu estou tão perdida assim para ser salva?

Eu estou tão perdida assim?

Encontro-me novamente no portão da mansão Malfoy. Inquieta... Angustiada. Mordo o lábio e engulo em seco.

— Angel, eu vim aqui te pedir perdão. Fui uma péssima amiga, pior do que isso, eu fui uma mentirosa, traidora, destruidora de famílias, não me orgulho do que me tornei. Fomos amigas em Hogwarts e eu espero que um dia você possa me perdoar... — sussurrei para mim mesma, mas não consigo terminar, sinto minha garganta se fechar.

Cadê sua coragem, Elizabeth? - Penso quando giro nos calcanhares e dou as costas para o enorme portão da mansão Malfoy, desistindo mais uma vez de contar toda a verdade a Ângela naquele fim de tarde, pelo menos era isso que Druella insistia para que eu fizesse. - Por isso fui designada à casa da sonserina e não para a grifinória.

Aparatei para o vilarejo de Hogsmeade. Era inverno e nevava fraco. Entrei no Três Vassouras, sacudi a neve que ficara presa em meu vestido negro e pedi que me servissem uma cerveja amanteigada.

Abri um jornal do Profeta Diário que esqueceram na mesa que escolhi, o jornal era recente e as noticias publicadas com frequência nas páginas do jornal bruxo me assustavam, era claro que ele voltara, Lord Voldemort estava agindo, mas por que não veio diretamente a mim? E se não veio diretamente a mim é porque sabe sobre Abraxas e eu? E se sabe, por que nem Abraxas e nem eu estamos mortos ainda?

Suspiro, são tantas perguntas sem respostas.

—Não devia andar tão preocupada, sabia? — ouço aquela conhecida voz arrastada e me pergunto como ele sabia que eu estava aqui.

Levanto meus olhos encontrando os olhos acinzentados de Malfoy, sem dizer nada até que ele continua:

— Eu te vi da janela da minha casa, sempre que você quer esquecer, você vai para o Caldeirão Furado beber e sempre que você quer pensar, você vem pra cá.

— Porque é familiar, gosto daqui. — explico.

— O que fazia lá? O que fazia frente à minha casa, Liz? — ele pergunta, embora saiba a resposta, eu arqueio uma sobrancelha.

— Ora, iria contar tudo a Ângela, não foi isso que você disse que faria? Que a deixaria, para ficar comigo?

— Não é assim tão fácil, não seja tola e nunca mais pense em fazer isso — ele me repreende.

— Por quê? Tem medo de ser julgado por trocar uma perfeita bruxa de puro sangue por uma mestiça? — eu o desafio e sei que é exatamente esta a resposta, pois ele não me responde. Apenas se senta na cadeira à minha frente e segura minha mão.

— Ficaremos juntos Liz, mas agora não podemos — ele diz num tom de voz calmo, como que para me acalmar, mas eu concordo balançando a cabeça positivamente, há muitos motivos pelo o qual não podemos ficar juntos. Gosto de Abraxas, eu me sinto muito bem com ele, protegida e ele não é um enigma como Tom, nem cruel e manipulador, apenas arrogante e patético às vezes, mas gosto de sua voz arrastada, de seu ar elegante e sexy, de como me sinto confortável com ele. — Primeiro precisamos passar pelo Lorde das Trevas, pela minha esposa...

A Preferida de Lord VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora