Nós chegamos a Little Hangleton, um povoado trouxa, os Riddle moravam em um casarão no topo da colina, a mansão era linda, um jardim impecável cuidado pelo Sr. Franco, móveis elegantíssimos de mármore, uma lareira aconchegante e era tudo tão limpo e organizado que intimidava.
Ao entrarmos, dois senhores mais velhos estavam sentados nas poltronas frente à lareira, o senhor lia, enquanto a mulher bordava.
– Oh, chegou querido, como foi à escola?
O senhor, entretanto, não foi tão agradável.
– Trouxe outra aberração com você, moleque?
– Cala a boca seu velho idiota – disse Tom atrevido para seu avô. – Foi ótimo, Mary.
– Tom! - Mérope lhe chamou a atenção. – Mostre o quarto de Liz e depois venham, vamos fazer um lanche.
A noite foi ótima, Tom e eu lanchamos com Mérope e Mary. As duas eram gentis e engraçadas, me fizeram sentir falta de minha mãe e ficar muito a vontade. Quanto ao Sr. Riddle eu só o conheci na manhã seguinte no café da manhã, era a cópia de Tom com mais idade e alguns fios grisalhos, assim que me viu, ele estreitou os olhos.
– Bom dia, querido. Esta é Elizabeth, namorada do Tom.
– Você parece alguém que eu conheci.
– Mesmo? Quem, Sr. Riddle?
– Ninguém. Lembra dela, Mer?
– Lembro, te convenceu de que eu estava falando a verdade sobre a gravidez. Não sei o que teria acontecido se ela não tivesse aparecido – comenta Mérope.
– Como vocês acabaram juntos? Desculpe a pergunta, é que Mérope é herdeira de Slytherin e o senhor é troux... Não é bruxo.
Tom Riddle pai e Mérope me contaram como eles não se amavam no início, mas o convivência e o amor por Tom fez o sentimento nascer. Como os primeiros anos foram difíceis, mas que eles superaram. Enquanto isto, Tom lia o jornal bruxo e revirava os olhos para os momentos mais românticos entre seus pais.
Nos dias que se passaram eu já me sentia como se fizesse parte da família. O pai de Tom nos levou a teatros, orquestras, restaurantes, eventos trouxas refinados, faziam parte de uma família nobre e muito requintada e quando as férias estavam acabando, começaram a organizar uma festa que seria para comemorar o aniversário de Tom e se despedir para o retorno às aulas.
Mérope insistiu em comprar um vestido para mim para a festa e escolhi um vestido verde escuro justo na parte de cima que se une a outros tecidos após a cintura tornando-o mais volumoso. Ao vê-lo em meu corpo, Mérope pede que eu gire e sorri.
– Ótima escolha, Elizabeth – ela diz fazendo pequenos últimos ajustes. – Três tons de verde. Tom vai gostar, ninguém tem mais orgulho de ser herdeiro de Slytherin do que ele. Talvez apenas meu pai e meu irmão, mas eles não são boas pessoas. Estou fazendo o possível para que Tom não seja como eles – ela confessa como um segredo.
– Está fazendo um ótimo trabalho, Tom é... – Sinto meu coração se aquecer ao falar dele. – Uma ótima pessoa e excelente bruxo.
Mérope sorri.
– Vamos, eu quero ver a cara do Tom quando ele te ver desse jeito.
Nós duas saímos do quarto e descemos as escadas até a sala de estar dos Riddle, onde pessoas que não conheço, provavelmente amigos da família e moradores do vilarejo, já estão presentes. Identifico Tom entre eles ao lado do pai, ele ergue os olhos para a escada onde Mérope e eu descemos e seus olhos brilham. Ele pede licença às pessoas com quem conversa e vem a nossa direção.
– Ela não ficou linda, Tom? – pergunta Mérope sorrindo para o filho, mas há certa provocação nisso e sei exatamente porque, Tom não é nem um pouco romântico.
– Encantadora.
– Chame-a para dançar.
– Eu não danço.
Mérope suspira aborrecida.
– Você é parecido até demais com seu pai. – E sai nos deixando sozinhos. Eu dou risada da frustração de Mérope, mas eu mesma não me surpreendo.
– Nosso primeiro baile juntos. Espero que você participe de muitos outros – diz Tom quase em um sussurro, sua mão deslizando em minha nuca, eu interrompo um suspiro, porque não sou garota de ficar suspirando por garotos e bailes e sorrio porque aquele não é o nosso primeiro baile juntos. Ele ergue o braço para mim e eu aceito, imagino que haja várias pessoas por ali para eu conhecer.
A decoração era tão bonita na sala de estar dos Riddle que me lembrava o grande salão de Hogwarts no baile do torneio tribruxo e enquanto eu sorria para as pessoas que Tom e seus pais me apresentavam, acabei me perdendo em uma memória.
"Eu estava no terceiro ano, Harry estava no quarto. O torneio tribruxo tinha seus três campeões. Os alunos do 4º ano para cima poderiam participar do grande baile de Natal, as garotas do 3º Ano só poderiam ir se fossem convidadas. Eu esperava que Draco Malfoy me convidasse, mas ele convidou Pansy Parkinson, o que me deixou arrasada, primeira desilusão amorosa.
Na calada da noite, usando apenas meu uniforme, fui escondida até o grande salão, espiei cuidadosamente. Draco dançava com Pansy, fiquei chateada e deixei uma lágrima descer quente pelo meu rosto.
– Srta. Snape. - ouço uma voz atrás de mim, neste momento, eu penso que deveria ter usado a capa da invisibilidade de Harry. Viro-me e encaro o professor Riddle, seus fios negros, muitos já grisalhos, mas que tinham seu charme, as feições severas, os olhos azuis encantadores. – O que faz aqui?
– D-desculpe senhor, eu vou para meu quarto.
– Vai deixar que um mero garoto a deixe assim, Elizabeth? Esperava mais de você.
– O que disse professor?
– Draco Malfoy não te merece, ele é só um filhinho de papai babaca, mas você? Você sim tem potencial. – Eu não sabia se um professor podia falar assim de um aluno, mas ele me fez sorrir, secou a lagrima em meu rosto e beijou minha testa. – O que acha de ser minha convidada?
– Não tenho um vestido, senhor.
– Quem liga para vestidos.
– Eu não."
Parece que você liga para vestidos, senhor. Penso, sorrio de meu próprio pensamento e aproveito o baile dos Riddle.
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Gostaram? Até o próximo capítulo. Bjs, Naty <3
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A Preferida de Lord Voldemort
RomanceEla volta no tempo para impedir que ele se torne Lord Voldemort, mas acaba se tornando a comensal da morte preferida de Tom Riddle Elizabeth Snape terá que decidir entre o que é certo e o que o coração manda... No momento em que eu realmente enten...