🌼 A VALSA DAS FLORES 🌼

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Tão belas, singelas, a harmonia
Sozinhas, caladas, ironia
Graciosas, valiosas, Sinfonia
Em busca da vaga lembrança, à fuga

Tão delicadas, frágeis e sensíveis
Sem medo, dor, agonia
Em roda, em festa, em euforia
Tão bela e sútil, a Valsa das flores

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—Atenção meninas! —, Diana, a professora de educação física fez o último aviso em alto e bom som. —Sem trapaça ou jogo sujo nas minhas quadras ok? O time vencedor leva essa belezinha aqui. —, tratava-se do grande caldeirão de três pés. Isso significava que o time estaria qualificado pra entrar nas eliminatórias das olimpíadas da cidade de Faragonda.

(As olimpíadas de Faragonda aconteciam todos os anos e serviam, além de evento esportivo, como um grande palco para o encontro de várias bruxas, magos, alquimistas, feiticeiros e curandeiros ao redor do mundo. Estar ali significava poder ter a oportunidade de conhecer muitas coisas, participar de conversas amistosas e claro aprender, observar, capturar um pouco mais de conhecimento.)

Lilly lançou um olhar recheado de desprezo para suas adversárias. Se considerava invencível no vôlei e seu time já havia levado 3 medalhas pra casa, portanto entrever aquelas novatas ali na sua frente não causava uma ponta mínima de preocupação. — Vai ser fácil garotas! Falo sem preocupação. Olhem só para nossas adversárias. —, disse ela com um otimismo gritante na voz enquanto todas as  outras garotas que estavam no seu time gargalhavam como galinhas em carcarejos de fome. Era quase impossível não se chatear com tamanha soberba. Qualquer um diria que aquela partida já estava ganha se fizesse isso apenas analisando a expressão confiante daquela petulante e inconsequente menina.

— Claro que sim. Afinal, elas estão com a estranha da Megumi. —, Safira, melhor amiga de Lilly, continuou debochando enquanto todas davam risadas puxando os olhos com o dedo numa tentativa ridícula de tentar diminuir as capacidades de Megumi.

O sangue de Juliana ferveu no mesmo momento. Sem medo de represálias ela disse: —Escuta aqui oh garota, você acha engraçado ficar fazendo esse tipo de coisa é? Fala aí! Acha engraçado?

Lilly respondeu imediatamente com um olhar de desdém para a novata e em seguida disse: — Olha só o que temos aqui meninas, um Hobbit. Acho melhor voltar pro condado de Shire? A briga aqui é pra gente grande. —, todas caem na risada novamente. 

—Por que não cala essa sua boca hein sua estúpida? —, Sol disse também irritada. Com a cara em chamas caminhou ame passos pesados tomando a bola das mãos da adversária.

—E você quem é mesmo? Ah... É a menina que passa mal.

— Não meu bem. Eu sou Sol. E pra você é Senhora Sol. Gosta de impressionar né? Gosta de chamar atenção...Vamos ver quem ganha nessa então. Estamos prontas Srt. Diana! —, Sol tinha fogo nos olhos. Não só nos olhos, mas no corpo todo, estava fervendo internamente na vontade de ensinar uma lição à Lilly. — Se eu ganhar, vai se desculpar com ela publicamente e esse é um desafio sem direito de escolha. Ouviu? —, desafiou a mimada enquanto quicava com a bola no chão.

Lilly sem medo algum, pois em sua cabeça a vitória era mais mais que certa, aceita o desafio tomando as respectivas posições. Diana dá partida com seu apito estridente. Olhar pra lá, esbarra de cá, falta ali, ponto aqui. Sol estava concentrada, nada poderia tirar o foco dela. Parecia que o o mundo à sua volta havia desaparecido e  depois de uma partida acirrada e calorosa Sol e seu time, que era composto por Vick, Adessa, Megumi e Juliana venceu com um certo júbilo. Ela estava exausta, mas satisfeita.

Witchcraft: A Saga De AshântiOnde histórias criam vida. Descubra agora