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4 dias depois.

Alanna.

Esses poucos dias se passaram arrastados, me sinto tão cansada ultimamente, de tudo, só quero dormir. Hoje era quarta feira, acordei cedo e decidi não ir pra faculdade, fiquei em casa e depois fui pra loja, Arthur estava lá conversando com a Daí.

— Bom dia flor do dia! – Daí diz e eu rio.

— Boa tarde né linda! – falo rindo.

Comprimentei o Arthur e fiquei conversando com eles até tardinha, depois o movimento da loja começou a aumentar e Daí foi pra loja dela. De tardinha eu já estava morta, louca pra me jogar na casa e dormir por uns três dias, tô nem entendendo essa minha preguiça toda!

Arthur saiu pra buscar um lanche pra gente e eu fiquei atendendo umas mona que foram lá, experimentaram um monte de roupa e no final não levaram porra nenhuma, maior ódio!

Me sentei na cadeira e fiquei mexendo no celular, até ouvir passos e ver quem não queria.

— Tá fazendo o que aqui? – pergunto me levantando.

— A gente pode conversar? – Juliana pergunta parando na minha frente.

— O que você quer? Se veio me tontear some daqui antes que eu perca a linha com tu! – falo me sentando novamente e pegando meu celular.

— Eu vim pra conversar o nojenta!

— Eu não quero conversar com você piranha!

— Quando você sair daqui me encontra no bar do seu Zeca, é assunto sério se não fosse não ia vir aqui olhar pra sua cara! – ela diz revirando os olhos.

— Espero que seja, não tenho tempo pra ficar perdendo com pouca bosta! – falo sem olhar para ela e ela sai.

Fiquei pensando se ia ou não, eu não queria olhar na cara dela, estava louca pra catar ela pelos cabelos, mas pelo Michel? nem vale a pena, um cretino daquele e ela pior ainda, eu também não fico de fora já que eu gosto também, a suja falando da mal falada, foda se!

— O que a Juliana queria? – Arthur pergunta chegando com duas sacolas na mão.

— Nada, só veio te procurar! – minto e ele assente.

— Trouxe a coxinha doce que pediu, batata, e açaí! – ele diz colando no balcão e eu bato palma animada.

Dou uma mordida com a maior vontade na minha coxinha doce e assim que ela encosta no meu estômago eu sinto ele revirar, quase vômito ali mrm, larguei a coxinha na hora e Arthur me olhou sem entender.

— Alanna tá bem? Tu tá ficando pálida mulher! – ele diz olhando pro meu rosto.

— Eu tô bem! – minto sorrindo — Vou beber água! – falo me levantando e indo até o bebedouro, bebi dois copos de água e o enjoo foi aliviando.

Acabei por não comer nada, inventei uma desculpa e Arthur entendeu. Final do expediente a gente fechou a loja e se despedimos, enquanto descia a rua fui sentindo um calor fora do normal, passei a mão na testa e respirei fundo.

Alanna | Contramão [Em Revisão] Onde histórias criam vida. Descubra agora