No derribar da noite três mulheres se encontravam reunidas em assembleia, de pé, numa cabana que estava situada na perplexidade do bosque; enquanto uma outra deitada sobre a cama com a cara pálida a observar: a mais nova que havia acabado de nascer, de faces bochechudas, de leve rosáceas, rechonchuda e acetinada; a intermediária, que era uma menina de cabelos pretos e presos por uma presilha enferrujada e que sem dar pausas ou espaços tagarelava sem parar; e a mais velha, que era uma adolescente, que o recém nascido segurava, e que estava claramente desgastada com tanto barulho, ela olhava fixamente a mulher adulta à sua frente deitada na cama; divergências retóricas, e assim permaneceu até que uma náusea lhe tomou o estômago alarmando a chegada da ânsia, e por consequência o vômito. Da sua boca saiu o sol.— Você deve estar irritada com o cheiro de sangue. —, uma outra moça, pouco mais velha, saiu de baixo da cama oferecendo um lenço. Apesar do descontentamento da que estava sobre a cama, e mesmo depois da crise de vômitos, ela insistia em a olhar magnética; desconforto e incômodo.
— Com licença? —, uma outra moça apontou a cabeça na porta do quarto. — Lucélia? —, disse chamando a atenção da que estava por acudir a enjoada. — Venha fazer sala para os convidados, eles precisam de uma distração.
— Eu já volto. —, e assim sem pestanejar ela deixou o recinto, um pouco apavorada, sentindo a necessidade de agradar os que estavam entediados na sala.
O bebê chorava tão alto em fôlego eterno surdeando o ouvidos de todos presentes na casa e a menina pequena inutilmente tentava o distrair com algumas brincadeiras e caretas divertidas, mas ele não estava a fim de cooperar.
— Eu não aguento mais! —, a criança reclamou enquanto tinha seus cabelos puxados pelas pequeninas mãozinhas do bebê.
— Ela precisa de peito. —, uma que estava quase camuflada na parede emergiu, desnuda da parte superior, de seios murchos, tomando o bebe para o seu colo enquanto o punha para mamar em seus seios quase secos. — Xiuuuu. Hmmmmmm dorme filhinha do coração, não tenha medo do bicho-papão. —, cantava quase num cochicho uma velha canção de ninar.
— Me dê o bebe. —, Lucélia voltou com um pano de prato em mãos. — O pai deseja mostrá-lo aos amigos. —, falou com uma cara cheia de prantos e desencantos.
— Mas?... Ele está com fome e precisa ser trocado, acabou de fazer a caquinha. —, a amamentadora disse num fio de voz; voz que se esgotava cada vez mais, a medida que o bebe lhe sugava um pouco do seu quase ectinto leite materno. — Eles acreditarão que eu sou uma péssima mãe e não sei cuidar das minhas crias. —, falou antes de se tornar completamente muda, entregando o bebe para Lucélia. O mamilo estava dilacerado e sangrava em rachaduras; a boca do bebe estava repleta do sangue de sua mãe. Lucélia partiu levando a pequenina coisa nos braços, deixando-a desolada e minguar no canto mais escuro do quarto.
— Estou cedendo em vertigens, tudo é tontura e vista escurecida, preciso de um pouco de ar puro ou vou desmaiar. —, a jovem disse caindo sobre a cadeira, com a mão na testa, num breve apagamento cinematográfico.
— Sente-se mais confortável. —, Lucélia reapareceu como quase uma súbita chuva de verão com uma almofada macia e irresistível em suas mãos. —, se acomode de maneira que se sinta mais melhor. —, falou sem prestar muita atenção no que falava, o intuito de acomodar a menina era maior.
— Por que ela está cada vez mais amarela. —, ainda fraca perguntou apontando pra mulher de boca rachada deitada em meio aos cobertores e travesseiros.
— Se eu pudesse voltar ao passado e dar um conselho a mim mesma, eu diria: seja o que você sempre quis ser e não o que as pessoas querem que você seja. —, a que estava submersa sobre os pesares da cama disse antes de começar a se contorcer de maneira macabra.
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Witchcraft: A Saga De Ashânti
FantasíaSete jovens intimamente conectadas pela magia, com as mesmas dores e alegrias viverão uma desventura em busca de salvar as bruxas que ainda existem na terra. Juliana a curiosa, Sol a destemida, Vick a pacificadora, Adessa a ambiciosa, Ryoko a valent...