2x09 - Home Invasion

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 A calmaria estabelecida sobre a Biblioteca Pública era muito bem-vinda para Max, que olhou ao redor do ambiente quase vazio e silencioso mais uma vez

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A calmaria estabelecida sobre a Biblioteca Pública era muito bem-vinda para Max, que olhou ao redor do ambiente quase vazio e silencioso mais uma vez. Tirou a mochila das costas ao se dar conta de que ainda estava com ela e posicionou-a de qualquer jeito em cima da mesa à frente. Pegou o celular e checou o horário. Teria tempo o suficiente.

Sua expressão levemente irritada encarou Owen diante de si, que mexia no próprio celular e ignorava completamente o livro de Biologia à frente, alheio ao amigo. Max sabia que se quisesse questioná-lo, teria de ser rápido. Tivera sorte de ter marcado de fazer o trabalho escolar naquele dia e de terem sido os primeiros a chegarem, pois logo o restante do grupo de amigos surgiria para ajudar, impedindo que o garoto fizesse o que procurava fazer.

Limpou os dentes com a língua, deu uma última olhada ao redor e encarou Owen, dizendo de forma firme e deixando claro que o assunto seria sério:

— Não vai mesmo me contar o que está rolando?

Owen levantou a cabeça e o encarou, igualmente sério. De imediato soube ao que o amigo se referia: o encontro inesperado com Megan Steinfield no dia anterior e as acusações direcionadas à sua pessoa pela mesma. Não houve tempo para Owen conversar com Linda depois de saírem da cafeteria, e ele tinha em mente procurar pela professora mais tarde.

Estava assustado com aquilo, além de tudo. Ninguém deveria saber, e nenhuma explicação vinha em sua mente contanto àquilo. Nada cabível. Não se lembrava de ter deixado nenhuma ponta solta na história, e isso o preocupava. A não ser as fotos... Não, eu apaguei todas elas, pensou quando o assunto surgiu.

Grande parte de sua noite foi passada em claro, não conseguindo dormir pensando que poderia acordar ferrado no outro dia. Ou melhor, ferrando com Linda.

De uma forma ou de outra, ninguém mais poderia saber. Já bastava uma desconhecida, de alguma forma, ter esse fato em mente, e Owen não queria correr o risco da história cair em outras bocas. Confiava muito em Max, mas reconhecia a imaturidade do amigo e o modo como ele tinha imensa dificuldade em guardar segredos, principalmente um de tal grandiosidade. Não poderia contar a ele. Não poderia correr tal risco.

Por outro lado, soube, naquele momento, lendo as expressões do amigo, que ele já estava se cansando daquilo. Além de ter sido questionado no dia anterior no caminho todo de volta à casa, ali estava ele de novo, pego numa encruzilhada.

— Eu não sei do que está falando — respondeu, igualmente sério, e desviou os olhos, voltando-os para seu aparelho celular.

Sentia-se mal, além de tudo. Sua amizade com Max praticamente se resumia à confiança. Contava tudo para ele, assim como ele contava tudo para si. Os problemas, encrencas, dúvidas, medos: tudo era compartilhado entre eles. Mas Owen havia feito uma promessa, e era fiel a suas promessas tanto quanto era ao melhor amigo, e não poderia acabar com a carreira de Linda por ser boca aberta.

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