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 As coisas não correram como o planejado

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As coisas não correram como o planejado. Sentada numa das macas do pronto-socorro do hospital, Emily não mantinha uma de suas melhores caras. Ainda um pouco zonza e com uma tremenda dor de cabeça, não conseguia tirar os pensamentos do que havia acontecido nas últimas horas. Ainda era uma lembrança vaga seu encontro com o assassino, como se aos poucos as coisas fossem desaparecendo de sua mente. O ódio ainda fervilhava em seu peito por uma tentativa em vão, e a sobrevivente realmente não sabia como havia se liderado a tamanha ameaça sem sequer ter conseguido algo bom com aquilo.

Nem mesmo a frase dita pelo psicopata ao seu ouvido parecia fazer mais sentido. Escutou-a num momento tão ruim, que a lembrança da tonalidade da mesma era indecifrável. A cada segundo, recordava-se de um tipo de voz diferente expelindo aquelas palavras. "E é aí que você vai ter que se preocupar, final girl". Em um segundo, lembrava-se de ter sido um homem, mas então, uma voz feminina surgia em sua mente, logo antes de se transformar novamente, e novamente, e novamente.

Já com uma náusea surgindo, deixou que a enfermeira terminasse de checar sua pressão, tentando não trocar olhares com Molly, parada ao lado com uma expressão não muito contente por Emily ter se arriscado daquela forma. Havia encontrado-a com a ajuda da polícia, tendo notificado a mesma quando saiu para o exterior de sua casa e não encontrou a amiga, desesperando-se quando ela nem mesmo atendia o telefone. Após uma varredura ao redor da vizinhança, encontraram a sobrevivente desacordada naquele beco, sendo imediatamente levada para o hospital. Por sorte, acordou na metade do caminho e contou que havia sofrido um ataque, sem muito medo de revelar a verdade para os policiais. De qualquer jeito, dizer que tinha sido assaltada ou qualquer coisa assim seria dado como simples papo furado pelas autoridades.

— Tudo certo — disse a enfermeira, sua voz se sobressaindo no pronto-socorro até mesmo vazio e silencioso, tendo poucas macas ocupadas por pacientes. — Vou levar essas coisas para lá e já retorno para te dar alta. — Então, saiu dali, levando os itens recém-utilizados para atender a pancada contra sua cabeça.

Vendo-se sozinha, Emily bufou, tocando a parte de trás da cabeça, onde um galo grande já se formava. Molly aproximou-se, parecendo zangada.

— O que você tem na cabeça? — perguntou a garota. — Emily, isso foi perigoso.

— Por favor, não me dê sermão — falou a sobrevivente, cansada. — Eu sei no que me meti e sinto muito por isso. Não vai acontecer novamente.

— Não vai mesmo! — exaltou-se Molly. — Por que saiu sem mim?

Por sorte, não foi obrigada a responder. Uma agitação nas portas automáticas do pronto-socorro chamou a atenção de Emily, que encarou aquela direção até ver a reconhecida figura de Sam adentrando o ambiente de maneira apressada e preocupada. Em questão de segundos, seus olhos se encontraram e a loira veio correndo até si.

— Você ligou para ela? — murmurou Emily para Molly.

— Ela estava te ligando quando te encontramos — explicou a outra.

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