Não posso respirar, o ar me falta
Estou sentindo que não há saída
O minotauro logo vem, como escapar?
Perdida estou, preciso me encontrar
Da tua aldeia fui banida
Deixei minha alma ao leme
Quero respirar, mas não posso
As harpias sobrevoam o mar
Kraken vai me devorar
Estou perdida, fui banida
Da tua aldeia, para me tornar
Perdida nos meus labirintos⊰᯽⊱┈──╌❊╌──┈⊰᯽⊱
— Quem é ela? —, Adessa perguntou enquanto observava Mia, que estava sentada no banco do corredor da diretoria, desfiando docemente seus fios loiros.
— Essa menininha aí é a peça que precisávamos. —, Endora respondeu enquanto procurava alguma coisa na gaveta. — Agora só precisamos encontrar mais uma. —, continuou. — Deveria ver como é ela poderosa. Ficaria com vergonha por não não saber fazer mais nada.
— Hummm... E aonde foi que você a encontrou?
— Imagina que foi mais fácil do que eu imaginava? Parece que essa menina estava precisando de uma espécie de socorro.... Refúgio. Queria fugir de casa. Vê se tem cabimento isso? Fugir de casa? —, gargalhou alto até notar algo diferente. — Que colar é este? —, perguntou olhando nos olhos da pupila.
Adessa desvia o olhar rapidamente, mas disposta a ter sua resposta Endora suavemente caminha até sua querida aluna segurando as pérolas do colar com dedos desdenhosos.
— Engraçado... Parece que eu me lembro disso de algum lugar. Pode me dar? —, lançou o pedido da maldade em palavras de falsa inocência.
— Não! Não posso... —, prontamente se negou desafiando a megera com um potente olhar. Nem ela sabia como havia arrumado tanta coragem assim de repente pra algo tão audacioso.
— E Onikhaa como está? Faz tempo que não vejo..., — o seu olhar parecia devorar a língua de Adessa. A menina, ciente de que não podia esconder nada, como resposta não disse nada, — mas... bonito colar. Fica bem em você. —, Endora podia sentir o esplendor de Iemanjá emanando daquelas pérolas.
— Obrigada. —, respondeu tremendo em covardia. Em nada lembrava a menina de segundos atrás.
— Sabe Adessa, a vida me ensinou a manter por perto aqueles que com toda certeza vão me apunhalar pelas costas. Razão essa pela qual eu aceitei a salafrária da Assylvix junto de mim depois de tudo que nos aconteceu no passado. Manter seus inimigos íntimos por perto é essencial. É a alma do negócio. —, ascendeu o cigarro. — Leve a Mia para um tour no colégio e mostre a ela os respectivos. —, ordenou. —, a preocupação entrou como uma facada nas costas. Endora precisava ficar sozinha pra pensar.
Assim então as duas seguiram para um tour por todas as alas do colégio.
— Nossa essa biblioteca é incrível! —, Mia exclamou maravilhada. — Vovô também tinha uma biblioteca gigantesca, mas quase nunca me deixava ler. Ele disse que isso desvia das o caráter moças.
— E você acredita nisso? —, Adessa ficou incrédula.
— Claro que não! —, respondeu. — Eu sempre esperava a noite cair e ordenava que algum empregado me trouxesse um livro. Teve uma vez que eu fui sozinha lá... Me arriscando. E tipo, eu trouxe um livro comigo. Foi radical! —, falava animada. Era a primeira vez em toda a sua vida que se sentia como um pássaro livre. — Ler é a melhor coisa do mundo. Nos trás conhecimento. Enrriquece nossas almas. Não é?
— É sim... —, Adessa respondeu desanimada. — Talvez você vá ficar no quarto da Juliana. Ele é legal...
— Tudo aqui é tão impressionante. O clima, o ar... É tão diferente lá de casa. —Você parece incrível! Estou animada pras aulas e pra conhecer as outras alunas. —, disse sorrindo. — Você tem amigas? Podemos ser amigas né?
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Witchcraft: A Saga De Ashânti
FantasíaSete jovens intimamente conectadas pela magia, com as mesmas dores e alegrias viverão uma desventura em busca de salvar as bruxas que ainda existem na terra. Juliana a curiosa, Sol a destemida, Vick a pacificadora, Adessa a ambiciosa, Ryoko a valent...