Capítulo 37 _ Parte 1

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12/05/2013

Caro diário,
Hoje é domingo! Acabei de chegar em casa, depois de passar o final de semana na praia. Sim, fomos vítimas do plano de aproximação do meu sogro. Me sinto como o Chaves e a sua turma em Acapulco! Você nem imagina as coisas que rolaram.

Tudo começou ontem, quando meu sogro veio me buscar. Mesmo sem a mínima vontade de ir eu fui. Era minha primeira vez no avião, e também minha primeira vez na praia.

Já no aeroporto o trem começou a dar errado. Estávamos todos no saguão esperando a hora do embarque.

— Você está com a mão fria, amor. Não se preocupe, é seguro viajar de avião. — Caio falou beijando minha mão enquanto eu estava com a cabeça em seu peito.

— Seguro? Eu já vi várias reportagens de aviões que caíram. Fora alguns que foram sequestrados. E também tem aquele filme em que o avião fica infestado de cobras. — Falei apavorada, eu morro de medo de cobras.

— Calma, meu anjo! Não tem nenhuma cobra no avião. Eu te garanto. — Ele falou segurando uma risada. Jura? Minha sogra e a sua priminha periguete são o quê?

— Tá, pode não ter cobras, mas e se a gente cair numa ilha deserta? E se tivermos que virar canibais? Deus me livre! Eu não vou comer perna de ninguém.

— Meu amor, de onde você tira essas coisas? Fica calma, vai ficar tudo bem. — Ele me abraçou rindo.

Então, passado um tempo, chegou Jonas e logo em seguida a Camila. Isso só me deixou mais nervosa. Ela chegou cheia de dentes à mostra e grudou no meu namorado. Depois que finalmente me viu, soltou ele.

— Olá, queridinha! Que cara é essa? — O que você acha?

— Nada. — Respondi seca.

— Ela está apenas nervosa. É a primeira vez que ela viaja de avião. — Caio explicou.

— Ah, é isso? Não se preocupe, querida. Claro que tem risco do avião cair, mas é preciso ser otimista. — Falou séria.

— COMO É? — Me desesperei.

— Calma, eu estou apenas brincando. — Ela deu uma sonora gargalhada. Tá, talvez a perna dela eu comeria. Hum!

— Nada de deixar a Thalita mais nervosa, Camila. Não se preocupe, ok? É totalmente seguro. — Meu sogro tentou me acalmar.

Eu e Jonas nos cumprimentamos e minha cunhadinha estava um doce comigo. Já a sua mamãe naja estava com cara de quem comeu e não gostou. E a Camila não desgrudava do Caio. Aff...

Momentos antes de entrar no avião recebi uma mensagem da Alice: "Boa viagem, amiga! Aproveite o máximo que puder e boa sorte com o pessoal aí! Beijos"

Vou precisar de sorte mesmo. Respondi ela rapidamente e segui com os outros para o avião. Já dentro dele me sentei ao lado do Caio. Eu fui na janela o que também não foi uma boa ideia. Quando ele começou a decolar eu quase gritei SOCORRO!!! Mas me contive. Segurei na mão do Caio e sobrevivi. Foram as horas mais longas da minha vida. Não tive coragem de olhar pela janela. Pouco tempo depois pousamos! E eu estava sã e salva! Já levantei logo, eu só queria sair dali o mais rápido possível.

Saímos do aeroporto e pegamos táxis. Eu sempre quis pegar um táxi e falar com o motorista: siga aquele carro! Porém isso não vem ao caso. Chegamos em um lindo e aconchegante hotel. Os quartos foram divididos assim: Ricardo e Ana obviamente no mesmo quarto. E os outros dois quartos separaram meninos e meninas. Ou seja, no meu quarto estava Evelyn e a Camila. Sentiu o meu drama?

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