Rafael se via perdido no caos em que vivia, até conhecer Meline, uma garota frágil que aos plenos 19 anos queria aproveitar o máximo da vida, já que sua doença a corroía cada dia mais.
Hoje era a minha quarta sessão de quimio e eu já não queria mais, eu me sentia horrorosa e super incapaz de fazer qualquer coisa.
Nesse tempo minha mãe voltou pra Floripa, afinal ela tinha uma família lá né. Eu e o Rafa estamos super bem, hoje a noite eu vou ir jantar na casa dele, eu tava nervosa, e me sentir um lixo não ajuda em nada.
A é, e tem um detalhe, essa semana eu tenho que ir provar um vestido, daqui um mês já é Dezembro e o Rafael me convidou pra ser o par dele na formatura, eu nem sabia que ele formava esse ano.
Mas enfim, eu ando olhando uns vestidos, mas ainda não consegui decidir nada, eu devo ter emagrecido uns cinco quilos e agora eu pareço uma vara de pescar.
Vejo Rafa vindo de longe com aquele sorrisão dele, ele vem cumprimentando todo mundo da área da oncologia até chegar em mim.
-Oi amor. - Sela meus lábios.
-Oi, já tô acabando aqui já. - Aviso e ele concorda sentando na cadeira do meu lado.
-Minha mãe quer saber se você come lanche, ela quer fazer lanche artesanal. - Rafa pergunta e eu só olho com cara de deboche. - Eu falei que você comia, mas ela quer ter certeza. - Dou risada quando ele levanta as mãos em rendição.
-Eu como de tudo Rafa, você sabe.
-É, meu dragãozinho. - Diz fofo me fazendo rir.
-Eu quase não como seu tonto. - Falo enquanto ele beija minha bochecha.
-Acabamos por hoje senhorita Meline. - O enfermeiro fala tirando todos aqueles fios de cima de mim.
-Obrigada. - Agradeço e Rafa faz o mesmo.
(...)
-Rafa, tem certeza que tá bom? Não é melhor eu colocar uma roupa mais bonita? - Pergunto e ele nega.
Ele tinha vindo me buscar e já faz uns dez minutos que eu não sei se vou com esse suéter vermelho e essa calça jeans.
-Mel, você tá linda, você fica linda de qualquer jeito.
-Tá, mas eu vou de crocks. - Falo e ele da risada.
-Amor tá ótimo, o dia do balie não é hoje não. - Ele brinca e beija minha cabeça.
-Vamos tirar uma foto. - Pego o celular dele e tiro.
-Sem a cabeça de novo?
-É conceitual, eu já disse. - Falo e ele revira os olhos e da risada comigo.
-Vou postar, com a nossa música.
-A gente tem uma música? - Pergunto confusa.
-Tem, a do nosso primeiro encontro.
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