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Tempos atuais.

Adriano.

Sai da casa da Alanna e levei o Edu na casa da Raquel de lá mandei uma mensagem para o meu pai e para os sargentos preparem tudo que eu já iria levar ela. Estávamos prestes a dar o passo final e acabar com tudo isso!

— Amor, toma cuidado. Você sabe que esses traficantes não tem nada perder, você tem eu e o Edu! – Raquel diz me abraçando e eu assenti.

— Eu vou voltar, não se preocupe comigo! – falo dando um beijo em sua testa e saindo dali.

Entrei no carro novamente e torci para o remédio já ter dado efeito. Era apenas um remédio para ela dormir, misturei com outro remédio controlado que meu pai tomava e coloquei tudo no suco, nada que possa fazer mal para ela e o bebê. A criança não tem culpa do pai que tem, já Alanna sim!

— Que merda! – falo irritado, a avenida estava parada, um trânsito absurdo e bem na hora errada.

Eu precisava voltar pro apartamento da Alanna o mas rápido possível, antes que ela acordasse ou ligasse para alguém, isso dificultaria ainda mais e não queria nem pensar nessa possibilidade.

Michel.

— Anda, me passa o endereço! – falo pela quinta vez.

— Me leva com você, é a minha prima! – Daiane diz e eu reviro os olhos.

— Eu tô indo buscar ela, eu vou trazer ela pra cá e vocês podem se ver! – falo e ela parece se dar por vencida — Anda porra, fala!

— Eu não gravei o endereço, mas memorizei.. – ela diz e eu bufo abrindo a porta do carro.

Liguei o mesmo e fomos pro apartamento da Alanna, estava inquieto e não ia sossegar até ela estar perto de mim. Eu sabia que ele poderia estar lá e saí da boca tão desesperado que nem peguei minha arma, na verdade só trouxe o celular que estava no meu bolso e a chave do carro.

Não era hoje que iria dar um fim naquele filho da puta, mas posso dizer com toda certeza que ele não vai escapar das minhas mãos!

Dou um soco no volante quando paro na avenida, provavelmente tinha acontecido um acidente e iria demorar horas pra voltar a funcionar, não iria ter outro jeito.

— Coloca o cinto! – falo pra Daiana que me olha assustada.

Dou re no carro e entro pela estrada de barro, conhecia ali como a palma da minha mão, já cansei de dar fuga entrando por aqui.

— Qual o seu problema? – Daiana diz visivelmente com medo assim que acelero o carro.

— Sua prima, Alanna é o meu problema! – falo.

Estava louco pra trazer ela de volta, sabia que aquele cara não queria nada com ela e mesmo se quisesse eu iria trazer ela de qualquer jeito, ele só me arrumou uma desculpa. Não queria pensar em nada que pudesse machucar ela e o meu filho, eu nunca me perdoaria por isso, ainda mais sabendo que o motivo dela estar longe sou eu!

Chegamos no prédio que Alanna morava e dei um pulo do carro deixando Daiana trancada. Passei reto pelo porteiro e subi as escadas feito um louco, Daiana tinha me passado o número do apartamento dela e isso facilitou meu trabalho.

Alanna | Contramão [Em Revisão] Onde histórias criam vida. Descubra agora