A Preferida de Lord Voldemort

Made of Stone

Demore o quanto quiser.
Não estou assustada.
Faça de mim tudo o que você precisa que eu seja
Assim, o julgamento parece justo.
Não perca o seu tempo.

Elizabeth

Quando chegamos à mansão, após a cerimônia de iniciação dos comensais da morte, Tom me olha com curiosidade.

– Você matou aquele garoto. Como se sentiu? – Respiro fundo. Não sabia exatamente como me sentir, mas sabia que algo tinha mudado. Eu não estava com medo, não sentia nada.

– Ele estava me irritando, era tão covarde e falastrão.

Tom parou a minha frente, tirou a máscara de comensal da morte que ainda estava em meu rosto e eu não tinha percebido e abaixou o meu capuz, ele tocou a minha nuca levemente.

– Como foi com Druella?

– Ela está devastada por causa da filha. Tentei ajudá-la, espero ter conseguido. Ela me contou algumas coisas interessantes.

– O que?

– As pessoas estão espalhando rumores sobre mim. Algo sobre eu ser sua clarividente ou de eu ter uma linhagem nobre. O mais curioso é que meu pai se auto intitulava de Príncipe Mestiço – conto a Tom que se sentou no sofá em frente a lareira.

– O traidor? Que te mandou para me matar?

– Ele vai se unir verdadeiramente a você quando souber sobre mim.

– Conforme nos aproximamos do seu futuro, se torna cada vez mais perigoso que as pessoas saibam sobre você, os rumores em algum momento podem chegar perto da verdade e Dumbledore pode querer te impedir, impedir que você volte no tempo e ele não pode te tirar de mim, você é muito preciosa. – Gosto imensamente dessas palavras apesar de não me iludir com elas. Vou até ele e me sento em seu colo, ele sorri maliciosamente. – Não fique convencida.

– Dumbledore já sabe sobre mim, mas ele não quer alterar o futuro mais do que já foi alterado. Ele não vai fazer nada. – Eu o tranquilizo.

– Ainda assim, não conte a ninguém que se chama Elizabeth. Ninguém mais deve chamá-la desta forma – ele ordena, eu assinto.

Ele me beija intensamente e inesperadamente, mesmo sendo tão frio, Tom costuma ter estes surtos, de paixão ou raiva, já sei lidar com os dois, particularmente adoro os primeiros.

Os próximos cinco anos são marcados por mudanças. Após a morte do garoto comensal da morte, ao que parecia me tornei conhecida como A Princesa Feita de Pedra, para os mais íntimos e os que tem mais pressa apenas A Princesa. Depois do garoto, não tenho mais receio de matar meus inimigos e trouxas e é com minha ajuda, de Bellatrix e de Lucius Malfoy que Lord Voldemort toma o Ministério. O novo ministro é controlado pela maldição imperius.  Bellatrix se casou com Rodolphous Lestrange e Peter Pettigrew se tornou nosso espião. Tudo estava mudando rápido demais, mas parecia estar tudo em seu devido lugar.

Lord Voldemort

Aparato para a frente de uma mansão conhecida. A mansão Malfoy. O céu já está escuro e soube que ele saiu mais cedo do ministério e foi para a casa. Ângela me recebeu muito bem, ofereceu-me uma bebida e me guiou até os aposentos do marido.

Abraxas retirava a gravata em frente ao espelho e me viu pelo reflexo.

— Milorde. — Ele se virou e fez uma reverência. — A que devo a honra?

— Você parece um pouco fraco, Malfoy. Está mais pálido que o comum. — O loiro franziu a testa e voltou a olhar no espelho.

— Apenas um dia cansativo no Ministério, milorde. Estou ótimo, precisa de alguma informação? Algo que possa conseguir para o senhor?

— Oh não. Sabe Abraxas, eu sinto muito pela Varíola de dragão.

— O que? Mas eu não estou...

— É isso o que irão dizer na manhã seguinte. Elizabeth me contou na verdade que você deve morrer de Varíola de dragão, mas imagino que eu irei apressar um pouco as coisas.

— Elizabeth? O que quer dizer...?

— Ela não te contou? Elizabeth utilizou um vira-tempo adulterado para retornar no tempo, ela é uma garota do futuro, com muitas informações para mim, por isso tão valiosa. — Abraxas arregalou os olhos e fico satisfeito por eu ser o único com quem ela compartilhou o segredo. — Acho que ela era amiga do seu neto ou algo assim, por isso se aproximou de você, mas você não foi importante o suficiente para ela contar a verdade.

— Claro que não, milorde, você é o único para quem Elizabeth contaria tal segredo. Ela sabe que está aqui?

— Não, ela não sabe. Mas se quer saber, ela não vai lamentar por isso. Avada Kedavra. — O corpo de Abraxas cai sem vida no chão. Ele deixou de ter qualquer serventia. Saio do quarto e me retiro da mansão Malfoy sem me despedir de Ângela.

[...]

Entro na mansão e sigo para o porão onde um comensal da morte em especial me aguarda. Decido ver o que o garoto quer enquanto espero por Elizabeth, ela foi receber informações importantes de Peter Pettigrew na Travessa do Tranco.

Severus Snape me conta sobre uma profecia que ouviu nas redondezas de Hogwarts, realizada por uma Trelawney, descendente de uma família famosa por sua habilidade em adivinhações, uma profecia sobre um garoto que pode me deter.

Ainda estou refletindo sobre a tal profecia, quando a porta é aberta e Elizabeth entra no porão. Ela paralisa ao ver Snape.

— Fez um ótimo trabalho Severus, pode ir.

Snape atravessa o porão em direção à porta, parando apenas para fazer uma breve reverencia à Elizabeth.

— Princesa. - cumprimentou-a e saiu.

— Vocês são bem parecidos. Embora o cabelo dele seja oleoso e você não tenha puxado o nariz dele, para sua felicidade.

— Hey não fale nada, da onde eu venho você nem tem nariz.  Tom... aquele era meu pai.

— Eu sei.

— Não o vejo desde que... Desde que ele me enviou para a minha antiga missão.

— Ele veio contar-me sobre uma profecia. Está na hora de destruir Harry Potter. 

_____________________________________
O que temos aqui, Abrax morto e Liz frozen. Estamos chegando na reta final da fic, MDS foi muito rápido!! Desculpem qualquer errinho e por estar um pouco corrido gente, quando escrevi a fanfic há um tempinho não tinha notado que tinha ficado corrido e mudar agora, poderia mudar os rumos da história. Espero que estejam gostando Bjs.

Naty <3