Certa Vez...

Existencialismo

   Aceitei fugir da realidade,
não entendi,
que diversidade.

Nunca acreditei falar de coração,
mas é tão real que causa ilusão,
que contradição.

Arde os meus olhos,
dói até o peito,
que nostalgia do arrependimento.

Meu grito não sai,
eu quero voar,
que incapacidade a de não tentar.

Antes de querer você já imagina,
perco oque é encontrado,
que nervosismo inspira.

Não se pode adoçar esse amargo destino?
Deixe-me ao menos ficar deitada, imaginando outras vidas que eu não

quero, mas invento viver.

A responsabilidade é minha de determinar que tudo não tem previsão,
porque,
realmente,
não há.

Ah,
isso eu também posso decretar.

Não me espere para continuar,
tenho minhas pausas.

E não confie em mim apenas porque estive com você o tempo todo,
há muito tempo e sou sincera.

Não confie em ninguém,
temos a incrível habilidade da imperfeição e a incrível capacidade automática e instantânea de decepcionar.

Nós somos uma linda arte mortal,
tenebrosos e imprevisíveis.

Aceite também que a realidade é ficção,
pois ficção é real.