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Juliana.

— Pode ficar tranquila! – o médico diz e eu assenti me deitando na maca.

Já tínhamos chegados no hospital, já tinha tirado minha roupa e estava apenas com um vestido feio que a enfermeira me entregou, o médico pediu pra mim tirar o sutiã e naquele momento não controlei as lágrimas, meus seios estavam feios e ter Michel na sala só piorou.

O médico colocou a passar o gel gelado e a máquina no meu seio, senti alguém pegar minha mão e sorri ao ver Michel, ele estava segurando minha mão e naquele momento me senti até tranquila. Esses exames acabavam comigo assim como essa doença estava acabando!

Depois de todo aquele exame chato eu me troquei, marcamos a cirurgia pra daqui dois meses, Michel me garantiu que viria comigo e coloquei até o médico de testemunha.

— Você acha que vou me curar depois da cirurgia? – pergunto quando já estávamos no carro.

— Vai sim, vai ficar tudo bem! – ele diz dividindo sua atenção com o trânsito e o celular.

— Presta atenção no trânsito... – falo e ele bufa jogando o celular — Aconteceu alguma coisa? – pergunto curiosa.

— Nada que te convém! – ele diz marrento como smp.

— Depois que estiver bem, você vai me esquecer né? – pergunto.

— Você não deveria se preocupar com isso! – ele diz.

— Por que não?

— Eu quero muito que você se cure logo, quero te ver bem! – ele diz sem olhar pra mim e eu sorrio.

— Tá querendo isso pra se livrar de mim né? – pergunto e ele não responde.

Idiota!

Quando entramos na favela percebi que seu celular começou a tocar, antes que eu pudesse ver quem ligava ele desligou a chamada acelerando ainda mas o carro, parecia estar com pressa.

— Quer entrar? – pergunto quando ele estaciona em frente da minha casa.

— Não! – ele diz seco.

— Obrigada por ter ido comigo! – falo e ele assente.

Em um momento de distração eu chego perto dele e antes de qualquer atitude que ele pudesse tomar eu encostei nossos lábios. Estava com tanta saudade daquilo, do beijo, do corpo.. do meu homem!

Michel.

— Juliana.. – falo tentando me afastar dela e ela monta no meu colo.

— Só quero te agradecer por ter ido na consulta comigo.. tô com saudades do seu corpo! – ela diz se esfregando em mim.

Engoli o seco enquanto minhas mãos deslizavam pela lateral do seu corpo, ela voltou a me beijar e eu passei as mãos pelo seu cabelo.. Alanna, Alanna porra!

Tirei Juliana do meu colo num pulo e respirei fundo limpando minha boca.

— Que merda Michel, você é um ogro! – Juliana reclama.

Alanna | Contramão [Em Revisão] Onde histórias criam vida. Descubra agora