Amor

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   E naquele dia tão normal, igual aos outros, parecendo um dia após o outro, algo mudou.
Algo que não estava nos meus planos, na minha mente e nos outros dias.
Algo que será uma lembrança doce e doída se um dia acabar.

Estava eu lá, naquele lugar comum, onde o amor passou por mim e me cumprimentou.
Ele passou devagar, admirando o lugar, sem muita extravagância.

Ah, e o amor era tão lindo, sua presença era tão delicada que me fez sentir-me leve.
Se não fosse mentira, eu poderia afirmar que flutuei sem a ajuda de asas.

O amor tinha um lindo sorriso, uma voz doce, uma beleza moderada e um coração transparente.
Eu vi seu coração pulsar, ele era limpo e tinha bondade.

Eu ia todos os dias encontrar o amor, mas quando fui me declarar, ele não estava lá.
E eu pensava que o amor não previa pois ele apareceu sem avisar, como pôde me abandonar?

Foi dilacerante a minha dor, me perguntava se um dia iria rever o amor, mas se caso eu não o encontrasse, o procuraria.
Ele estaria em algum lugar.

O amor não pode fazer doer se ele é um alívio, ele não pode fazer sangrar se ele é o estancamento, ele não pode abandonar se ele é a cura.
A minha cura.
O meu viver.

O amor não pode me iludir assim, chegar, marcar e depois sumir.
Eu preciso dele pois já tomou conta de mim.

Foi imperdoável o abandono do que me mantinha esperançoso para sentir, me mantinha no ar, me mantinha leve e apaixonado.

É inadmissível oque o amor fez.
Ou ele cuida,

Ou não apareça.

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