Meline Barbosa.
-Ele só saiu com o carro depois de tudo? - Isabella me pergunta enquanto lavamos a louça da janta.
-Sim, arrancou o carro me deixando plantada na calçada. - Falo guardando os pratos no armário.
-Que estranho, ele não te mandou mensagem? - Ele pergunta.
-Não, não mandou nada.
-Ué. - Ela da de ombros e continuamos a organizar a louça.
Depois de um tempo o celular de Isa começa a tocar freneticamente, ela enxuga as mãos e atende.
Guardo o que ela já havia secado enquanto ela ainda estava no telefone.
-Vitor chamou a gente pra ir ao cinema. - Ela fala.
-Rafael concordou? - Pergunto.
-Não sei, Vitor não me disse nada. - Ela diz tirando o guardanapo da minha mão e me puxando. - Ele passa aqui daqui meia hora.
-Acho que não vou não, já sai hoje. - Digo e ela revira os olhos.
-Foi de manhã Meline! - Ela fala indignada.
-Desculpa amiga, eu não tô no clima. - Falo saindo da cozinha.
Vou pro meu quarto deitando na cama, eu queria entender porque ele tinha feito aquilo.
-Mel, não vai mesmo? - Isa pergunta pondo a cabeça pra dentro do quarto.
-Não amiga, pode ir tranquila. - Falo.
Os minutos passam e logo ela me avisa que ia descer, concordo e acompanho ela até a porta e me despeço, fecho a porta e vou até a gaiola da Calliope.
A pego no colo e a campainha toca, Isa deve ter esquecido alguma coisa.
-Esqueceu o que? - Pergunto abrindo a porta, mas acabo dando de cara com Rafael com um buquê de rosas nas mãos.
-Desculpa. - Ele diz e morde o lábio inferior.
-Tudo bem. - Digo abrindo mais a porta pra ele poder entrar.
Ele entra e senta no sofá, me entrega o buquê e apoia as mãos nos joelhos.
-Eu fiquei nervoso, eu não sei descrever o que eu sinto perto de você, é estranho. - Ele diz e eu concordo balançando a cabeça.
-Você pode guardar a Callie pra mim? - Estico o coelho em sua direção, ele abre um sorriso.
-Posso sim. - Dito isso, ele pega o coelho das minhas mãos e eu vou em direção a cozinha por as rosas em um vaso de água.
Ele vem atrás depois de um tempo.
-Obrigada pelas flores, são lindas. - Agradeço.
-Eu não sei quais são suas favoritas, então eu resolvi pegar as clássicas rosas, você me lembra a coisas clássicas. - Ele diz se aproximando de mim e se escorando na bancada ao meu lado.
-Gosto de coisas clássicas, mas minhas flores favoritas são margaridas. - Digo e ele sorri.
-Na próxima eu acerto. - Ele diz e um silêncio mórbido se habita.
Ele vai vagarosamente aproximando sua mão da minha no balcão, encosta nossos mindinhos de uma forma extremamente clichê. Batidas altas na porta faz com que eu assuste me afastando dele.
-Cacete. - Ouço ele falando atrás de mim enquanto saímos da cozinha.
Observo pelo olho mágico e quem eu menos esperava estava ali, ao vivo e a cores.

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Amando a dor.
FanfictionRafael se via perdido no caos em que vivia, até conhecer Meline, uma garota frágil que aos plenos 19 anos queria aproveitar o máximo da vida, já que sua doença a corroía cada dia mais.