Alanna.
Eu e Michel continuamos almoçando tranquilamente, a comida estava uma delícia e entre um assunto e outro ele disse que aquele lugar era um presente que tinha dado a mãe dele e a avó que estava viajando, fiquei surpresa com aquilo, quem visse Michel andando de cima a baixo com um fuzil carregado no peito jamais diria que ele havia feito uma coisa tão boa.
Olhei para onde a ruiva estava e percebi que ela já tinha saído dali, fiquei aliviada por um momento, mas o alívio passou rapidamente quando vi ela atrás de Michel caminhando em nossa direção.
— Oi meu lindo, que saudade! – ela diz abraçando Michel por trás.
— Oi Lorena! – ele diz todo sem graça.
— Você sumiu em, está cada dia mais lindo! – ela diz se virando de costas para mim e se encostando na mesa dirigindo sua atenção apenas para Michel.
— Obrigada! – ele diz olhando para mim e eu continuo comendo como se ela não estivesse ali.
— Faz um bom tempo que a gente não se vê, hoje vou dar uma social lá em casa, vai lá com a sua mulher, a Juliana! – ela diz e percebi que ela disse as últimas frases olhando pra mim, essa cabelo de salsicha está debochando da minha cara é isso mrm?
— Ok, depois a gente se fala! – ele diz e a água com salsicha da um beijo demorado em seu rosto saindo daqui logo em seguida.
— Simpática sua amiga! – falo irônica.
— Lorena gosta de arrumar k.o não liga pra ela! – ele diz e eu assenti.
— E quando ela disse que Juliana é sua mulher, ela quis arrumar k.o também? – pergunto.
— As pessoas acham que ela é minha mulher por que ela sai falando isso pra todo mundo mesmo não sendo verdade, já conversei com ela sobre isso!
— Entendi! – falo cortando o assunto, não queria saber, eu me sentia uma amante quando ele tocava no nome dela — Já vou indo! – falo pegando minha bolsa e me levanto.
— Vou te levar! – ele diz se levantando.
— Não precisa!
— Por que não?
— Por que eu tenho duas pernas e posso subir sozinha, eu ein! – falo grossa, estava irritava com ele e nem sei por que.
— Ta maluca de falar assim comigo? Eu te trouxe, eu te levo! – ele diz me segurando pela mão e eu tento me soltar só que ele segura firme.
A gente se levantou e percebi que o lugar estava mais cheio, Michel falava com todo mundo por onde a gente passava, parecia prefeito querendo voto, ninguém merece. Quando passamos pela recepção uma mulher loira, muito bonita sorrio para o Michel e ele retribuiu indo até ela sem soltar minha mão.
— Tá gatona em senhora, assim fica difícil de resistir! – ele diz rindo para ela que deu risada também e bateu em seu ombro de leve.
— Passei na sua casa hoje de manhã pra deixar seu café lá e você nem estava, aonde tu tinha se metido? – a mulher pergunta com as mãos na cintura e Michel coça a nuca, começo a reparar sua feição, ela deveria ter uns 30, 31 anos, era muito bonita.
— Eu tava na atividade, de noite passo lá na sua casa! – ele diz sorrindo e ela sorri também.
— Passa mesmo em, mas e aí quem é essa loira linda do seu lado que você nem apresentou! – a mulher disse olhando pra mim e apenas abri um sorriso sem mostrar os dentes.
— Essa aqui é a Alanna e Alanna, essa aqui é minha mãe, Cintia! – MÃE?
— Oi! – falo morrendo de vergonha.
— Oi meu amor, você tá namorando meu filho? – ela pergunta direta.
— A gente é... amigos! – falo e Michel me olha com as sobrancelhas arqueadas.
— Aham sei! – ela diz rindo — Aparece lá em casa qualquer dia desses!
— Pode deixar!
— Vou levar ela mãe, até depois! – Michel diz.
— Tchal meu amor, tchau norinha! – ela diz sorrindo e eu dou um tchauzinho pra ela.
— Sua mãe é tão nova, pensei que era outra coisa sua quando você tava falando com ela! – digo e ele ri.
— Ela é toda em cima mrm! – ele diz orgulhoso.
Entramos no carro e eu pedi pra ele me deixar um pouco antes da loja, não queria que minha tia me visse com ele, a gente se despediu com um selinho demorado e depois fui trabalhar.
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Alanna | Contramão [Em Revisão]
RomantizmNo amor, não adianta você achar que as coisas vão sempre a favor da maré, você pode esperar que sempre o grande amor vem meio assim, na contramão.