Going Under

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  Agora eu vou lhe dizer o que fiz por você
Eu chorei cinquenta mil lágrimas
Gritando, enganando e sangrando por você
E você ainda não me ouve  

Bem quando pensei já ter chegado ao fundo

Eu estou morrendo de novo

Eu estou afundando
Me afogando em você
Eu estou caindo para sempre
Eu tenho que me libertar
Eu estou afundando

O sábado passou rapidamente e quando as garotas voltaram para o dormitório eu estava lá. Ângela chegou conversando com Druella e Walburga sobre seu encontro com Abraxas.

— Bom, eu disse a ele que encontrei um bilhete dele pedindo que eu o encontrasse, mas ele disse que não mandou bilhete nenhum. Então ele disse que a falsa da Elizabeth mandou um bilhete a ele e não apareceu. Decidimos então comer alguma coisa no café da madame Puddifoot, e bom foi maravilhoso, ele disse que quer sair novamente comigo — ela disse e deu um gritinho agudo.

— Oi Ângela, a falsa da Elizabeth está aqui — eu digo acenando, mas não tirando os olhos do livro que eu lia. Ela deu de ombros.

— Talvez queira saber Angel — diz Druella. — Que foi Elizabeth quem mandou os bilhetes para você e para Abraxas para que se encontrassem no café da madame Puddifoot.

— Foi mesmo? — perguntou a loira me olhando desconfiada. — Mas isso não faz sentido.

— Abraxas e eu confundimos as coisas, vocês foram feitos um para o outro, lembra? Eu disse isso no trem quando estávamos vindo para Hogwarts — eu digo suspirando e fechando o livro.

— Se é assim... Eu acho que posso te perdoar por isso — disse a loira embora estivesse emburrada.

— Own agora se abracem — caçoou Walburga, todas nós rimos.

[...]

Os dias se passavam e ao menos Ângela voltara a falar comigo. Druella me informava tudo o que sabia, como, por exemplo, que Tom torturara Abraxas na ultima reunião de comensais da morte, mas não por tanto tempo como fizera comigo e isto explicava o fato de Malfoy ter se afastado de mim. A covardia era de família, Draco também não era muito corajoso.

— Você o deixou louco de ciúmes, Liz.

— Isto é péssimo — digo cobrindo a cabeça com o travesseiro, me sentindo culpada por Abraxas ter sido torturado. Ultimamente eu mal saía do dormitório, a não ser para as aulas e as refeições.

— Não é assim tão ruim, significa que ele sente algo por você, que não é indiferente, ele só tem uma maneira perversa e possessiva de expressar isso. Claro que isso não torna o que ele fez justificável, mas...

Ângela e Walburga chegaram ao dormitório para arrumar suas coisas, elas iam para as férias de natal. O ano parecia passar mais rápido apenas porque era o ultimo e eu queria que passasse devagar.

— Não queria que fosse para casa, Ella   — digo.

— Volto logo, é só as férias de Natal. Aproveite e faça as pazes de uma vez com o Tom, todo mundo sabe que uma hora ou outra vocês vão se acertar.

— Eu não sou masoquista. É ficarmos separados. — Era verdade, mas me doía, já estávamos separados há pouco mais de um mês e eu já sentia falta dele, mais do que alguma vez tinha sentido de Draco.

[...]

Poucos alunos tinham ficado no castelo para as férias de Natal naquele ano e eu aproveitava o silêncio e paz para adiantar os meus deveres, os professores tinham deixado tanta coisa para fazer por causa das N.I.E.M.s, que aposto que mal nos sobraria tempo para realmente curtir as férias. 

A Preferida de Lord VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora