Capítulo 11.

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Meline Barbosa

O dia na praia estava sendo uma delícia, mesmo eu ainda não tendo entrado no mar, por conta de ter as cicatrizes.

Estava sentada na cadeira do quiosque esperando minha porção de camarão á dore quando Rafinha sai correndo do mar e me pega no colo.

-RAFAAA!!! - Grito e ele dá risada.

-Calma Melzinha. - Ele fala me pondo no chão.

-Você é um tonto. - Digo empurrando ele.

-Você gosta do mesmo jeito. - Diz dando de ombros e mostrando a língua.

-Vamos andar? - Peço e ele concorda.

-Só vou pegar uma água de coco, espera aí. - Diz andando rápido até o quiosque.

Sento esperando ele, termino de comer o camarão e ele apareceu com dois cocos na mão.

-Comprei um pra você. - Fala todo fofo me entregando um coco.

-Obrigada Rafinha. - Falo beijando a bochecha dele.

-Vem. - Pega minha mão, me levantando.

Vamos até a bera do mar, andando em direção às pedras enormes que estavam longe. Bebo um gole do coco, estava geladinho, uma delícia.

-Eu adoro essa vibe sabia? - Ele me pergunta sorrindo.

-Também gosto, me traz uma paz muito louca. - Falo retribuindo o sorriso e ele me abraça de lado.

-Meu sonho sempre foi morar na praia, quando eu era pequeno eu morei por uns dois meses, foram os melhores da minha vida. - Ele fala e é visível que a cada palavra ele vai apreciando cada detalhe da natureza.

-É um bom sonho. - Digo e ele sorri.

-Qual o seu sonho? - Ele pergunta e eu paro pra pensar.

Eu nunca pude ter um sonho pro meu futuro, eu não tinha expectativas de vida.

-Uma casa grande própria. - Digo por dizer, não ia ficar contando meu diagnóstico pra ele e acabando com nosso clima.

-Então a gente vai morar em uma casa grande na praia? - Ele pergunta e nós caímos na risada.

-Você me faz bem, sabia? - Pergunto e ele me abraça de lado.

-Você também me faz bem. - Diz beijando o topo da minha cabeça.

Eu não queria machucar ele, mas já era tarde demais e eu já estava apaixonada, e eu sabia que eu era uma bomba relógio, a qualquer momento eu poderia explodir e machucar todos que estavam a minha volta.

-Olha! Conchinhas! - Ele diz animado me tirando dos meus pensamentos e se abaixando para pegá-las.

-Essa é grandona. - Digo pegando uma perto do meu pé e mostrando a ele que abre um sorriso de orelha a orelha.

-Coloca aqui a que você pegou, vou fazer um negócio depois. - Ele fala me entregando a pochete que ele insistiu em colocar, mesmo eu avisando que não tava legal.

-Vai fazer o que? - Pergunto curiosa.

-É surpresa Mel. - Ele fala levantando da areia e entrelaçando nossos dedos pra volta da caminhada.

-Eu nunca tinha vindo a essa praia, é maravilhosa. Eu amo conhecer lugares novos. - Falo e ele para de andar.

Me puxa para um abraço e coloca meus fios de cabelo atrás da orelha.

-Quero conhecer muitos lugares com você. - Digo e ele junta nossos lábios.

O beijo é calmo e curto, voltamos a andar até chegarmos nas pedras.

-Vamos sentar ali. - Ele fala me puxando pra uma das pedras vazias.

Ele senta e eu sento entre o espaço de suas pernas, encosto meu corpo em seu peitoral e ele me abraça.

-A sua boca vale o preço, pra perder o sossego que eu tinha. - Ele fala rindo.

-Luan Santana? - Pergunto rindo com ele e ele concorda.

-Lembrei, você sabe, nesse clima de mar. - Diz beijando meu pescoço.

-Sei. - Respondo e respiro fundo apreciando tudo.

Seu abraço era o meu lugar, era o melhor lugar do mundo no momento.

Depois de um bom tempo sentados lá, resolvemos sair pra poder dar oportunidade pras outras pessoas.

-Entra no mar comigo? - Rafinha pergunta.

-Ah Rafa, não me sinto muito bem sabe. - Falo continuando andando ao seu lado.

-Por que? - Ele pergunta.

-Não fico confortável com as minhas cicatrizes. - Falo meio desconfortável e ele para de andar e começa a me olhar de cima a baixo.

-Bom, se você se sentir melhor, entra com esse vestidinho, você é linda de qualquer jeito. - Ele diz dando de ombros.

-Tá bom, vou ir de vestidinho. - Falo rindo e ele pega minha mão, me puxando pro mar.

Fazia muito tempo que eu não passava por toda essa sensação, era simplesmente maravilhoso.

-Até onde a gente pode ir? - Ele me pergunta quando a água já está um pouco acima da minha cintura.

-Acho que dá pra ir mais um pouco. - Digo e a gente vai andando mais pro fundo. - Você sabe nadar? - Pergunto e ele concorda com a cabeça. - Que bom, eu não sei. - Falo e ele cai na risada.

-Imaginei. - Ele fala e eu dou um tapinha nele.

-Aqui tá bom. - Eu falo quando a água já cobre meu peito.

-Vem mais perto. - Ele fala me puxando pra pertinho dele.

O resto do dia na praia foi muito bom, eu e Isa tiramos umas fotos, nadamos e nos divertimos como nunca, eu até tirei o vestido que eu estava por cima, nem estava mais ligando.

O resto do dia na praia foi muito bom, eu e Isa tiramos umas fotos, nadamos e nos divertimos como nunca, eu até tirei o vestido que eu estava por cima, nem estava mais ligando

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