"Querido HarryEu estou terminando o meu 6º ano, poderia te listar mil diferenças entre 1943 e 1998, eu quero dizer, o modo de falar, de se vestir, há muito mais preconceito com os nascidos trouxas e há guerra, não aqui, pois temos Dumbledore. Grindelwald não ousa atacar Londres enquanto ele estiver aqui. É interessante ver isto com meus próprios olhos e não em livros de história. Começo agora a me adaptar por aqui com a ajuda de meus amigos, Druella que é como uma irmã para mim e tem Tom Riddle também, sim, o nosso professor de DCAT em 1998. Eu sei que todo mundo achava ele bem esquisito, até sombrio, afinal, são poucos os professores que lecionam com uma serpente enorme deslizando pela sala e intimidando os alunos, mas ele é incrível, está no 6º Ano como eu e é monitor, um pouco arrogante e bajulador, mas ele é um ótimo aluno e estamos namorando, é recente.
Ah Harry, não posso expressar o quanto sinto saudades da minha família, por isso lhe escrevo estas cartas, ajudam a não sentir tanto. Ah e não se preocupe, estou tomando cuidado para não alterar demais o passado, não quero acabar sem querer fazendo com que Hermione Granger não chegue a nascer no futuro, até não seria uma má ideia... Estou brincando, não brigue comigo. Por enquanto isto é tudo, prometo lhe escrever em breve.
De sua amada irmã
Elizabeth Lily Snape."
Termino de escrever a carta a Harry e a guardo em meu malão, junto com as outras milhares de cartas que eu já escrevi mesmo sabendo que nunca chegaria até sua mão.
Curiosa, peguei o pequeno frasco que veio junto com a carta. Dentro dele, um líquido brilhante se move preguiçosamente, se tratam de lembranças. De quem? Eu ainda não sei. O que tem nelas? Também não. A curiosidade se agita dentro de mim, assim como o líquido que eu balanço na frente dos olhos.
Guardo o frasco e a carta no malão. Desço para a sala comum da sonserina e me sento no sofá em frente à lareira quase apagada. Deslizo no sofá para me esconder quando ouço vozes.
– Não me admira que sejamos nós dois os monitores este ano, Tom, afinal, você é um aluno brilhante e todos me adoram. – Ouço a voz enjoativa é de Olivia Hornby, uma sonserina muito bonita que gosta de caçoar dos outros.
– É claro, Srta. Hornby, e eu adoro tê-la em minha companhia nos afazeres de monitores, mas acredito que se a Srta. Tyler tivesse entrado antes em Hogwarts, você teria uma concorrente a altura. – Ouço a voz comedida de Tom Riddle e sorrio, dou uma espiada por cima das costas do sofá apenas para ver a cara de desgosto de Olivia Hornby que joga os longos fios loiros para trás e bate o pé freneticamente com as mãos na cintura.
– Ela é boa, se destaca em poções, mas isto é tudo. Ela é esquisita, não acho que eu deva me preocupar com ela, mesmo que vocês dois estejam próximos, acho que eu não preciso ficar com ciúmes, preciso Tom? – ela pergunta sorrindo e enrolando as pontas dos fios loiros nos dedos indicador e médio, com aquela expressão doce que só engana quem não a conhece, pois quem a conhece, sabe que ela é o demônio com os nascidos trouxas, azucrina a vida deles sempre que pode. Tom pigarreia se fazendo de desconcertado com o flerte da garota, quando na verdade está aborrecido e desconversa.
– Está tarde, Srta. Hornby, é melhor irmos dormir, tenha uma boa noite.
– Você também, Tom – diz a loira depositando um demorado beijo em seu rosto.
A garota vai para o dormitório feminino e Tom aguarda até que ela entre no quarto para olhar para mim, eu me levanto e arqueio as sobrancelhas.
– Acho que ela gosta de mim – ele diz quando nota minha presença.
![](https://img.wattpad.com/cover/169505072-288-k610503.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Preferida de Lord Voldemort
RomanceEla volta no tempo para impedir que ele se torne Lord Voldemort, mas acaba se tornando a comensal da morte preferida de Tom Riddle Elizabeth Snape terá que decidir entre o que é certo e o que o coração manda... No momento em que eu realmente enten...