🔹A caixa de pandora🔹

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Bravos, os sábios em lapso colossal
Fatos, pensados em crise cerebral
Perdidos, vazios os tolos em tormenta
Amarrados, livres em tese afugenta
Diplomas em tese, vamos sorrir
Sedentarismo social, dance sem cair
Ócio o medo, vamos libertar
Os males do mundo, ir a fundo
Caixa de Pandora, vamos rezar
Bravos, os sábios em lapso temporal
Rezo, que possas achar, afinal
dentro mim o que almeja alcançar
No final

Um pássaro voando livre pelo céu, cruzando os ventos com determinada graça. Suas asas prumadas plumando como se fossem parte da imensidão inexplicável, onde só vendo podemos crer. Em toda incompreensão que é voar, descuidou-se dando de cara com a janela fechada caindo morto aos pés de Vick que estava estudando no jardim.

— Por Ártemis! —, exclamou assustada com inesperado acontecimento. — Pobrezinho. —, falou cheia de pena e dor ao recolher o defunto do chão e o envolver em suas mãos. — É tão triste quando alguém é apartado de seus vôos antes que seja terminada a sua rota. —, isso realmente deixava o coração de Vick aflito. Ela odiava ter que sentir ou ver a morte de perto. Não seu íntimo não podia entender a morte de nenhuma maneira. Essa incompreensão fazia com que suas energias ficassem fracas demais até que seu campo energético fosse quebrado e ela se demonstrasse totalmente vulnerável cedendo em lágrimas, como agora. — Não é justo que uma criaturinha assim tão doce tenha que ir embora tão cedo. —, falou tentando conter as lágrimas e limpando as que já estavam escorrendo pelo seu rosto. — Mas você também deveria tomar mais cuidado. Tadinho, talvez fosse míope ou quem sabe cego. Sabe? —, pensou um pouco. — Eu não acho que essa era a sua hora. —, olhou para todos os lados procurando saber se havia alguém por ali, mas tudo parecia tão quieto e tranquilo e só se ouvia o canto dos alados ainda vivos e assovio do vento na cerca de bambu. Lentamente acariciando a cabeça do pobre animalzinho, envolvia e passava a ele todo o seu calor e sentimento. Levou sua boca até o bico do passarinho para um sopro e em seguida sussurrou baixinho: — Vitallium Vitalis. —, levou com muito fervor uma mão contra a outra, apertando suavemente o pequeno passarinho e depois a abriu. O pássaro saiu de suas mãos para um vôo fresco se encontrando com o céu novamente. — Tome mais cuidado dessa vez. —, falou animada, mas também um pouco pensativa. — Os pássaros é quem são sortudos, pois podem podem dominar o vôo e o canto. —, assim que terminou de refletir um barulho se fez entre os arbustos. Assustou-se. Alguém poderia ter visto? Tratou de ir verificar, mas tudo que conseguiu foi espantar um coelho verde que estava escondidinho ali na moita. — Ufa!! —, gargalhou alívios rindo de si mesma. Quem poderia ser tão pequeno ao ponto de se esconder ali?

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— A senhorita tem certeza? —, falou a empregada deslizando a mão pela tapeçaria arábica que adornava o chão daquele quarto iluminado.

— Certeza absoluta. —, falou convicta a menina que penteava os cabelos ondulados e dourados diante da gigante penteadeira.

— Mas... O seu avô ficaria muito chateado. —, insistiu enquanto aproveitava pra se deliciar rolando pela cama estofada de lindos lençóis de veludo de camurça. — Ele planejou este evento há quase um ano. Ele ficaria muito grato e feliz com a sua presença.

— E eu vou fazer o que lá? —, perguntou se levantando. Seu corpo um pouco rechonchudo quase não conseguia ser escondido pela sua camisola de seda. — Mostrar-me?

— As pessoas te adoram. —, falou.

— Elas me adoram porque sou pra elas o que elas querem que eu seja. Mas e se eu experimentar, aliás ousar a ser eu mesma, será que eu seria tão querida pelo povo? —, parecia entediada ao tentar procurar um livro na estante pra ler. — Me diga. Eu estou bonita? —, perguntou fazendo uma pose.

Witchcraft: A Saga De AshântiOnde histórias criam vida. Descubra agora