capítulo 23

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Giovanni

—Eu distribuo, é diferente!

Ela se levanta.

—Claro que é, meu Deus, onde eu fui me meter, e eu inocente achando que era mesmo, um depósito qualquer, de protótipos velhos, porque alguém iria querer isso, você é CEO de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, alicia mulheres para a prostituição, sem contar, que ainda é dono de uma das empresas de Whisky, mais famosa da Europa, e agora é traficante de drogas, o que  mais você quer?

Você!

Se ela soubesse que não era só isso, aí sim que nunca mais, iria querer sequer olhar para mim.

—Tudo que eu tenho, já é suficiente.

Ela se inclina sob a mesa e fica cara a cara comigo.

—Se fosse, você não seria tão frio, amargurado, solitário e babaca, você tem tudo, mas ao mesmo tempo, não tem nada.

Errada ela não está.

Ela se vira, pega sua bolsa e vai para a porta, mas antes de sair, se vira para mim.

—Quanto mais alto você sobe, maior será a queda, e eu não quero estar aqui, quando você estiver despencando, eu estou saindo fora!

Ela abre a porta e saí, e ela tinha razão, eu tenho tudo, mas ao mesmo tempo, não tenho nada, eu realmente sou solitário, amargurado e babaca, tudo o que ela disse, era a mais pura verdade.

Agora com certeza ela iria e não voltaria mais.

Ou talvez não, ouço a porta se abrir novamente, então ela entra.

Caterinna

Eu não poderia acreditar em tudo aquilo, agora ele também trafica drogas, era ruim demais, para ser verdade.

Eu estava metida, em um covil de traficantes, por isso Francis me disse que eu não sabia, nem da metade, e eu me achando a esperta, coitada de mim, como eu queria cair fora de tudo aquilo, mas agora, já estou em alto mar, não dá para pular do barco e voltar para a praia nadando, ou seja, não posso e nem quero abandonar Giovanni nesse barco sozinho, Francis e Vicenzo, iriam dar um jeito de acabar com ele, com ou sem a minha ajuda, e eu preciso acabar com Francis de uma vez, ele e Vicenzo, não podem sair ganhando, não depois de tudo o que fizeram a mim e a Giovanni.

Volto para a sala dele, abro a porta e entro, ele me olha.

—Vamos acabar logo com isso, eu não vou descansar em paz, até que Francis e Vicenzo estejam no fundo do poço, eu só te digo uma coisa, se você cair, cairá sozinho, eu não vou me afundar com você, se algo der errado, eu caio fora e finjo que nem te conheço.

Ele ri, me sento e então colocamos a segunda parte do plano em ação.

—Amanhã a noite, Arturo Peniche Fuente vai dar uma festa em sua mansão em Nápoles, e eu fui convidado, você gostaria de me acompanhar, iríamos hoje a tarde, para aproveitar o final de semana lá.

—Peraí, você me perguntou se eu quero te acompanhar, foi isso mesmo que eu ouvi?

—Sim, foi isso mesmo que ouviu.

—Ah, olha só, está aprendendo, viu como não dói perguntar, e você disse Arturo Fuente, bisneto do grande Arturo Fuente, fundador da marca de charutos que você gosta?

—Ele mesmo, mas como sabe que eu gosto de charutos, ah, esqueci, você é muito observadora.

—Sim, eu não pude deixar de notar em seu escritório, você tem muitos charutos, a não ser que gosta de deixar só de enfeite, mas você é igual ao seu avô e se tinha uma coisa que ele gostava mais, depois da família, essa coisa era charutos, ele e meu avô passavam horas fumando charutos.

Meu Mafioso - Herdeiros Da Máfia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora