Epílogo.

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Don't Jump

Este livro não é um livro

Este livro é o bebé, o meu bebé

O nosso bebé

E os padrinhos deste bebé são, como sempre: 

o destruidor de CD's, a aniquiladora de pipocas e à exterminadora de Maquilhagem (e cajus) que fizeram de mim a derruba Ronaldos que sou hoje; 

à Joana, à minha Ju, que foi para o primeiro dia de escola com calças cor de rosa às bolinhas, que depois de treze anos ainda cá está, ao meu lado... como sempre esteve;

Aos pilares do meu apoio constante, à Sofia, à Leonor, à Catarina, à Filipa, à Joana, ao Rafael, à Nádia, à Neves, à Mónica, à Carol, à Cerina, à Kathelen e à Francisca. Há cinco anos num grupo privado no WhatsApp, a fazer memes, a partilhar histórias, a fazer reacts ao vivo. Vocês nunca saberão o quão grata eu estou pelo vosso apoio nem o quanto eu gosto de vocês;

E a ti, que, se ainda aqui estás, mereces apadrinhar este bebé como todos os outros. 

Mas a Don't Jump já não é um bebé. Espero que tenham gostado tanto de a ver crescer como eu gostei.

*


Eu disse que ia haver 101 capítulos

E ia

mas eu acabei este capítulo de uma maneira tão... tão... EU NEM SEI, que, honestamente, eu sinto que acrescentar mais alguma coisa iria cortar o clima. Peço desculpa desde já pelo equívoco, mas eu engano-me a mim mesma sem querer, acontece. 

Sentem-se

Agarrem uns lencinhos

E chorem comigo.

*

Quando acordei, eram dez da manhã; os meus pais queriam toda a gente pronta às onze, para a cerimónia começar às onze e meia, acabar uma hora depois e dar-se por começado o almoço à uma em ponto. Não vai acontecer, obviamente, mas tentar ser pontual possível, dentro das circunstâncias que enfrentamos, sempre é uma ajuda. De qualquer das maneiras, uma hora é o suficiente para eu tomar banho, vestir-me e comer qualquer coisa.


Ainda fiquei ligeiramente surpreendido por me ter virado e não dar de caras com a Violeta, como se ela fosse mesmo estar a dormir descansadamente enquanto faltava apenas uma hora e meia para o casamento. Até podia querer estar a dormir!, mas as minhas irmãs não iriam deixar. Não precisei de ler o bilhete que ela tinha deixado na almofada para perceber o que se estava a passar.


Tomei um banho rápido, ajeitei o cabelo o melhor que consegui, com o pente e um pouco de gel, fiz aquilo a que eu chamava de barba e tirei os piercings todos das orelhas, deixando o da língua. Apesar da mudança radical nos planos da minha mãe, piercings ainda é algo que ela meio que abomina e eu sei de antemão que isto é um problema para ela e que acabaríamos a discutir, principalmente hoje, que ela deve andar stressada. Há coisas que podemos facilmente evitar. Depois disso, vesti o fato e cheguei uma base com, como diz a Ann, imensa cobertura, ao trevo de três folhas que tenho atrás da orelha: há coisas que podemos facilmente evitar, como tinha dito.

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