Capítulo 30.

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Rafael Marques

-Bom dia meu amor. - Falo a hora que ela abre os olhinhos.

-Bom dia, dormiu bem?

-Dormi e a senhorita?

-Também, vou no banheiro. - Fala levantando.

Vou indo atrás dela e encosto no batente do banheiro.

-Vai ficar vendo eu fazer xixi? - Pergunta me fazendo rir.

-Minha mãe me ligou mais cedo, terça-feira é dia 23 e eu sempre passo esses dias em Barreirinhas, lá no Maranhão. - Ela me olha como quem diz "continua". - Minha vó mora lá, por isso.

-E?

-E eu queria que você passasse o Natal comigo. - Ela sorri de lado enquanto lava as mãos.

-Vou pensar no seu caso. - Fala fazendo charminho.

-Pensar? - Abraço ela e beijo sua bochecha.

-Não, mas é sério, eu sempre fico com a Isa, tenho que ver.

-Tá bom vida, só me avisa até amanhã, vou ir comprar as passagens.

-Eu aviso, mas acho que ela não vai ligar, ela não gosta de Natal nem nada disso. - Diz entre uma escovada e outra nos dentes.

-Tá, se troca pra gente ir almoçar lá em casa hoje. - Aviso e beijo o topo da cabeça dela saindo de lá.

Terça-feira - No carro.

-Ela tá querendo me matar Rafael! - Meline fala brava comigo.

-Amor, mas você disse que ela não tinha ligado.

-Ué, mas ela tava fazendo cu doce, só que eu tava tão empolgada pra viajar com você que nem reparei, agora ela nem me responde. - Cruza os braços e vira o rosto pra janela do carro.

-Tá bom, não fica assim vai, tenho um presente pra você. - Falo e ela me olha de canto de olho.

-O que? - Pergunta desconfiada.

-Espera aí, vou parar no próximo posto aí te mostro.

-Tá bom, nós estamos perto?

-Do posto?

-Sim né Rafa!

-Cinco minutos pro posto e uns vinte pro aeroporto.

-Será que sua vó vai gostar de mim? - Pergunta desligando o rádio.

-Óbvio! Não tem como não te amar! - Falo beijando a bochecha dela.

Estaciono o carro e ela me olha esperando o presente.

-Cadê?

-Fecha o olho, vou pegar lá atrás. - Ela fecha e eu vou pegar o buquê no porta-malas, vim o caminho todo torcendo pra essas flores não morrerem.

Pego as rosas, eu até tentei achar margarida que são as favoritas dele, mas não achei em lugar nenhum, então foram as rosas mesmo.

Coloco no colo dela e abro a caixinha na sua frente.

-Pode abrir o olho. - Aviso.

-Amor! - Ela fala com a mão na boca.

-Gostou?

-Eu amei amor! - Me abraça pelo pescoço e eu beijo seu ombro.

-Quer namorar comigo? - Pergunto a hora que ela se afasta e aí se dá conta das alianças na minha mão.

Amando a dor.Onde histórias criam vida. Descubra agora