Alanna.
Fazia dois dias que estava morando com meu tio na favela do jacarezinho. Estava tudo tranquilo por aqui o único problema era estar longe dos meus amigos, tive que passar o final de semana vendo status do povo em baile e eu aqui sem conhecer ninguém, já estava agoniada!
Hoje era segunda feira, levantei cedo e fui pra faculdade, minha tia disse que eu poderia ficar um tempo sem ir pra loja mais eu não queria, apesar de estar morando com meu tio eu ainda queria ir morar sozinha e pra isso eu preciso de dinheiro e pra ter dinheiro eu preciso trabalhar!
— Bom dia flor do dia! – Arthur diz sorrindo assim que desço do moto-taxi.
— Bom dia bi! – comprimento ele.
O dia se passou como qualquer outro, minha tia não apareceu na loja, Arthur disse que ela saiu pra resolver algumas coisas. Nós almoçamos na loja mesmo e quando já era final de tarde eu sai dos provados depois da cliente ir embora e vi UMA DAS últimas pessoas que eu estava afim de ver.
— Oi Alanna tudo bem? – Juliana pergunta sorrindo.
— Boa tarde! – falo seca.
— Veio comprar alguma coisa Juliana? – Arthur pergunta respirando fundo.
— Eu hein viado, só vim aqui conversar com você! – ela diz se escorando no balcão na frente de Arthur.
— Alguma coisa importante?
— Não ignorante, eu vim te contar os babados de sábado né, meu aniversário que você foi viajar. Foi incrível, eu ganhei um monte de presentes, postaram uma foto minha na página da favela e adivinha a legenda? Primeira dama, vê se pode! – ela diz animada.
Eu nem fazia o esforço de olhar para sua cara, fiquei mexendo no meu celular como se estivesse sozinha, mas tava prestando atenção em tudo.
— Que bom, agora eu acho melhor você ir.. – Arthur diz.
— Calma que a melhor parte eu não contei, adivinha quem tava do meu lado na hora do parabéns? MICHEL! Ele não deu presente mais passou a noite inteira comigo e ainda estou sabendo de uma viagem que eu sei que ele vai me levar! – ela diz dando ênfase no MICHEL, ELE, eu sentia vontade de rir.
Para ela Michel era um prêmio, um prêmio que não valia porra nenhuma.
— Boa tarde Arthur, oi Juliana veio comprar algo? – minha tia diz entrando na loja.
— Oi patroa, a Juliana já estava de saída né Juliana! – Arthur diz, ela só revirou os olhos e saiu da loja.
— Já falei que na hora do expediente não quero conversa, ainda mais com essa aí! – minha tia diz dando um beijo em mim e no Arthur.
— Ok! – Arthur diz sem graça.
Minha tia ficou um pouco com a gente e depois foi embora, ficamos na loja conversando e atendendo um grupo de meninas. Depois que elas foram embora eu sentei atrás do balcão, mas logo dei um pulo quando vi meu irmão entrando na loja.
— GUU! – falo pulando em seu colo e ele ri.
— Você nunca perde essa mania né garota! – ele diz e eu desço do seu colo.
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Alanna | Contramão [Em Revisão]
RomanceNo amor, não adianta você achar que as coisas vão sempre a favor da maré, você pode esperar que sempre o grande amor vem meio assim, na contramão.