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Alanna.

Acordei no dia seguinte e percebi que não estava no meu quarto, até as lembranças de ontem a noite invadirem minha mente. Me levantei e fiz minhas higienes matinais, desci para o andar de baixo e vi Michel sentado no sofá.

— Bom dia! – falo me sentando no mesmo sofá que ele e ele se vira olhando para mim.

— Boa tarde! – ele diz e olho no relógio vendo que já se passavam das 12:20pm.

— Estava cansada.. – falo sem graça e ele assente.

— Tudo bem, eu vou resolver umas coisas e... – antes que ele terminasse de falar o interrompo.

— A gente pode conversar? agora? – falo e ele respira fundo passando as mãos no rosto.

— Se for pra falar daquele cara não da não, na boa! – ele diz sério.

— Eu só quero entender.. – falo.

— Entender o que? que aquele cara colocou coisa na sua bebida e ia fazer, sabe se lá o que com você se eu não tivesse chegado a tempo. O não tá explicado? – ele diz e eu sinto meus olhos encherem de lágrimas.

— Você sabe de alguma coisa que eu não sei? – pergunto e ele abaixa a cabeça.

— Não!

— Eu não quero ficar na sua aba Michel, a gente não tem mas nada, não tem pra que eu ficar aqui.. – falo e ele me olha com as sobrancelhas arqueadas.

— Isso não tem nada haver, eu só quero você segura e perto de mim. Aquele cara vai atrás de você e..

— E se for? qual o problema? – falo e ele nega. Eu sabia que ele tinha alguma coisa a mais pra me dizer e eu só queria saber o que era!

— Se você quer voltar pra lá aonde você estava as portas tão abertas, eu não te segurei antes e nem vai ser agora que vou fazer isso. Se você se acha boa o suficiente vai, mas eu não vou atrás de você! – ele diz se levantado e saindo.

Não sei por quanto tempo fiquei olhando para a porta mas só me dei conta quando já estava debrulhada em lágrimas. Michel era cabeça dura demais pra tentar me entender!

Procurei meu celular e bufei lembrando que esqueci de pegar, liguei para Daiane pelo telefone e ela atendeu no segundo toque.

— Alô?

— Daí? sou eu Alanna, tem como subir aqui na casa do Michel? – falo tentando disfarçar a voz de choro.

— Tem sim, tô indo agora, você tá bem? – ela pergunta, não dava pra disfarçar, ela me conhecia como ninguém.

— Estou sim, vem pra cá logo e trás uma roupa pra mim, por favor! – peço, a gente se despediu e eu fui até a cozinha.

Tinha café na mesa porém não estava com fome alguma, tinha dois copos sujos na pia provavelmente Léo estava na casa da Cintia ou na escola não sei se ele estudava, na verdade não sabia de quase nada sobre ele, pelo que me lembre Michel tinha dito que a mãe dele não deixava os dois terem contato.

Tirei isso dos pensamentos e voltei para sala, ia tentar ficar o mas tranquila possível, meu filho não merece os meus estresses dos problemas que eu mesmo me enfio. Passei a mão na minha barriga e lembrei que precisava comprar roupas urgentes e de preferência GG já que tudo me aperta e incomoda.

Alanna | Contramão [Em Revisão] Onde histórias criam vida. Descubra agora