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Michel.

Quartinha dessa, pega nada!

Estava na laje da boca fumando meu baseado com o negueba e o Pk, estávamos só vendo o movimento, vida de segurança na favela é isso mrm até parece lazer, mas quando a ronca tá querendo visitar quem tem que dar as caras é a gente, manter a tranquilidade na nossa favela, matar quem não paga as droga que consome, maior sufoco.

- Aí negueba, chupa minha rola! - alguém falou no radinho pro Negueba do nada.

- Qual foi pacero, que ideia torta é essa? - Negueba fala no rádio e eu tava quase mijando de rir da cara dele.

- I negueba tá dando de costas agora é? - Gastei e ele mandou um dedo.

- Tô sem nada pra fazer caraio! - Gabriel disse no radinho e negueba riu, Gabriel é foda quando não tem nada pra fazer quer ficar atormentando os outros.

- Vai dar o cu vai Gabriel! - Negueba disse no radinho.

- Sai pra lá com essas ideias de da o cu, seis é tudo viadão, vou vender droga que eu ganho mais! - Pk disse saindo.

Me levantei e fiquei olhando o movimento até eu ver uma loira passando na garupa do Toinho, conhecia aquela bunda, só não tava lembrando de quem era.

(...)

- Aí chefe, tô partindo! - falo dando um toque pro D2, gerente do morro.

- Vai lá filho!

Fui direto pra casa, minha coroa tinha dado uma passada lá, deixou comida pronta, deu um trato na casa e tudo, sou muito mimado mrm papo reto. Juliana já tava mandando mensagem, Karina também minha novinha de 16, vive me perturbando pra pegar ela já basta os crime que cometo, mas um por pedofilia ia pesar nas costas do pai aqui!

Tomei um banho, dei um trato no perfume, coloquei o meu cintura ignorante e vazei, montei na minha pretinha e segui meu rumo.

Parei na frente da loja e aproveitei quando o viado saiu, entrei lá dentro e ela estava cantando, encostei no balcão e fiquei esperando ela notar que estava ali, é muito lesa mesmo.

- Boa noite! - falo e ela olha pra cima sem reação.

- Boa noite, com o que posso ajudar? - ela diz cínica.

- Vim comprar umas peça aí.. - falo entrando na onda dela, essa safada sabia que eu não tava querendo nada.

Se é pra montar cena nos monta cena de qualidade, pique ator de Hollywood.

- Aí, tinha conseguido seu número mas tava querendo te tombar pessoalmente mrm, maior k.o passar número errado pra mim em! - falo enquanto ela mexia nas blusas de costas para mim, ela se vira com um pacote de blusa nas mãos.

- Quer preta, vermelha ou branca? - ela pergunta como se eu não tivesse falado nada, ela gosta do k.o, tá tirando onda comigo.

- Vou levar todas, mas aí, vai me responder não? - pergunto.

- Como que você sabe que eu tava aqui?

- Eu sei de tudo!

- Deus me livre, povo tem nada pra fazer mrm.. - ela diz baixo mas eu escutei.

- Que que tu disse?

- Eu? nada! - ela diz colocando as blusa na sacola e eu reviro os olhos.

Esse k.o todo me tirou uma boa nota mas isso não é problema, principalmente por que vou receber coisa muito melhor em troca.

- Ta trabalhando aqui? - pergunto pegando a sacola das mãos dela.

- Tô sim.

- Que horas tu vai embora?

- Quer saber disso por que? - ela pergunta cruzando os braços e levantando as sobrancelhas, marrenta filha da puta!

- Curiosidade.

- Vai me sequestrar? Me matar? Por que é isso que bandido faz né? - ela pergunta dando uns passos pra trás.

- Vou te mostrar o que um bandido faz.

- Então vai me sequestrar né? - ela diz debochando da minha cara.

- Não seria má ideia te sequestrar não - falo descendo meu olhar - mas não vou precisar fazer isso, fé aí! - falo me virando sem conseguir controlar meu sorriso, desgraçada!

Alanna | Contramão [Em Revisão] Onde histórias criam vida. Descubra agora