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Alanna.

Subi para o quarto e me deitei sentindo minhas costas pesarem, saber que minha barriga ia crescer ainda mas me deixava um pouco nervosa, eu já sou baixinha, estou ficando cada dia maior, daqui um tempo não vou conseguir fazer muita coisa e tudo que eu menos quero é ficar parada.

— Tia Lana.. – ouço a voz do Léo e me viro vendo ele entrar no quarto chorando.

— Léo.. o que foi? – pergunto e ele se deita no meu colo ainda chorando.

— Ele tava mexendo no celular, já avisei que não é pra ninguém ficar entrando na porra de rede social! – Michel aparece e eu o olho sem acreditar.

— Você tá louco de brigar com o menino por causa disso? ele não tem culpa da suas merdas! – falo nervosa e ele ri irônico.

— Pelo amor de Deus eu não briguei com ele, só quero que vocês entendam que não é pra ficar mexendo no celular. Tem uma televisão enorme lá em baixo, se tiver entediado senta lá e assiste!

— Ele é uma criança Michel!

— Isso, passa a mão na cabeça dele mrm! – ele diz e logo depois sai do quarto.

Fiquei parada ainda sem acreditar naquele show desnecessário, ficar aqui é realmente um tédio, não podemos ter contato com ninguém, só ele com a aquela rapariga!

— Tá tudo bem Léo, ele só está nervoso! – falo alisando seus cabelos.

— Eu quero ir embora, eu quero minha mãe tia! – ele diz com o rosto no meu pescoço e eu sinto meu coração se apertar.

— O meu amor.. daqui um tempo ela aparece tá? vai passar rapidinho, logo logo vamos embora! – falo e ele me abraça ainda mas apertado.

— Tá bom! – ele diz se acalmando.

Continuo fazendo carinho em seu cabelo até ele pegar no sono, fiquei olhando para seu rostinho tão lindo e sentindo minha ansiedade aumentar para ver o meu Rael, seria tão lindo quanto eu não tinha dúvidas.

Ouvi o barulho do carro e me levantei, olhei pela janela e vi o carro do Michel sair dali. Olhei para o Léo na cama e desci, vi as duas mulheres que moravam ali na frente conversando e fui até elas.

— Err.. oi, vocês conseguem me entender? – pergunto com vergonha e elas assentem — Eu preciso sair, comprar umas coisas vocês podem olhar meu filho? ele está dormindo.

— Podemos sim, vai lá! – uma delas diz simpática e eu agradeço.

Corri para o ponto de táxi e tinha dois carros parados, entrei em um deles lembrando que não tinha pego dinheiro algum.

— Moço, você sabe me dizer quantos hotéis tem aqui? – pergunto torcendo para ele me entender.

— Hotel? – ele repete e eu assenti — dois! – diz e eu bufo batendo no banco.

Sai do carro e voltei para a casa, peguei meu celular e liguei minha Internet, foda se o que Michel achava eu não ia ficar sendo passada para trás aqui, longe de tudo, eu estava vulnerável, sozinha, sem contato e grávida.

Liguei o gps e conectei com o celular dele, dei um gritinho quando a localização apareceu. Fui até a carteira dele e peguei tudo, saí de casa e voltei para o ponto de taxi indo até ele.

(...)

— Tem certeza que é aqui? – o motorista pergunta e eu olho o lugar.

Parecia uma casa, era enorme e toda fechada. O lugar era deserto, eu não iria descer, pelo menos não agora!

— Filha da puta! – falo quando vejo ele sair ao lado da Juliana e do Gabriel.

Alanna | Contramão [Em Revisão] Onde histórias criam vida. Descubra agora