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Michel.

Segurei ela no braço e percebi o rastro de sangue no seu shorts claro, fiquei mas desesperado ainda, que porra tá acontecendo?

— Caralho Alanna acorda! – falo dando tapinhas leves em seu rosto.

Percebi que a cada segundo ela ficava mas pálida, aquilo me desesperou ainda mais, vou ter que levar ela no hospital. Peguei ela no colo e levei pra sala, peguei as chaves e quando abri a porta dei de cara com a prima dela e aquele viado que ela vive saindo!

— Alanna? o seu filha da puta o que você fez com a minha prima? – ela diz olhando pra Alanna.

— Fecha a porta, depois eu explico, o sangue tá caindo.. porra! – falo desesperado quando percebo mas sangue escorrer pelas suas pernas.

— Se acontecer alguma coisa grave com a minha amiga eu corto suas bolas, tenho medo de bandido não, nasci no meu de um tiroteio! – o viadinho diz nervoso enquanto desciamos as escadas.

Ignorei e passamos pela entrada do prédio, o porteiro veio querer saber o que tinha acontecido, passei reto e fui direto pro meu carro, deitei a Alanna no banco de trás com cuidado e depois entrei.

— O que vocês tão fazendo porra? – pergunto quando vejo os dois patetas entrarem no meu carro.

— Liga essa porra! – o viadinho diz.

Se não estivéssemos nessa situação eu faria ele virar presunto. Acelerei o carro sem me importar com a velocidade, não conseguia nem me concentrar no trânsito de tão nervoso que estava, só espero que não esteja acontecendo nada de grave!

Alanna.

Acordei sentindo minha garganta seca, abri os olhos tentando me acustumar com a claridade e percebi que estava em um quarto de hospital pelo tanto de maca que tinha ali, tentei mexer meus braços e soltei um gemido quando senti uma picada, aquelas agulhas malditas!

— Está se sentindo melhor? – uma enfermeira pergunta entrando no quarto.

— O que aconteceu, por que estou aqui e quem me trouxe? – pergunto um monte de coisas atrás da outra e a enfermeira ri.

— Fica calma, seu namorado e seus amigos estão na recepção, e o médico já vem pra te falar os resultados dos exames! – ela diz.

— Exames?

— Sim, você chegou aqui com um sangramento vaginal, fizemos três exames enquanto dormia.. – ela diz e eu começo a me lembrar.

— Eu posso ver meus amigos? – pergunto.

— Só pode entrar duas pessoas na sala ok, vou falar com eles, qualquer coisa pode me chamar! – ela diz simpática.

— Tá bom, moça você pode me dar água? – peço.

— Claro, aqui! – ela diz pegando uma garrafinha e abrindo para mim, sorri em agradecimento e ela saiu da sala.

Fechei os olhos cansada, parecia que tinha sido atropelada por um caminhão, misericórdia. Deixei a garrafa ao meu lado e vi Michel entrar na sala, não queria ver ele agora Deus!

— Tá se sentindo bem? – ele pergunta chegando perto de mim.

— Sim.. – falo baixo.

Ainda estava sem jeito pela nossa conversa de não sei quantas horas atrás.. acho que falei demais. Antes que ele falasse algo a porta se abriu revelando um cara alto, todo de branco, ele sorrio para a gente e eu já me tremi toda quando vi uns papéis em sua mão!

— Boa tarde, posso conversar a sós com a moça? – o médico pergunta, percebi pela cara do Michel que ele não gostou nadinha mas não rebateu, deu um beijo na minha testa e saiu.

— E então? – pergunto curiosa.

— Você teve um descolamento ovular, isso é normal acontecer nos primeiros meses, o fato de você estar fraca que pode ter causado o desmaio.. – ele diz olhando para os papéis e eu continuei o olhando sem entender nada.

— Olha eu não estou entendendo, os primeiros meses? do que está falando? – pergunto assustada.

Era tantas coisas se passando pela minha cabeça que não estava conseguindo racionar.

Só espero que não seja uma... não agora, não nesse momento!

Michel.

Sai da sala e voltei para onde estava, me sentei e passei as mãos no rosto aliviado por saber que ela estava bem. Depois de quasa meia hora a enfermeira apareceu perguntando se mas alguém queria ver Alanna, os amigos dela entraram na sala e meu celular tocou.

Juliana, agora não. Recusei a ligação e entrei no WhatsApp, Pk estava mandando mensagem dizendo pra mim aparecer na boca, falei que estava resolvendo algumas coisas e saí da conversa quando vi a enfermeira se aproximar.

— Sua namorada já pode ir pra casa.. está tudo bem! – a enfermeira diz e eu levantei.

— Você sabe por que ela desmaiou?

— Ela estava muito fraca, precisa se alimentar direito agora! – ela diz e eu assenti — ela está se trocando, pode esperar aqui! – ela diz e depois sai.

Fiquei aliviado por ser apenas isso, agora tenho uma “desculpa” pra levar ela de volta pra nossa casa.

Alanna.

— Você vai contar pra ele quando? – Daiane pergunta ainda assustada, Jp estava ao seu lado em estado de choque mas até agora foi o mas animado com a novidade.

— Não sei Daiane, não quero falar disso agora! – falo limpando minhas lágrimas.

— Não dá pra esconder por muito tempo você sabe, já esta com quase três meses Alanna! – ela diz e eu a fuzilo com o olhar.

— Chega porra, esse assunto morre aqui! – falo por fim.

Daiane e Jp saíram primeiro do quarto e eu respirei fundo me preparando pra ver a cara do Michel.

Antes de sair da sala passei a mão na barriga e sorri fraco.

— Aguenta aí viu, seu papai não tá merecendo saber de você ainda, na hora certa tudo vai se resolver!

———————

Eai bandidas gostaram da novidade? Haaha

Estava lendo os comentários de vocês nos capítulos anteriores e morrendo de rir, podem ficar tranquilas, tem tanta coisa pra acontecer ainda.

Espero que estejam gostando da história!

Alanna | Contramão [Em Revisão] Onde histórias criam vida. Descubra agora