Meu Mafioso - Herdeiros Da Máfia (Concluída)

capítulo 42

—Não tem ninguém na outra linha.

Duvida ele.

Coloco no viva voz.

"Senhorita Caterinna, o senhor De Luca, vai atendê-la em um minuto."

—Eu espero, obrigada!

Coloco o celular no mudo e tiro do vivo voz.

—É, parece que vou me livrar de uma grande carga hoje, a propósito, esses containers já foram vendidos não é mesmo, você já recebeu o dinheiro, imagine só, o comprador esperando por sua mercadoria, e ela não chega, nossa, você vai perder toda sua credibilidade.

—Tá legal, já provou que é capaz de fazer isso.

Fala ele se levantando e vindo até mim.

Agora ele parecia apavorado, com a possibilidade.

—Agora você acredita que eu posso fazer isso?

—Eu acredito!

—Acredita mesmo, porque Francis já está na linha.

Coloco no viva voz novamente, mas mantenho no mudo.

"Alô, Caterinna, está aí, Caterinna!"

—Mas que merda Caterinna, se fizer isso, você vai me ferrar.

—Que bom que agora está ciente, que eu posso te ferrar a hora que eu quiser.

Desligo o celular e me afasto dele.

—Parece que o Sheik Árabe, vai receber a encomenda dele!

Falo dando as costas para ele.

—Você sabia, que era para o Sheik?

Me viro, e olho para ele.

—Giovanni, eu sei de tudo!

—Então sabia o que iria acontecer comigo, se Francis ficasse com aqueles containers?

—Sim, por mais influência que você possa ter, o Sheik tem bem mais, e se ele não mandasse matar você, na certa ele acabaria com sua vida, com sua reputação e com sua dignidade, seria bem trágico, por um momento você até deixou transparecer um olhar de medo, de que eu pudesse realmente falar com Francis, primeira vez que você mostrou que é humano de verdade.

—E você finalmente está mostrando do que é capaz!

—Estou sendo obrigada a isso, já que você não move um dedo para fazer alguma coisa, alguém tem que tomar as rédeas, porque se for esperar por você, nada acontece.

—Você não entende Caterinna...

—O que eu não entendo Giovanni, hã, me diz, o que eu não entendo?

—Eu só estou tentando te proteger!

Me aproximo dele, e coloco a mão em seu peito.

—Eu não preciso de proteção, tá legal, eu sei me cuidar, eu preciso da sua compreensão e da sua ajuda, por favor, eu não consigo fazer isso sem você, eu preciso da sua ajuda!

Ele segura meu braço e aperta.

—Você me ameaçou, ninguém me ameaça, eu não vou te perdoar por isso.

Puxo meu braço com força e o encaro.

—Eu não preciso do seu perdão, fiz isso para você saber com quem está lidando, não sou nenhuma das suas prostitutas, que você manda e elas tem que obedecer, muitos menos uma de suas amantes, você não vai me manipular e nem mandar em mim, que isso fique bem claro, eu quero que esteja ciente, de que, se não está comigo, está contra mim, não vai querer ficar contra mim Giovanni, posso ser uma ótima aliada, assim como também posso ser uma ótima inimiga, sei coisas sobre você, que podem te ferrar, e jamais vai conseguir se reeguer, eu não vou me matar tentando salvar a sua pele, enquanto a minha está exposta, tentando me proteger ou não, eu faço parte disso, então vê se faz alguma coisa, ou então eu vou cair fora, vai ficar sozinho nessa, não que você se importe né, já que prefere sua própria companhia amarga e miserável!

Giovanni

Caterinna sobe para seu quarto, e só o que eu consigo fazer, é ficar parado ali, de boca aberta, e sem palavras, eu realmente estou subestimando muito essa mulher, ela realmente não está brincando, e eu que achei que poderia enrolar ela com alguma coisa, sendo que ela já está agindo por conta própria, eu prefiro não ter ela como inimigo, porque agora sei, que ela vai mover os céus e a terra, para se vingar, consegue descobrir coisas que quase ninguém sabe, Vicent me alertou sobre a filha, disse para eu tomar cuidado com ela, porque por trás daquele rostinho bonito e meigo, existe uma mulher de fibra, poderosa e muito vingativa, e ela tem sangue mafioso, estava no DNA ser uma negociadora, estrategista, e manipuladora, mas eu não dei ouvidos a ele, pensei que conseguiria amansar ela e a sede que ela tem de se vingar de Francis e Vicenzo, mas eu estava redondamente enganado, e posso pagar um preço caro por isso, é como dizem, nunca deve subestimar uma mulher, ainda mais uma mulher com sede de vingança.

E essa mesma mulher desgraçada, está conseguindo me fazer sair do controle, me ameaça, não escuta nada do que eu digo, e eu ainda sinto uma atração por ela fora do normal, só pode ser pelo fato, dela não estar nem aí para mim, apesar de tudo, isso me excitava, eu estava acostumado a todos a minha volta, sempre fazerem o que eu mando, aí chega Caterinna, e faz o contrário de tudo o que eu digo, ela me desafia, e se impõe a mim, o que me fazia admirá-la pela coragem, ela não tinha medo de nada, nenhuma mulher jamais ousou me desafiar ou me ameaçar, e ela faz isso na mesma frequência que eu tomo banho, ou seja, todos os dias.

Por mais que eu quisesse odiá-la por isso, eu não conseguia, eu queria odiá-la, xingar ela, gritar com ela, mas ela sempre fazia isso antes e dava a palavra final, quem era eu perto de Caterinna Bianco, nem parecia ser um chefe da máfia, respeitado e admirado por quase todos, com certeza se soubessem que uma mulher conseguia se impor a mim, e me rebaixar, como ela faz, eu seria motivo de chacota, não que eu me importasse, com o que iriam pensar, mas diante de Caterinna Bianco, até o Sheik Árabe, iria parecer um nada.

Eu queria fazer alguma coisa, mas não poderia, eu tenho um acordo com Vicent, de que protegeria a filha dele e não deixaria ela se meter em nada que colocasse sua vida em risco, mas ela não está nem um pouco preocupada com isso, não é fácil segurar Caterinna, se ela está disposta a fazer alguma coisa, ela vai e faz, e não tem ninguém que consegue impedi-la, muito menos eu, não quero contrariá-lo, mas também não posso deixar ela fazer tudo sozinha, ela tinha razão, ela vem tentando proteger a minha pele, mas estava se colocando em risco, eu havia falhado em protegê-la, e preciso fazer algo a respeito disso, preciso colocar meu plano em ação.

Pego meu celular, e disco o número de Michelângelo.

"Senhor!"

—Michelângelo, tenho um trabalho pra você!

"Estou ouvindo senhor!"