Meu Mafioso - Herdeiros Da Máfia (Concluída)

capítulo 37

Será que peguei pesado demais com aquela pergunta?

Ele não deixou nenhum sentimento transparecer, seu rosto estava impassível, era difícil saber se ele ficou ofendido ou se levou numa boa.

—Tá aí uma pergunta que eu nunca me fiz, eu não sei em que momento isso aconteceu, ou talvez eu saiba, só não quero admitir.

—Eu sei, foi a partir do momento em que você foi traído, eu posso dizer isso com toda certeza do mundo, porque passei pela mesma coisa, você passa tanto tempo acreditando em uma coisa, e quando descobre que não era nada daquilo que pensava, você se frustra, e fica se sentindo o ser humano mais lixo do planeta, por ter se deixado levar por aquele sentimento idiota, que você acreditava que era amor, mas não passava de uma paixãozinha de merda, e quando descobre que foi usada, se sente mais lixo ainda, porque percebe que tudo o que fez, foi em vão, e que só serviu para ser motivo de chacota de pessoas como Francis e... não, não vem para o meu lado, fica aí mesmo, eu não vou chorar, ele não merece nem uma gota sequer das minhas lágrimas.

Já não estávamos mais falando dele e sim de mim.

—Tudo bem, não precisa chorar, mas eu quero te abraçar.

Ele vem para o meu lado, eu queria muito chorar, aquelas lágrimas estava entaladas a muito tempo.

—Mas se você vir me abraçar, eu vou chorar.

—Então chora!

Ele me abraça, abraço ele também, não aguento mais segurar e desabo em lágrimas.

Ele acaricia meus cabelos, e não diz nada, só fica lá me ouvindo chorar, e eu tinha muita choro acumulado, acho que ficamos assim por um bom tempo, até que paro de chorar, ele me olha e limpa minhas lágrimas.

—Está se sentindo melhor, depois de desabafar?

—Sim, obrigada por me ouvir.

—Sempre que você quiser, quer tomar café agora?

—Não, eu quero transar, o café pode esperar.

Ele ri.

—Então o que estamos esperando, não vamos mais perder tempo.

Horas depois

—Caterinna, nós estamos atrasados!

Escuto ele gritar lá embaixo.

—Já estou descendo!

Grito de volta.

Coloco a pulseira, pego a bolsa carteira e desço, para a ocasião, escolhi uma calça jogger preta, uma blusa ombro a ombro laranja e um scarpin(multimídia), nada tão extravagante, o cabelo deixei amarrado em um rabo de cavalo.

—Pronto, vamos.

—Até que enfim, estou há uns quinze minutos esperando.

—Para você é fácil falar, não tem cabelo e nem maquiagem para fazer.

—É apenas um almoço, não precisa se arrumar como se fosse para um jantar de gala.

Ele chama o elevador, que se abre na mesma hora, entramos nele.

—Se fosse um jantar de gala, com certeza eu iria demorar bem mais do que isso, mas o que está dizendo, a culpa é sua, eu disse para começarmos a nos aprontar, umas duas horas atrás.

—Não imaginei que demoraria tudo isso, mas valeu a pena esperar, você está linda, como sempre Catezinha!

Ele ri e me enlaça pela cintura, empurro ele.