Capítulo 19

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  Ok, ok. Eu procurei tanto em todos os lugares possíveis, já se passaram muitas horas, eu não sei o que fazer. Então resolvi contar para Carol e Diane a situação e já estava de noite então corremos mais risco ainda.

— Eu sei o que aconteceu com a Piper. — retirei a carta do bolso e dei a Carol — É uma ameaça que recebemos, não sei quem é o autor, mas desconfio que seja por isso que ela sumiu. 

Carol lia atentamente cada palavra e ficou apavorada. 

Querida Vause.

  A quanto tempo não nos víamos? Estava com saudades.

Soube que está na sua antiga "vila" e agora se juntou a Piper. 

Onde você estava com a cabeça em destruir a minha vida assim? Não deveria ter voltado! Piper não te pertence.

Já dei várias chances de você se afastar dela, mas não o fez.

E bom eu cansei de esperar, na festa de Lorna fique de olho, uma de vocês vai vir comigo e vai sofrer as consequências.

Não tente procurar pois nunca mais você vai encontra—la.

Se encontrar ela estará morta e me empenharei em fazer ela agonizar lentamente.

Infelizmente isso só está acontecendo por sua culpa, se não fosse sua insistência patética de ficar com a mulher que te ferrou.

Piper tem dona, então se prepara.

         Carta sem assinatura, apenas um jeito perturbador e calculista de falar. 

Carol chorava de desespero já pensando no pior, minha mãe tentava a consolar e Lorna já estava por dentro da situação a algum tempo e tentávamos juntas achar alguém que possa querer fazer isso com ela.

— Al, Stella estava aqui pela manhã o que ela queria? 

— Piper me disse... — na hora senti como se uma lâmpada acendesse na minha cabeça — Aí merda. Que filha de uma puta...!! — peguei a chave e fui para o carro, Lorna tentou vir atrás mas eu consegui arrancar antes que ela chegasse ao meu vidro.

Dirigi o mais rápido que consegui para a casa dela, eu vou matar ela se ela encostar nela, isso é um juramento! 

Virei a uns 80 km/h em quinta marcha a esquina da rua de Stella, cantando pneu as pessoas olhavam, parei o carro de qualquer jeito na beira da rua e fui para o elevador, apertando o 7 andar fui até o apartamento 112 e a porta estava trancada, bati até ouvir passos indo abrir, foi automático minha ação, Stella abriu a porta e eu dei um soco na cara dela a fazendo cair.

— VOCÊ TA MALUCA GAROTA? 

— Cadê a Piper? PIPER!!!???? 

— O que? Ela não está aqui! — se levanta do chão e Alex prensa ela na parede — Já disse que ela não está aqui caralho. 

— Se você tiver encostado em um fio de cabelo dela, você está morta. — enforcava ela e a solta novamente ela vai ao chão com dificuldade para respirar

— Que porra você tá falando? 

— Piper sumiu! Quer que eu desenhe? 

— Que? Quando? Eu estava lá hoje. 

— Eu sei, por isso vim até aqui. Sobre o que conversaram? 

— Ela pediu para me afastar de vocês só isso.  Eu não sei de nada Alex. 

Vause olhou ela nos olhos e cedeu.  — Merda. 

Alex contou o que aconteceu, deixando Stella em pânico também. 

— Vamos ligar para a polícia. — pega o celular

— Já liguei, eles disseram que somente 24 horas depois do sumiço é considerado desaparecimento.  

— Ok, câmeras dos vizinhos?  Sei que tem uma câmera de frente pra casa dela e uma atrás. 

— Tem? Então vou lá ver se elas capturaram algo. 

Stella pega o capacete e elas descem rapidamente. A morena vai de carro e a outra vai de moto, ambas correndo além do limite permitido. 

Infelizmente nas câmeras a única coisa que elas descobrem é uma van preta saindo da rua da frente. Mas nada de real suspeita. 

A madrugada é um verdadeiro inferno, Carol e Lorna tinham dormido no sofá, Stella revisava as imagens de segurança o tempo todo para ver se consegue descobrir algo, Diane entrava em contato com as pessoas das redes sociais de Piper. 

E Alex estava igual um zumbi a base de café andando de um lado para o outro.

— Você vai abrir um buraco no chão. 

— E você por acaso é um hacker? 007 dos computadores? Não tem nada nessa merda aí. 

— Ok e você tem uma ideia melhor? — Alex baixa a bola — Achei que não mesmo. 

Alex senta no sofá ao lado de Stella — Meu Deus, não acredito que estamos fazendo algo juntas sem se matar. 

— Eu também não. Mas temos interesses em comum, ver ela bem. 

— Você realmente gosta dela né?

— Eu amo ela, assim como você. 

Elas ficam em silêncio e assistem o vídeo pela centésima vez.  

Stella acaba dormindo também com o computador no colo e Alex estava se esforçando para se manter acordada. Já passavam das 6 da manhã e a agonia estava misturada com sono, exaustão e preocupação. 

Back to me (Vauseman) Onde histórias criam vida. Descubra agora