Capítulo 24.

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Meline Barbosa

-Gostaram desse? - Rodo com um vestido azul pra Isa e Rafa verem.

-Tá linda.

-Você falou isso pra todos Rafael. - Digo irritada já.

-É que você fica bem com qualquer coisa amor. - Puxa meu saco.

-Não amiga, a fenda desse é feia, vai por o amarelo. - Isa fala antes que eu exploda com o Rafa.

-Ta vendo Rafael, é pra você reparar assim. - Volto pra cabine.

Tiro o vestido azul e coloco o amarelo, odiei.

-Amiga não curti.

-Que bom, eu odiei. - Falo terminando de rodar.

-Já sabe minha opinião. - Rafael diz levantando as mãos em rendimento e eu cerro os olhos.

Volto lá pra dentro e coloco um bege cheio de brilinho, eu gostei desse.

Saio e rodo, de novo.

-Eu gostei. - Isa fala e Rafa concorda.

-Ótimo, é esse.

Nos últimos dias eu tava tão insuportável que nem eu mesmo me aguentava, eu não sei se era efeito colateral ou sei lá, mas mesmo quando eu não queria ser grossa, eu era.

Depois de me trocar, eu reservo o vestido pro baile do Rafa.

-Vocês querem passar em algum fast food? - Rafael pergunta e eu dou de ombros.

-Não precisa Rafa. - Isa responde.

-Tá tudo bem? - Rafael pergunta e eu balanço a cabeça afirmando que sim.

Eles vão o caminho inteiro conversando e meu Deus eu não sei porque eu tava com tanta raiva, eu só queria que eles calassem a porra da boca.

Quando a gente chega eu vou direto pro eu quarto e consigo ouvir eles cochichando na cozinha, eu nem ouvi sobre o que era, mas o meu nome tava no meio e isso tava me irritando cada vez mais.

Rafael entra no quarto e fecha a porta, ele senta na ponta da cama onde eu tava deitada e fica me olhando.

-Que foi caralho? Quer uma foto? - Pergunto grossa e ele revira os olhos.

-Quero, você tem aí?

-Vai à merda.

-O que você tem?

-Sei lá Rafa.

-Você tá mó na defensiva hoje, tá de tpm?

-Não Rafael. - Se ele continuar, eu vou socar esse rostinho lindo.

-Eu compro chocolate pra você. - Ele fala alisando minha perna.

-Não quero, que saco cara. - Falo aumentando meu tom de voz e ele fica em pé me olhando confuso.

-Eu te amo.

-Eu te odeio. - Viro de bruços.

-Que patrimônio é esse hein. - Mal ouço ele falar e sinto um tapa na minha bunda, é o ápice pra eu levantar e ficar na frente dele com a maior cara de raiva.

-Raf... - Antes de eu falar qualquer coisa ele me beija, e não foi um beijinho, era um puta beijo.

-Deixa que eu resolvo o seu mal humor. - Sussurra no meu ouvido.

Eu não consigo nem ter forças pra responde-lo. Desço minha mão pra barra da sua camiseta e a jogo longe, ele abre o zíper do macacão tomara que caia que eu usava e deixa o tecido escorregar por meu corpo.

Vem dando beijinhos no meu pescoço me empurrando até a cama. Eu mal deito e ele vem pra cima de mim, vai descendo suas mãos até tirar minha calcinha, seu toque era eletrizante.

Abaixa na minha intimidade e sinto sua língua percorrendo todo o território. Ele levanta o olhar e meu Deus que delícia, isso tava bom demais.

Eu tentava controlar meus gemidos, mas era quase impossível fazer isso quando ele me olhava desse jeito. Minha costa arqueia com seus movimentos e solto um gemido alto, eu tinha chego em meu ápice.

Ele levanta e tira a roupa as pressas. Em um piscar de olhos ele já estava dentro de mim, ele segurava meu rosto com uma das mãos com seu polegar na minha boca.

-Vira. - Manda saindo de mim e eu fico de quatro.

Sinto seu tapa ardido na minha bunda e logo já estamos em sintonia de novo.

-Caralho. - Ouço ele falando abafado.

Aumentamos nosso ritmo e eu já estava quase gozando de novo quando o interfone toca.

-Continua, a Isa resolve. - Falo entre os gemidos e ele faz o que eu peço.

Sinto seus dedos no meu cabelo, ele faz monte na mão e puxa, fazendo com que cada estocada fosse mais e mais intensa e fazendo com que eu chegasse no meu segundo orgasmo do dia.

-Mel eu vou gozar. - Avisa.

-Dentro não. - Ele logo tira e sinto o líquido na minha bunda.

Ele se joga do meu lado, estávamos ofegantes e cansados.

-Eu te amo. - Fala sorrindo enquanto eu levantava pra poder tomar um banho.

-Também te amo, vou tomar um banho, quer vir? - Balança a cabeça e já levanta pra vir atrás de mim.

-A toalha tá no banheiro, passa rapidinho pelo corredor pra ninguém ver a gente.

-Grita pra Isa aí pra ver se não tem ninguém.

-Vou mandar uma mensagem.

Amiga quem era?

O Vi, mas mandei ele ir embora

Tá tudo ok?

Tá sim, só não to afim

Belezaaa

-O caminho tá livre. - Aviso e ele sorri. - Que foi? - Pergunto vendo ele me secar.

-Você é uma delícia. - Fala e junta nossos lábios.

Abro a porta com uma das mãos e continuamos nos beijando pelo corredor.

-Você é um safado! - Empurro ele pra dentro do banheiro enquanto rimos da situação.

(...)

-Resumindo a gente cura chatisse com rola. - Isa fala se sentando do meu lado e pegando a Callie de mim.

-Ai amiga, sim. - Ela dá risada. - Eu tinha esquecido o  quanto é bom transar sempre. - Falo pondo a mão no rosto.

-Eu sempre te falei que se você transasse ia ser menos chata, passei meses e meses falando.

-Cala a boca. - Falo rindo. - O que o Vitor queria aí?

-A única coisa que ele quer de mim. - Diz dando de ombros, dava pra ver o quanto isso decepcionou ela sabe? Tipo o fato de ela saber que não era a única.

-Amiga por que você não fala com ele? - Pergunto e ela revira os olhos.

-Eu não vou correr atrás de homem.

-Mas não tô falando isso, só explica pra ele o que você sente.

-Eu não sinto nada. - Diz me devolvendo a Callie.

-Então tá. - Respiro fundo soltando o filme de novo.

Amando a dor.Onde histórias criam vida. Descubra agora