capítulo 14

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Ele me traía com ela, e ainda iriam ter um filho, é inacreditável, como eu fui burra, como nunca descobri isso, ele era bom em esconder, talvez Giovanni tenha razão, talvez eu não conhecesse Francis como eu achava que conhecia.

Por isso que Giovanni odeia tanto Francis e Vicenzo, com certeza eles tinham tudo planejado, assim como Francis planejou roubar a minha empresa.

—Betty, me ajude a ir até o escritório de Giovanni.

Falo tirando a bandeja do meu colo, e tirando o lençol também.

—O que, não, não posso fazer isso, você não pode se levantar senhorita, ainda está muito debilitada.

—Você escolhe Betty, ou me ajuda a ir até lá, pelo elevador de serviço, ou vou sozinha pelas escadas, correndo o risco de cair e me machucar mais ainda.

—Não faz isso comigo senhorita, o senhor Salvattore, vai ficar muito furioso, por eu ter ajudado você.

—Não se preocupe, eu me entendo com ele, ele não vai saber que me ajudou, mas saiba que vou ir com ou sem sua ajuda.

—Tudo bem senhorita, ele não vai ficar nada contente, porque disse que não queria ser incomodado, mas vamos lá. 

Eu me sentia mal por colocar ela naquilo, mas tinha medo dos pontos se romperem, se eu fizesse muito esforço.

Ela me ajuda a se levantar da cama, coloco a pantufa nos pés, eu estava com uma camisola de seda e um robe por cima, onde será que Giovanni arrumou aquilo em tão pouco tempo, será que mandou comprar ou não, talvez seja de alguma de suas acompanhantes.

Betty passa o braço por minha cintura e eu me apoio nela, então saímos do quarto e vamos para o elevador.

Logo chegamos lá embaixo, ela me deixa na porta do escritório de Giovanni e peço para ela voltar.

Lembranças de quando eu estive naquele sala começam a voltar a minha memória, aquele beijo, aquele maldito beijo, mexeu tanto comigo, que não consigo mais esquecer.

Bato na porta uma vez, duas, mas ninguém responde, bato novamente, mas sem resposta.

Talvez ele não estivesse ali, então eu tinha uma chance de descobrir mais sobre o misterioso Giovanni.

Pego um grampo que estava em meu cabelo, destranco a porta, e entro, olho em volta, e o vejo dormindo em um sofá no canto da sala, ele tinha o sono bem pesado, para não me ouvir bater na porta, vou até lá.

Ele dormia profundamente, a camisa está para fora da calça, e havia dois botões abertos, era tão lindo, assim dormindo, nem parece ser uma pessoa ruim, parecia um anjo, mas quando estava acordado, era o próprio demônio.

Sinto vontade de tocar seu rosto, mas não fico só na vontade, levo minha mão até o rosto, mas sou surpreendida, quando ele segura meu pulso apertando bem forte, ele abre os olhos.

—O que pensa que está fazendo?

—Aí, solte meu braço, está me apertando.

Ele solta meu braço e se senta.

—O que faz fora da cama, como chegou até aqui embaixo, e como entrou na minha sala?

—Calma eu sou uma só, uma pergunta de cada vez.

—Como entrou na minha sala, eu não vou perguntar de novo.

—Eu usei um grampo e uma técnica que seu avô me ensinou a alguns anos atrás, ela sempre me foi útil.

—Ninguém nunca te disse, para não entrar onde não é chamada?

—Até disseram, mas eu nunca ouvia.

Meu Mafioso - Herdeiros Da Máfia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora