Capítulo 23.

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Rafael Marques

Acordo com a Mel com uma perna em cima de mim, tento tirar devagar, mas ela acorda.

-Bom dia. - Fala espriguiçando.

-Bom dia amor.

Levanto e vou pro banheiro, faço minhas higienes e a hora que eu volto ela já tá dormindo de novo.

Nossa, ontem o dia foi tão maravilhoso, acho que nunca fui tão feliz em tão pouco tempo.

Ela é uma menina tão incrível que meu Deus, é tipo impossível não amar ela.

Resolvo descer pra falar com a minha mãe, essa hora ela com certeza já estava acordada.

-Bom dia mãe. - Beijo sua bochecha.

-Acordou cedo hein! Bom dia. - Falou enquanto passava o café.

-Perdi o sono, quer que eu vá buscar pão?

-Seu pai já foi. - Termina de passar o café e senta na banqueta de frente pra mim. - Você já conversou com ela sobre a Verônica? - Minha cabeça vai pra outro mundo nessa hora.

Verônica foi minha ex-namorada, eu nem lembrei dela esses meses. Eu era louco por ela, completamente apaixonado, até depois do término eu ainda a amava como eu nunca amei ninguém.

-Filho? - Minha mãe me tira dos pensamentos.

-Não mãe, não falei e não vou falar, ela é passado. - Saio da cozinha e volto pro meu quarto.

Começo a andar de um lado pro outro, super nervoso. Que inferno, eu nem lembrava mais dela.

Vejo minha mãe encostada na porta, ela me olha preocupada e eu fico desesperado.

-Filho, você tá com a Meline agora e tá tudo bem. - Diz e eu tento me acalmar.

-Ela volta em Dezembro mãe, ela já volta agora e eu não lembrava mais dela, ela simplesmente se apagou da minha mente todo esse tempo. - Falo desesperado e baixo pra não acordar a Mel.

-Você não é mais dela Rafa e fazia muito tempo que eu não te via tão feliz igual você é com a Mel.

-É, é verdade né? - Passo a mão pelo cabelo tentando formular tudo na minha mente.

-É que talvez ontem eu tenha comentado alguma coisa sobre gravidez com ela e eu acho que você deveria explicar. - Ela fez o que?

-Mãe, me dá licença por favor.

-Desculpa. - Diz e sai do quarto de fininho.

Respiro fundo e deito na cama de novo.

Olho a Mel dormindo e parece que meu coração se acalma, cada detalhe dela era lindo.

Ela abre os olhinhos e da um sorrisinho de lado.

-Eu dormi, desculpa. - Se espreguiça e deita no meu peito.

-Eu amo você. - Solto e ela se apoia nos cotovelos pra me olhar.

-Rafa...

-Não, olha, tá tudo bem se você ainda não me amar, eu entendo sabe. - Me apreço em falar.

-Não Rafa, fica quieto. - Ela diz rindo. - Eu também te amo seu bobo, amo muito. - Sinto um alívio percorrer meu corpo.

Ela sela meus lábios e volta a deitar no meu peito.

-Bom dia, o café tá pronto garotada. - Vejo meu pai na porta todo animado.

-Bom dia pai, a gente já tá indo.

Amando a dor.Onde histórias criam vida. Descubra agora