Alanna | Contramão [Em Revisão]

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Antes de continuar queria dizer que postei esse capítulo mais cedo e se tiver mais de três comentários eu solto mais um hoje de noite!

Boa leitura!

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Juliana.

Estava no salão fazendo minhas unhas, meu aniversário seria sábado e hoje era quarta feira, amanhã e os próximos dias irão ser corrido, estava morrendo de ansiedade e queria que tudo fosse perfeito, espero que Michel não me decepcione e torne ainda mais perfeito o que me deixava com medo de pensar já que esses dias ele estava tão distante de mim.

— Tá pensando em que viada? – Biel pergunta e eu olho para ele.

— Aí bixa tô pensando no Michel, ele está tão distante de mim esses dias, tô sentindo falta dele! – falo desanimada.

— Menina para de paranoia, ele deve estar fazendo isso de propósito pra quando chegar seu aniversário te dar toda a atenção! – Biel diz e eu sorrio imaginando.

— Será que isso não é uma piranha em? – falo pensando mais um pouco.

— Se for vai ser só mais uma, você dorme com ele quando quiser, já esta com ele a anos, pode bater no peito e dizer que o malote é teu! – Biel diz e eu assenti.

— É verdade, depois vou.. – paro de falar quando meu celular vibra, peço pra mona pegar pra mim e atendo vendo o nome da Lorena.

— Amiga você não sabe o que vi agora a pouco! – ela diz assim que atendo.

— O que menina, diz logo! – falo impaciente.

— Michel tava almoçando uma loira lá na arena da mãe dele! – ela diz e eu arregalo meus olhos.

— Quem é essa loira? É daqui da favela? – pergunto.

— Não, ela tem cara de patricinha, maior marra de debochada tinha que ver a cara que a piranha ficou quando eu disse sobre você ser a mulher do Michel! – ela diz e eu sorri.

Era uma piranha mesmo, sabe que o cara tem o pé preso e ainda aceita, é piranha e merece ficar careca que nem as outras!

— Fala como que essa piranha é que eu vou resolver isso ainda hoje! – falo nervosa.

— Ela tem o cabelo grande, estava sentada mais dava pra ver que não era gorda, tem os olhos castanhos bem claro, cara de debochada e de piranha! – Lorena descreve e eu tento puxar na minha mente alguém com esse rosto e trejeitos mais não me vem nada em mente.

— Ta bom Lorena, tchal! – falo desligando na cara dela.

— Michel tá com outra? – Biel pergunta.

— Tá bixa, mas vai ser por pouco tempo que eu vou deixar a vagabunda careca e eu quero ver ele querer continuar com ela! – falo e Biel ri.

— Você é demais amiga! – ele diz rindo e eu dou uma piscada para ele.

(....)

Saí do salão junto com o Biel, ele pediu para gente ir comer no barzinho da dona Cecília, pedimos uma porção mas na real nem queria comer, estava com tanta raiva de imaginar o Michel com outra mulher que eu só queria descontar minha raiva na piranha.

— Olha só, fiquei sabendo que seu macho anda passeando com uma loirona Julinha, é verdade? – Vanubia diz chegando com o seu canil que ela chamava de amigas.

Vanubia é uma ex amiga minha, paramos de nós falar quando descobri que ela estava tendo um caso com Michel, difamei ela pra favela toda, ficou tão mal falava que foi embora por um tempo e voltou com um filho a mais, hoje em dia acredito que ela e Michel não tem mais contato, eu espero!

— O que tu tem haver com isso vagabunda? me erra viu! – falo e ela dá risada com as amigas dela.

— Teu chifre só cresce e tu ainda quer ser a fiel de respeito – da uma gargalhada jogando a cabeça para trás — você é uma piada na favela toda mapoa!

Não aguentei ficar ouvindo aquelas coisas e parti pra cima dela esbarrando no garçom que trazia a minha comida, puxei o cabelo dela com toda a minha força enquanto ela distribuía socos em meu rosto, sentia alguém tentando me puxar mas era em vão, poucos minutos depois eu senti dois braços me puxarem com força pela cintura, olhei para trás e vi o rosto de Michel.

— Ta ficando maluca Juliana? pagando de perrapada pra favela toda, quer arrumar confusão pode arrumar mas não envolve meu nome caralho! – ele diz segurando meu cabelo com uma mão me forçando olhar para seu rosto.

— Foi ela que começou eu não fiz nada! – falo chorando e ele continua com a mesma cara, eu queria mandar o mesmo se foder por que aquilo era tudo culpa dele mas eu não tinha coragem.

— Foda-se, vai pra casa e não sai de lá até eu mandar! – ele diz me soltando.

Olhei em volta e começou a sentir vergonha daquilo tudo, eu já estava acustumava com aquele tipo de atenção, todo mundo dessa favela me conhecia e sabia como eu era. Passei pelo meio das pessoas que me olhavam curiosas e limpei minhas lágrimas enquanto subia aquela rua, minha cabeça doía e eu estava com mais raiva ainda de Michel.

Passei em frente da loja de roupas que o Arthur trabalhava e vi o mesmo conversando com a mãe daquela vaca da Daiane, a mulher olhou para mim e em seguida Arthur virou e arregalou os olhos quando viu meu estado.

— Você tá bem? – Arthur pergunta vindo até mim.

— O que você acha em Arthur, que saco, que ódio do Michel! – falo passando as mãos em meu rosto.

— De novo brigando por causa dele? – Arthur fala e eu concordei com a cabeça chorando.

Arthur me olhou negando com a cabeça, fiz um coque bagunçado no cabelo e minha atenção foi para a loira que tinha acabado de sair de dentro da loja, seu rosto era familiar, era a mesma loira que estava perdida no baile a um tempo atrás.

— O que está fazendo aqui piranha? – pergunto avançando em sua direção.

Aquela loira ali não me cheirava boa coisa.