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Alanna.

Não sei por quanto tempo ficamos calados apenas nos encarando, o seu rosto estava iluminado apenas pela luz do poste que realçava sua barba rala e suas tatuagens, eu estava em uma luta interna para não pular em seu colo e encher seu rosto de beijos mas meu orgulho e frustração parecia estar ganhando.

— Abre a porta pra mim! – peço baixo e percebo que ele não destrava a porta.

— Vou te levar! – ele diz ligando o carro.

Fomos o caminho em um completo silêncio, tomo a ousadia de ligar a rádio e tocava uma música do sorriso maroto, apertei o botão para passar mais ele resolveu travar na bentida música, pensei em pedir pro Michel trocar mas eu não queria dirigir as palavras a ele então deixei naquela mesmo.

Minutos depois ele estacionou na frente da minha casa, e eu agradeci mentalmente, não aguento ficar perto dele sem tocá-lo, era tentação demais pra mim.

— Não me procura mas Michel, por favor! – peço.

— Alanna olha pra mim! – ele manda e eu automaticamente obedeço — Eu já me resolvi com a Juliana, eu não vou ficar atrás de você pra sempre, então é bom você pensar bem no que quer! – ele diz segurando no meu queixo.

Abri a boca tentando achar palavras e não conseguia, Michel me deixava sem palavras, ele era o único que tinha esse poder sobre mim. Me afasto dele e abro a porta do carro saindo o mais rápido possível dali, entrei em casa e fui direto para meu quarto, me joguei na cama e fechei os olhos pensando em tudo que Michel disse.

Michel.

Ela saiu do carro sem se despedir e eu revirei os olhos vazando ali, enquanto olhava para a estrada tentava pensar em qualquer coisa que não fosse aquela desgraçada loira mas meus pensamentos pareciam não estar nem aí para o que eu queria.

Meu celular apitou e eu peguei o mesmo, puxei a barra de notificação e sorri involuntariamente com a mensagem.

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Alanna sz

Michel (20:12 pm)
Volta pra cá (20:12 pm)
Por favor (20:13 pm)

Aquela filha da puta era minha, só precisava admitir isso.

(....)

Alanna.

Entramos no quarto de motel aos beijos, ele me jogou na cama colocando seu corpo grande e pesado em cima do meu. Puxei seus cabelos com força enquanto ele apertava minha bunda e precionava seu membro na minha intimidade.

Ele tirou minha roupa agilmente e eu tirei a dele, fizemos as preliminares na cama e depois transamos na banheira, depois na cama de novo e parecíamos não se saciar, Michel estava me deixando muito mal acostumada e eu sabia que ia ser difícil achar um homem tão gostoso e com tanta disposição assim, esse desgraçado sabe como fazer e não posso negar isso.

— Ainda bem é só meu! – penso alto enquanto ele me penetrava com força batendo no meu útero, jogo a cabeça para trás contraindo meu corpo de tanto prazer e ele morde meu queixo devagar.

— E você é so minha! – ele diz baixinho no meu ouvido.

Depois de tempo ele se deita ao meu lado puxando meu corpo para perto do dele, estávamos suados, com a boca seca e a respiração acelerada. Ficamos em silêncio apenas ouvindo o nosso coração bater, se eu estivesse aqui com qualquer outro homem desse jeito eu ia achar a coisa mas tosca do mundo, mas com Michel eu gostava, gostava e não era pouco, eu poderia ficar assim até amanhecer.

— Michel? – chamo baixinho.

— Oi? – ele responde com a voz rouca.

— O que está escrito nessa tatuagem? – pergunto passando a mão em seu peito aonde estava escrito “Poena par sapientia”.

— Dor significa sabedoria! – ele responde.

— Por que tatuou isso? – pergunto curiosa.

— Já senti muita dor emocional quando era criança, acho que tudo que eu passei me transformou no que sou hoje, se eu não tivesse passado por cada coisa que passei eu acho que seria um cuzão, não que eu não seja um, mas acho que seria pior! – ele diz me deixando ainda mas curiosa para saber da sua história, resolvi ficar quieta, não somos tão íntimos assim para encher ele de pergunta.

— Entendi! – falo por fim.

— E a sua tatuagem na costela, o que significa, fiquei curioso pra saber desde que vi ela! – ele diz e eu soltei uma risada.

— Essa tatuagem foi um erro! – falo com vergonha.

— Por que? – ele pergunta com um sorriso no rosto.

— Eu fiz quando estava bêbada, é o símbolo do signo de Sagitário! – falo e ele me olha confuso.

— E por que é um erro?

— Por que eu sou do signo de Áries! – falo e ele da uma gargalhada gostosa me fazendo rir também.

— Minha mãe me disse uma vez que sou do signo de sagitário, posso considerar uma homenagem pra mim não é? – ele diz olhando nos meus olhos, passo as mãos em sua barba e levanto as sobrancelhas.

— Talvez, não sei se você merece! – falo mordendo os lábios e ele se levanta da cama me puxando pelos pés enquanto eu ria.

— Então eu vou fazer por merecer! – ele diz me pagando no colo sem nenhuma dificuldade e me levando até a banheira.

Nossa noite estava longe de acabar!

Alanna | Contramão [Em Revisão] Onde histórias criam vida. Descubra agora