Witchcraft: A Saga De Ashânti

🔸Odisseias🔸

Na despedida
as costas! Solitário
vento de outono.

Cansei da viagem
hoje faz quantos dias?
Vento de outono.

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— Isso é muito incrível! —, Juliana exclamou levando aquela bolachinha seca na boca.

— É? Quer dizer... Eu não sei. Eu tive medo e quando eu acordei ela não estava mais no meu rosto. Fiquei me perguntando se talvez eu não estava sonhando. —, Megumi respondeu.

— Claro que não estava. -, respondeu convicta. —Talvez você tenha entrado em estado de sonambulismo ou teve amnésia. Que bom que pelo menos saiu. Imagina só se ficasse grudada na sua cara como ficou na da Onibaba?

— Credo! Nem me faça imaginar. Estou um pouco preocupada com isso. Não entendo muito bem. Parece que a máscara faz o que ela quer.

— Você disse que antes de pertencer a sua avó foi da sua bisavó certo?

Megumi respondeu que sim com a cabeça.

— Então alguém deve ter doado à sua bisavó. Eu senti uma energia muito poderosa e secular emanando dela naquele dia, não somente dela, como também da que não possui nome, mas o poder que saia dela parecia estar mais aberto enquanto que o da outra estava mais introspectivo. Quando você a usou foi completamente assintomático?

— Na verdade eu acho que menti naquele dia. —, respondeu. — Eu não a usei. Eu também sinto essa energia estranha trabalhando nela então tive medo.

— Precisamos descobrir o passado dessas máscaras tenho certeza que tudo pode estar ligado com isso. —, Juliana disse pensativa.

A fuga é necessária. Junte suas coisas! Rápido, pois já não há mais tempo. As estrelas estão caindo do firmamento. Os oceanos estão gritando pela sua volta! Não deixe que a serpente, que rasteja sobre a areia quente deserto, corrompa suas verdades. É outono. Folhas velhas estão a cair, novas irão nascer em breve. Não se importe com o que já aconteceu, são medos e dores passadas. Não vá naufragar no mar de areia. Quando nos galhos secos brotarem novas folhas, verás que sempre há tempo de começar de novo.

As malas já estavam prontas. Sol entrou pelo quarto ouvindo alguma coisa no seu walkman. Não entendeu bem. Adessa não percebeu sua presença.

—Fazendo as malas? —, perguntou.

Adessa deu um pulo e pôs a mão no peito. —Vou passar uma temporada em Olivas. —, respondeu.

— O que tá acontecendo? Você parece aflita. —, Sol podia ver o desespero na mente de Adessa.

—Deveria ir embora também. É suicídio permanecer aqui. —, respondeu.

— Adessa? Não estou te entendendo. Você mesma disse que Endora nos protege e..

-— Endora não pode nos proteger dela mesma. —, disse socando algumas últimas peças de roupa e outras coisas numa mala. — Ela é quem é uma ameaça pra nós.

— Mas... E os caçadores da seita que nos ameaçaram e mataram a família toda da Vick? E tem também aquela situação com a Ryoko.

— Ryoko não sabia controlar seus poderes e francamente quando eles despertarem nem você, Juliana ou Mia saberiam. Se tivesse ideia da dimensão dos poderes que possui não estaria aqui.

— Não consigo compreender. O que Endora está tramando? Quem é Endora e o que ela quer comigo?

— Preciso te contar uma coisa, mas eu tenho coragem de falar. —, Adessa disse com uma triste voz.